PPS castelista conspira contra Eliziane Gama

Do Blog do Gilberto Leda

Continua a guerra interna no Partido Popular Socialista (PPS). Nesta quinta-feira (22) a cúpula castelista da legenda, comandada por Paulo Matos e sua trupe, reuniu-se para um café no fim da tarde/começo de noite.

Pauta oficial: “confraternização e avaliação das ações do nosso PPS”, como definiu o suplente de deputado federal Simplício Araújo em sua página pessoal no Facebook.

Da reunião participaram, ainda, figuras do naipe de Othelino Neto – que viu escapar recentemente a chance de assumir de vez uma vaga na AL -, e o suplente de vereador João Batista Matos. Os jornalistas Roberto Kenard e Robson Paz também estavam presentes.

Como era de se supor, a deputada estadual Eliziane Gama não foi convidada para a “avaliação” do partido. Justamente porque a pauta extra-oficial são as estratégias para garantir a permanência do partido na base de apoio ao prefeito João Castelo (PSDB).

Abre o olho, deputada!

Nota: Alguns dos castelistas entraram em contato com o blog para informar que a deputada Eliziane Gama também participou da reunião. “Mas chegou depois da foto”, disse um deles. Na pior das hipóteses, então, não quiseram que ela aparecesse na foto.

E mais, segundo apurou o blog, a chegada da deputada deu-se quando o encontro já estava terminando. Ou seja, de uma forma, ou de outra, Gama tem sido escanteada pelos aliados de Castelo no PPS.

Maranhão Andando Prá Trás*

José Lemos

O IBGE acaba de divulgar os resultados do PIB dos municípios brasileiros para o ano de 2009. Segundo os resultados divulgados, o estado tem o segundo menor PIB médio do Brasil, apenas ficando na frente do Piauí. Em 2009 o PIB per capita anual do estado ficou em R$6.259,43, que equivale a 1,3 salários mínimos daquele ano. O Piauí teve PIB per capita anual de R$6.051,10. Como o que é ruim sempre pode ficar pior, a informação mais dramática que se depreende das estatísticas divulgadas pelo IBGE é que o Maranhao teve a segunda menor taxa de crescimento do PIB médio no período de 2008 a 2009 (2,6%). Apenas Sergipe, no Nordeste, cujo PIB médio em 2009 foi de R$9.795,55 teve taxa de crescimento menor do que o Maranhão naquele lapso de tempo (0,1%). O Piauí teve a maior taxa de aceleração do PIB per capita de todos os estados brasileiros, entre 2008 e 2009. Com base nos dados do IBGE a estimativa que fiz para este estado foi  uma taxa de aceleração de incríveis 12,6%. Com base nessas taxas projeta-se que, quando o IBGE divulgar, no final do próximo ano, o PIB de 2010,  o Maranhão voltará a ser o estado brasileiro com o menor PIB per capita do Brasil.  Em 2010 o valor projetado do PIB per capita maranhense é de apenas R$6.419,18 (equivalente a apenas um salário mínimo anual daquele ano)  e o do Piauí deve ter atingido  R$6.815,34.

Contudo, o rol de informações ruins, retiradas dos dados divulgado pelo IBGE, não param por ai.  Dos cem (100) municípios com menores PIB médios em 2009, vinte e três (23) estavam no Maranhão. Para completar, o município brasileiro com menor PIB per capita é maranhense: São Vicente de Ferrer, cujo valor anual foi de ridículos R$1.929,97, o que equivalia a 39% do salário mínimo anual daquele ano.

Outra informação ruim que se retira dos dados do IBGE é que o PIB maranhense, além de ser baixo, é um dos mais concentrados do Brasil. Com efeito,  em 2009 apenas dezessete (17) municípios tinham PIB per capita  superior a média do estado.

Eu e doze pesquisadores da Ásia e Oceania tivemos o privilegio de conhecer a Coréia do Sul, convidados pelo Governo daquele País, no inicio dos anos noventa. Um País com área de 99,2 mil quilômetros quadrados, portanto, ligeiramente maior que o estado de Pernambuco (98.311 km2) e bem menor,  que os 332 mil Km2  do nosso Maranhão. A população coreana estimada para 2009 era de 48,3 milhões. A Coréia tem menos de um terço da sua área agricultável. Quando lá estivemos, o País ainda não era auto-suficiente na produção de arroz, o principal item da dieta coreana. Era questão de honra para o País virar o milênio atingindo aquele objetivo.  Não mediram esforços. Treinaram jovens coreanos nas melhores universidades do mundo. Desenvolveram um programa arrojado de reforma agrária, em que as famílias rurais não podiam ter menos do que meio hectare e mais do que  três (3) hectares. Adicionalmente, criaram um sofisticado programa de pesquisa agropecuária integrada  aos serviços de assistência técnica, fomento e extensão rural.

Tudo isso, ancorado num dos mais ambiciosos programas educacionais do mundo. Com isso a Coréia tornou-se auto-suficiente na produção do arroz que consome atualmente, eliminou o analfabetismo, elevou a escolaridade média, e hoje está entre os países com os melhores indicadores de desenvolvimento do mundo.

Na contramão do que foi feito na Coréia, os atuais detentores do poder no estado e que governaram durante toda a década de noventa (aquela perdida), primeiro (1997) acabaram com o sistema de agricultura no estado, e com ele a estrutura produtiva no único setor em que o Maranhão tem vantagem comparativa e competitiva. Deixaram a grande maioria dos municípios sem escola de segundo grau. Contribuíram para o estado ter a maior taxa de analfabetos do Pais (19%) e a menor escolaridade média (6,2 anos).

Quando reassumiram o poder, depois do golpe jurídico de abril de 2009, resolveram esquartejar o setor, criando duas secretarias. Fizeram de tal forma que faltam quase todos os tipos de recursos para ambas, e sobram desestímulos para a maioria dos seus técnicos, quase todos contratados em condições precárias, sem vinculo empregatício e recebendo salários indignos. Não obstante, atualmente a Secretaria de Agricultura e a AGERP terem como titulares dois excelentes profissionais e conhecedores do setor, observa-se a letargia da produção agrícola do estado. Não podem fazer milagres, diante da não renovação do quadro de pessoal, tanto de formulação de políticas como de execução. Nada podem fazer, pois sabem que aqueles que ainda estão por lá, pensam em sair, porque sabem que fora dali haverá melhores oportunidades de trabalho e de remuneração. Pobre Maranhão!

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*Artigo publicado em O Imparcial do dia 17/12/2011

Feliz Natal!

O Natal é uma data celebrada em quase todo o mundo. Mas porque celebramos o natal? O que esta data significa?

O engenheiro que virou pastor

Por Tomaz de Aquino

Um clima novo no ar, clima de euforia no comércio, euforia entre amigos e familiares, clima de celebração e solidariedade. Tudo isso motivado porque o natal chegou.

Apesar dessas reações serem motivados pelo natal, isso não é natal!

Porque há natal?

Só há natal porque o verbo se fez carne e habitou entre nós.

Só há natal porque esse verbo viveu entre nós e não cometeu pecado algum se tornando o modelo para todo ser humano.

Só há natal porque o verbo tomou sobre si as nossas doença e enfermidades.

Só há natal porque o verbo amou de tal maneira que morreu pelos nossos pecados em uma cruz.

Só há natal porque o verbo não ficou na sepultura, mas ressuscitou.

O verbo?

O verbo é uma pessoa cujo nome é Jesus Cristo.

Há poder no nome de Jesus. Isso de forma simples e natural é visto pela maioria dos seres humanos, pois nesta data o nome de Jesus move tanto as relações fraternais quanto o comercio.

Mas o maior de todo o poder que há em Jesus é aquele que alcança o ser humano como está ou venha estar e o salva. Não pelo que fez ou não fez ou mesmo fará, mas simplesmente pelo Seu próprio amor demonstrado na cruz e por ter vencido a morte garantido a todos que nele crer vida eterna.

Esse é o natal que celebramos, esse é o natal que cremos!

Porque há natal?

Porque sem esse natal não há a verdadeira celebração da vida, pois Jesus o nosso natal disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Contraste entre a Civilidade e o Dantesco: Japão e Brasil*

José Lemos

Naquela terrível sexta-feira, 11 de março de 2011, aconteceu o tsunami que destruiu toda a cidade de Sendai, localizada no Nordeste do Japão, aproximadamente trezentos quilômetros de Tóquio. Uma tragédia que matou milhares de pessoas, deixou outro tanto de desabrigados e desalojados e fulminou animais, de quem nunca se fala nesses momentos.

Transcorridos três  meses da catástrofe começaram os trabalhos de reconstrução da cidade. Por aquela ocasião os trabalhadores envolvidos encontraram pertences, ainda intactos, de pessoas que morreram ou tiveram que abandonar tudo para salvar a vida. Os objetos encontrados, inclusive dinheiro, foram todos devolvidos aos seus legítimos donos, através de agencias encarregadas de fazer a intermediação. As estimativas divulgadas por autoridades japonesas dão conta que mais de 90% do que foi encontrado havia chegado às mãos dos donos. O que faltava ser entregue devia-se ao fato de não terem sido reclamados, provavelmente, porque os proprietários pereceram e os parentes não apareceram para requerer. O fato relevante é que tudo que foi achado foi devolvido.

Ali foi demonstrado ao mundo um grande exemplo de civilidade, de honestidade, de respeito à dor alheia. Também ficou claro que aqueles que acharam os pertences alheios estavam conscientes de que não lhes pertenciam. Simples assim.

Sábado, três de dezembro de 2011, eu estava voltando para São Luis, capital do Maranhão, pela BR135. Por volta das dezesseis horas, ao chegarmos próximo ao Entroncamento, distante aproximadamente 100 quilômetros da capital, próximo à entrada que vai para a cidade de Itapecuru-MIrim, nos deparamos com uma fila enorme de carros.  A causa daquele congestionamento quilométrico, que impedia o fluxo de carros nas duas direções, era o tombamento de uma enorme carreta da Companhia Antártica que atravessava  toda a pista. Sobre o chão havia muitas garrafas quebradas.

Felizmente não se teve noticias da existência de vitimas. Contudo, presenciamos uma cena grotesca, ao vivo e à luz de um sol ainda muito forte àquela hora da tarde. Pessoas de diferentes posses se aproveitavam da situação para  subtrair, o que podiam, da carga do caminhão tombado. Saqueavam o que restou intacto. Adultos ofegantes, de diferentes idades, num frenesi indescritível, ajudados por crianças, que deveriam ser seus filhos, carregavam caixas que continham garrafas de cerveja, refrigerantes, colocando-os nos seus carros, ou nos ônibus de linha, que também estavam retidos à espera da liberação da pista.

Havia alguns policiais a quem perguntei se não podiam impedir aqueles atos de roubo explicito. Disseram simples, e candidamente, que se impedissem alguns de fazer, outros tomariam aquela atitude, que vai de encontro a qualquer fundamento de civilidade. Provavelmente o motorista daquele caminhão será penalizado pelo desaparecimento da carga. Ainda que não seja, caso a carga esteja protegida por seguro, alguém pagará aquela conta. O fato é que as pessoas estavam se apropriando de algo que não lhes pertenciam. Isso tem nome, chama-se furto.

Vendo aquela cena chocante, que poderia ter acontecido em qualquer lugar deste enorme Brasil, não podia deixar de comparar com o que aconteceu no Japão. Vivemos num país em  que o importante é levar vantagem em tudo. Um país que utiliza a máxima de que “achado não é roubado”. Um País que enaltece o mau-caratismo, a esperteza, a safadeza, o ar a perna nos outros para se dar bem. Claro que não pode dar certo!

Aqueles vândalos também votam e elegem os políticos que farão as leis e governarão o País, estados e municípios. Como terão condições de exigir postura ética por parte deles? Agindo daquela forma, inclusive “educando” os filhos em atos de roubo, como poderão esperar comportamento divergente de quem governa, de quem legisla ou dos membros do poder judiciário?

Agem como boa parte dos políticos brasileiros, que se posicionam próximo aos cofres públicos para fazerem fortuna pessoal de forma ilícita. Saqueiam-nos como aquela gente saqueava aquele caminhão Ai vale tudo. Superfaturamento de obras, licitações fraudulentas.

Agora a novidade são as “consultorias”. Instrumento que provoca multiplicação de patrimônios em tempo recorde de pessoas que não tem base cientifica ou treinamento adequado. Mas detém informações privilegiadas. “Coincidentemente” as “consultorias” são sempre prestadas para empresas que tem negócios com os governos (federal, estaduais ou municipais). Os pagamentos daquelas “consultorias” claro que não saem do faturamento das empresas, mas da sobrevalorização que imporão aos contratos que cumprirão com os governos, como decorrência das “consultorias”. Ou seja, nós que pagamos impostos é que arcaremos com o ônus. Lindo!

Num país assim, em que alguns apenas precisam de uma oportunidade para mostrar o seu verdadeiro caráter. Que futuro podemos esperar de  País em que os filhos aprendem a roubar  com os pais?.  O que nos espera no advir?

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*Artigo Publicado no Jornal O Imparcial do dia 10/12/2011.

TRABALHADOR É BRUTALMENTE ASSASSINADO EM ARAME-MA

Do Vias de Fato

No dia 8 de Dezembro entre as 17hs e as 19hs foi brutalmente assasinado o trabalhador rural Júlio Luna da Silva  com 60 anos de idade. O fato aconteceu no povoado “Gavião”, assentamento “Fazenda CITEMA” no Município de Arame-MA. O seu Júlio morava sozinho dentro da área, sendo que se separou da mulher mais de vinte anos atras.

Os vizinhos contam ter visto seu Júlio voltar regularmente da roça ao redor das 17hs; foi deixar umas mangas para umas crianças de uma família vizinha. Tendo encostado em sua casa e tendo lembrado de uma mandioca, que tinha esquecido na roça, foi busca-la. Com certeza ele voltou com ela, porque foi encontrada em cima da mesa, dentro de casa. Daqui em diante entramos na área das hipóteses. Uns vizinhos falam de ter ouvido os cachorros dele latindo; em seguida ouve um disparo e os cachorros pararam de vez, mas, pelos relatos, ninguém foi averiguar nada. No dia seguinte, um trabalhador, que foi contratado por ele, para que o ajudasse nos serviço da roça, chegando na casa do seu Júlio, não o encontrou, mas notou a porta do fundo da casa aberta. Enquanto este coléga ia para roça, para fazer o serviço dele, encontrou o corpo do seu Júlio uns 200-300mt afastado de sua casa.

Ele foi alvejado com um tiro nas costas; em seguida o assassino foi em cima dele, puxou o facão do seu Júlio e, com o mesmo, degolou-o, deixando a cabeça só em parte ligada ao tronco; depois desta atrocidade, cortou-lhe um pedaço de orelha, que nunca foi encontrado; talvez foi levado como “prova do serviço feito”.

Logo que os vizinhos tomaram visão do acontecido, foram até a Delegacia de Policia, mas o policial que os atendeu disse que não podia sair do local e que eles mesmos trouxessem o corpo para cidade. Na verdade, até agora, nenhum policial compareceu no local do crime, apesar que o mesmo seja ivel com qualquer carro pequeno. Foi assim que estes amigos conseguiram uma ambulância, que levou o corpo para o hospital, onde foi emitida a certidão de óbito.

A Equipe da T da Diocese de Grajaú só tomou conhecimento do fato no domingo e chegou no local da tragédia na quinta-feira, dia 15; até então nenhum inquérito foi aberto para investigar o caso. Os próprios familiares da vítima, que levaram o corpo para ser sepultado no município de Tuntum, até agora parece que nem registraram um Boletim de Ocorrência. Contudo temos que relatar o clima de terror que contorna este crime. Os próprios vizinhos da vítima, ao serem procurados pela equipe da T, relataram repetidamente que ele não teve brigas ou queixas com ninguém.

Na verdade, conversando com outros amigos da vítima, descobrimos que, há vários anos, uns moradores do povoado “Gavião” vêm enfrentando uma briga muito pesada com um comerciante de Arame, tal Oliveira, dono da maior padaria da cidade. Este homem grilou vários lotes dentro da “CITEMA”, ao ponto que alguns mêses atras vendeu a padaria e se tranferiu dentro da área, provavelmente no intuito de ser cadastrado como assentado pelo INCRA. Além disso, há um quatro anos, ele vem tentando cercar uma grande lagoa, que abastece vários trabalhadores. No início, graças ao apoio do STTR de Arame, o grileiro desistiu de seus projetos; mas, um ano e meio atrás, o Oliveira realizou seus planos, criando enormes transtornos no abastecimento de água, seja para os animais, seja para irrigação.

Segundo informações, que porém estamos ainda verificando, alguns trabalhadores, envolvidos neste conflito, teriam procurado o poder judiciário, para reivindicar seus direitos, mas sem nenhum êxito. Um conhecido da vítima falou que o seu Júlio, alguns dias antes do assassinato, teria procurado a Delegacia para denunciar as atitudes violentas do Oliveira.

De qualquer maneira, o que nos indigna profundamente e pedimos que seja divulgado, é a situação de total abandono em que o INCRA, in primis, e as demais autoridades deixaram a área toda chamada de fazendas “CITEMA e TEMASA”. Esta área, que tem um tamanho total de mais de 32.000hc, teve um primeiro pedido de desapropriação em 1996, que foi rejeitado. Em 2004, em vista das eleições municipais, alguns políticos e comerciantes de Arame, “apadrinharam” uma grande invasão destas duas fazendas. A notícia ressou e trouxe ondas enormes de sem terra, realmente em busca de um pedaço de terra para trabalhar. De 2004 para cá aram pela área milhares de pessoas; uma parte delas desistiram e foram embora. Quem ficou ou por momentos dramáticos e altamente perigosos, devido ao total abandono por parte das autoridades competentes e pela demora do processo de desapropriação. Finalmente foi desapropriada através do Decreto Presidencial de 06 de abril de 2009. O Mandado de Imissão de posse foi expedido o dia 18 de outubro de 2010.

Atualmente na área toda moram mais ou menos 600 núcleos familiares, aguardando o cadastramento, por parte do INCRA, das famílias que realmente poderão ser assentadas. Nesta situação de permanente indefinição e de ausência do Estado, este territorio foi se estruturando como “um estado dentro do Estado do Maranhão”, no sentido que a quadrilha de politicos e comerciantes, que comandaram a primeira invasão, continua ditando “as leis”; no caso, a compra e venda dos lotes. Quem não se submeter a este poder paralelo, acaba morrendo. De fato de 2004 para cá já foram assassinados mais de vinte e cinco (25) pessoas. Talvez seja essa a reforma agraria promovida pelo atual Governo brasileiro: o extermínio dos trabalhadores rurais, para que não incomodem mais.

Grajaú 16/12/11

Equipe da T
Diocese de Grajaú

Sobrinho quer R$ 20 mi por parte de ilha da Família Sarney

Gustavo Macieira pretende vender 12,5% dos 16 milhões de metros quadrados da priopriedade no litoral maranhense

Eduardo Kattah, de O Estado de S.Paulo

Um sobrinho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu colocar à venda, por R$ 20,2 milhões, parte da ilha de Curupu, uma paradisíaca propriedade do clã maranhense, com o pelos municípios de São José de Ribamar e Raposa, este a 20 quilômetros do centro de São Luís, a capital do Estado.

O radialista Gustavo da Rocha Macieira, sobrinho do casal José Sarney e Marly Macieira Sarney, quer vender 12,5% da ilha, que, segundo ele, possui um total de 16 milhões de metros quadrados.

O Estado foi informado do caso na última quarta-feira por uma pessoa próxima a Macieira, que ontem confirmou que nos próximos dias pretende publicar anúncios nos veículos de maior circulação do País. O local é um dos símbolos do poderio econômico da família Sarney. Trata-se, na verdade, de um complexo formado por três ilhas – sendo Curupu a maior –, que abriga mansões dos filhos do presidente do Senado e conta em sua área com manguezais e até um conjunto de dunas que fariam parte dos famosos lençóis maranhenses.

“Tem gado que nunca viu gente, selvagens, criação de carneiros de raça, excelente para pesca. A praia virgem tem uma extensão de oito quilômetros. É um espetáculo”, afirma o radialista, que justifica a iniciativa de venda também pelo fato de se manter distante da família.

“Eu preciso me capitalizar e não tenho nenhum vínculo lá com o Maranhão, nenhum negócio com a família. Então não tenho interesse em manter uma propriedade dessas.”

O radialista, que trabalha na Espanha e em Portugal, diz que comprou sua parte do pai, Cláudio Macieira, já falecido. A ilha pertencia ao pai de dona Marly, Carlos de Pádua Macieira e seus irmãos, todos médicos.

Veja também:
RELEMBRE: Sarney deixa a maior parte do patrimônio em nome dos filhos
RELEMBRE: Sarney usou helicóptero da PM para ir com a família à ilha

Joãosinho Trinta criou nova estética para o carnaval

Carnavalesco criou uma nova estética para o carnaval brasileiro.
Só na Beija-Flor, ele foi campeão cinco vezes, entre 1976 e 1983.

Do G1

Conhecido por enredos polêmicos e luxuosos, Joãosinho Trinta revolucionou o mais famoso carnaval do mundo. Dos 78 anos de vida, mais de 50 foram dedicados à festa carioca. Só na escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, da Baixada Fluminense, onde ficou por 17 anos, ele foi campeão cinco vezes, entre 1976 e 1983.

O carnavalesco que criou uma nova estética para o carnaval brasileiro levou teatro e grandes alegorias para Avenida, com desfiles antológicos, como o enredo “Ratos e urubus larguem a minha fantasia”, de 1989. Após exibir riqueza no Sambódromo do Rio, ele mostrou muito lixo e surpreendeu o público com uma réplica do Cristo Redentor como mendigo. Depois de uma ação da igreja católica, a imagem foi proibida pela Justiça e teve que desfilar coberta por um plástico preto. Joãosinho, então, fez um cartaz escrito “mesmo proibido, olhai por nós”.

A escola acabou em segundo lugar, mas o carnavalesco entrou definitivamente para a história do carnaval. No mesmo ano, Joãosinho assinou o desfile da Acadêmicos da Rocinha, do Grupo de o, e foi campeão com o enredo “O esplendor dos divinos orixás”.

“Para mim, o carnaval é o único momento de irrealidade, é o único momento que você tem que fugir do cotidiano, das coisas comuns, e partir para um instante de emoção, de beleza, de irrealidade”, disse Joãosinho, em uma de suas entrevistas.

28 de junho de 1998 - Em Paris, o carnavalesco Joãosinho Trinta e a dançarina Valéria Valenssa durante desfile de escola de samba na França (Foto: Mônica Zarattini/AE)O carnavalesco Joãosinho Trinta e a dançarina Valéria Valenssa durante desfile de escola de samba na França, em junho de 1998. (Foto: Mônica Zarattini/AE)

Em 1990, ele próprio virou enredo e foi homenageado pela União da Ilha. Enquanto isso, na Beija-Flor, Joãosinho tentava o título com “Todo mundo nasceu nu”. A escola de Nilópolis ficou em segundo e a agremiação da Ilha do Governador ficou em sétimo.

Polêmico, em de 1992, seu último ano na Beija-Flor, ele descumpriu o então regulamento emitido pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), que proibia pessoas com “a genitália desnuda” na Avenida, e levou um casal nu para a Sapucaí, com o enredo “Há um ponto de luz na imensidão”, que falava sobre a televisão.

Além da Rocinha, o carnavalesco também foi campeão no Grupo de o com a Império da Tijuca, além de ter feito carnavais para escolas de São Paulo.

Homenagem em 2012
Em 2012, ele será novamente homenageado na Sapucaí, dessa vez pela escola onde ele deixou sua marca maior, a Beija-Flor. O enredo é sobre São Luis do Maranhão, onde o carnavalesco nasceu.

A assessoria informou, ainda, que Joãosinho esteve na quadra da Beija-Flor durante as eliminatórias de 2011 e ajudou a votar nos sambas a serem classificados. Ele também esteve presente no barracão, conheceu o projeto de alegorias e fantasias e disse que estava animado com o desfile e a homenagem.

História de sucesso
O início da carreira de Joãosinho foi no Salgueiro, como assistente, na década de 1960. Em 1973, ou a ser o carnavalesco oficial da escola da Tijuca, em dupla com a artista plástica Maria Augusta, e ficou em terceiro lugar com o enredo “Eneida: amor e fantasia”. Nos dois anos seguintes, Joãosinho Trinta começaria a sequência de vitórias nos carnavais cariocas. Em 1974, ganhou o título com o enredo “O Rei de França na Ilha da Assombração” e em 1975, com “O Segredo das minas do Rei Salomão”.

Foi em 1976 que a Beija-Flor contratou Joãosinho e construiu uma trajetória de carnavais inesquecíveis. Já no ano de estreia ele foi campeão, com o enredo politicamente incorreto “Sonhar com o rei, dá leão”, o primeiro título da escola e uma homenagem ao jogo do bicho.

Em 1977, um novo título, com “Vovó e o Rei da Saturnália na corte egipiciana”. O desfile do ano seguinte, que também venceu o campeonato, se destacou pelas fantasias luxuosas, em “A criação do mundo segundo a tradição Nagô”.

Em 1979, a Beija-Flor ficou com o segundo lugar com o enredo “O paraíso da loucura”. E em 1980, “O sol da Meia Noite – uma viagem ao país da maravilha”, ganhou o quarto título da escola.

Em 1981, com “Carnaval no Brasil – a oitava das sete maravilhas do mundo”, ele conquistou o segundo lugar. O quinto título de campeão na Beija-Flor foi em 1983, com “A grande constelação das estrelas negras”. Em 1986, novo segundo lugar, com “O mundo é uma bola”.

De 1994 a 2000, Joãosinho ficou à frente da Unidos da Viradouro, escola de Niterói, na Região Metropolitana. Lá ele conquistou o título em 1997, com o ousado “Trevas! Luz! A explosão do Universo”, sendo esta sua última vitória no carnaval carioca.

15 de junho de 2004 – Joãosinho vai para a Vila Isabel. Ao lado do presidente de honra da escola, o cantor Martinho da Vila, beijam a bandeira durante a apresentação do enredo para o Carnaval de 2005, sobre navegação (Foto: Alaor Filho/AE)Joãosinho vai para a Vila Isabel. Ao lado do presidente de honra da escola, o cantor Martinho da Vila, beijam a bandeira durante a apresentação do enredo para o Carnaval de 2005, sobre navegação (Foto: Alaor Filho/AE)

Em 1996, ele sofreu um derrame que deixou sequelas, paralisando um dos lados de seu corpo. De 2001 a 2004 ele assinou os desfiles da Grande Rio e conseguiu o terceiro lugar para a escola, em 2003, com “O Brasil que Vale”. No ano seguinte, Joãosinho Trinta gerou polêmica com alegorias que representavam atos sexuais no enredo sobre a camisinha. Depois de vistorias da igreja e da proibição do Ministério Público, a Justiça acabou liberando as alegorias, que acabaram ando pela Avenida cobertas, algumas com a palavra “censurado”.

No mesmo ano, a Acadêmicos da Rocinha homenageou o carnavalesco e ficou em terceiro lugar no Grupo de o, com o enredo “O mago do novo, João do povo”. Também em 2004, Joãosinho sofreu um novo derrame.

Em 2005, o carnavalesco mais premiado do Brasil foi para a Vila Isabel. De 2006 em diante, ele ficou afastado do carnaval carioca por conta de problemas de saúde, mas continuou acompanhando de perto os trabalhos de escolas como a Grande Rio, de Duque de Caxias, também da Baixada Fluminense.

Em 2010, Joãosinho Trinta foi homenageado no enredo da Grande Rio, que falou sobre os 25 anos da Marquês de Sapucaí. A agremiação levou para a Avenida uma alegoria em alusão ao enredo “Ratos e urubus larguem a minha fantasia”. Ele desfilou em frente ao carro alegórico, representando o “Rei da folia”.

Morre o carnavalesco Joãosinho Trinta

Do Vias de Fato

Morreu neste sábado (17), em São Luís, o carnavalesco Joãosinho Trinta, de 78 anos. João Clemente Jorge Trinta estava internado desde o dia 3 de dezembro na UDI. Com boa parte da vida dedicada à Beija-flor, Joãosinho morre no momento em que a famíglia Sarney coloca a mão na escola e o presidente de honra Anísio Abraão é preso pela Polícia Federal. Ou seja: morre assistindo a todo o luxo da Beija-flor, virando lixo. Bem apropriado ao momento o tema do samba enredo de 1989: “Ratos e Urubus Larguem Minha Fantasia”.

Enfermo de Bequimão-MA é transportado em carroceria feito animal

Do Blog do Hilton Franco

Roseana Sarney prometeu na campanha em 2010 construir 72 hospitais, sendo 1 em Bequimão. Ficou só na promessa

Idoso transportado em carroceria feito animal.Foto:João da Costa

Crueldade!

Essa cena desumana mostra um idoso sendo transportado feito animal na carroceria de uma Montana, em travessia de ferry boat em direção ao município de Bequimão, localizado no Litoral Ocidental Maranhense.

O rapaz de camisa amarela  acompanhou o martítrio do seu pai que tinha feito uma cirurgia em São Luís e afirmou que a prefeitura de Bequimão não disponibilizou a ambulância para transportá-lo.

“Se Roseana Sarney tivesse construido o hospital de Bequimão, o doente não estaria ando por esse sofrimento“, disse um tripulante da embarcação.

A via crusis durou cerca de 1h40.

Mais Fotos no blog do João da Costa

Fala Franco

É revoltante ver essa imagem  e saber que a família Sarney humilha os maranhenses e muitos ainda votam nessa oligarquia.

Quanto ao senhor que está sendo transportado feito animal, desejo  boa sorte e que esse sofrimento sirva de revolta para não votar mais no prefeito Antonio Diniz (PDT) e no grupo Sarney.