De algemas e grilhões

Do blog do JM Cunha Santos

A Polícia Federal já não vai mais usar algemas e, por uma questão de Isonomia Marginal, proponho que também as Polícias Militar e Civil não usem mais. Rico já não bufa em bafômetro, nunca é autuado em flagrante e ganha, agora, o privilégio de não usar algemas. Que seja esse direito estendido a toda a bandidagem, da mesma forma que muitas categorias exigem isonomia salarial.

Por alguma simbiose histórica ou cultural, as algemas, isto é certo, se ajustam melhor em pessoas de nível social e econômico modesto.

Pobres! Talvez porque a origem do termo seja das Arabias aonde existe tanto petróleo que ninguém, a não ser por crime contra o profeta Maomé, está sujeito a essas argolas e pulseiras.

Na História antiga as algemas disputavam espaço com os grilhões, anéis de suplício atracados aos tornozelos para que a bandidagem não fugisse correndo. Mas rico, no Brasil, não foge. Rico chama o advogado ou liga para o senador. Principalmente se o senador é do Amapá.

Dá para sentir também que existe não apenas o medo, mas também um certo preconceito contra a algema. Não era assim na época da corda e do couro. Mas esse tempo acabou, assim como parece caminhar para o fim a era das grilhetas.
Sem algemas, sem pescoções e nem revista forçada, resta-nos sugerir que contra os ricos a polícia use laços de seda. Aos pobres… bem.. pobre é como cachimbo…

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