Pré-campanha

Da Coluna Informe JP / Jornal Pequeno

O vice-prefeito de Bequimão, César Cantanhede (PTC), está arregimentando aliados para lançar, no próximo domingo (12), sua pré-candidatura à sucessão do prefeito Antônio Diniz (PDT).

Cantanhede trabalha com a perspectiva de conseguir o apoio do PCdoB, do PPS e do PT. Para isso, está intensificando as conversas com lideranças destes partidos e abrindo, de forma simultânea, um canal direto de articulação com lideranças da sociedade civil.

Roseana Sarney e o PT acham que o Maranhão só tem um problema: os engarrafamentos

Do Blog do Kenard

O Maranhão carrega, sob a batuta de Roseana Sarney e do PT, os piores índices sociais do Brasil. Isso num período de tempo em que o Brasil melhorou consideravelmente alguns de seus índices sociais e cresceu economicamente. Roseana Sarney teve três mandatos quando Fernando Henrique Cardoso e Lula eram presidentes e o país atingiu se ápice social e econômico. Está no quarto, governando com o PT, e as oportunidades seguem sendo jogadas no lixo.

A insensibilidade de Roseana Sarney e do PT às questões sociais salta aos olhos. Temos três graves questões a serem resolvidas: Educação, Saúde e Segurança. São Luís completa neste ano 400 anos, Roseana Sarney e o PT fingem que esses problemas inexistem. O único problema para Roseana e o PT é engarrafamento. Virou uma obsessão.

O PT pensa como Roseana

São Luís completará 400 anos? Então Roseana e o PT tratam de construir a Via Expressa (mais conhecida pela população como Marginal Sarney). São Luís completará 400 anos? Então Roseana e o PT tratam de construir a Avenida Quarto Centenário.

Detalhe que não se pode deixar de apontar: são todas obras milionárias. Só para dar uma ideia ao leitor ingênuo: a Avenida Quarto Centenário vai custar a bagatela de 364 milhões de reais. Como se trata de Roseana Sarney e do PT, a mais profunda fiscalização sempre será pouca.

Há uma classe média, mediana e medíocre, como sempre a tratei, que acredita que uma cidade cresce sem ar pelos distúrbios dos engarrafamentos. Um nó que nenhum candidato a prefeito de São Paulo ou de Nova Iorque ousaria dizer que resolveria. Mas existem matutos em São Luís que acreditam que haverá esse prefeito milagreiro. Coisa de Jeca Tatu, por óbvio.

Para complicar, há os novos ricos, uma gente estúpida, cujo atempo é colecionar carros e ouvir músicas de décima categoria. Estes estúpidos, analfabetos de pai, mãe e vizinhos, também acreditam que haverá um prefeito capaz de, com uma varinha de condão, acabar com os engarrafamentos.

Uns e outros esquecem: 1) a partir do Plano Real qualquer sujeito pode comprar um carro e 2) FHC e Lula não tomaram nenhuma medida para acabar com a folga do IPI, o imposto jogado na lata de lixo que possibilitou/possibilita a existência do chamado carro popular.

A existência do carro popular nasceu de um benefício para evitar a quebradeira das montadoras. Era algo para ser temporário, coisa de no máximo cinco anos. Depois disso, o governo deveria incentivar, isso sim, o chamado carro branco, ou seja, que não causa poluição.

Por razões politiqueiras, isso não foi feito. Resultado: todas as capitais brasileiras estão padecendo com engarrafamentos e estão 10 vezes mais poluídas. Um absurdo incomensurável.

Sabedores disso e movidos pelos esquemas de obras caríssimas, Roseana Sarney e o PT abandonaram tudo: só têm olhos para beneficiar carros. O homem que se lixe.

O disparate é que Roseana Sarney e o PT ainda se regozijam. Para eles, esse é o grande presente à população pelos 400 anos de São Luís.

Bom, como alguém precisa dizer que tudo isso é um grande equívoco e ninguém diz, digo eu. Tudo isso é empulhação. Safadeza da mais grossa. Se é para pensar em engarrafamento, vocês deveriam primeiro pensar em transporte coletivo de qualidade. Sem dúvida, grande parte dos usuários de carros faria uso desses meios de transportes decentes. A exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro.

Agora traga-se para a discussão um Estado como o Maranhão, que tem os piores índices sociais do país. Os problemas na saúde são um acinte, os da educação são uma aberração e os da violência ultraaram os limites condenáveis (não se esqueçam, hoje São Luís ocupa a 27ª colocação no índice de cidades mais violentas do mundo! Situação denunciada aqui em primeira mão, basta pegar os arquivos do blog).

Mas Roseana Sarney e o PT, que governam o Maranhão desde 2010, acham que com a construção de avenidas milionárias todos os nossos problemas estarão resolvidos.

É assim no Maranhão governado por alimárias.

Prefeitura suspende desconto de contribuição sindical em folha

Do Blog do Sismubeq

O prefeito Antônio Diniz mais uma vez tenta derrubar o Sismubeq. Agora ele simplesmente deixou de descontar a contribuição sindical dos servidores do município, conforme oficio nº05/2012 datado de 01 de fevereiro de 2012, mas o SISMUBEQ não se acomodará diante de mais esse desmando do prefeito Antônio Diniz.
Clique na imagem e veja:

O Uniceuma e a mercantilização do ensino

Do Blog do JM Cunha Santos

Outdoor questiona ensino do Uniceuma

Imaginemos a seguinte cena: uma sala de cirurgia decorada e atapetada ao melhor bom gosto, um caríssimo hospital particular de primeira linha, um médico coadjuvado por enfermeiras e residentes, aparelhos anunciando a inevitável presença de tecnologias de última geração na área da medicina. E o médico pergunta ao paciente:

– Pronto para a cirurgia, senhor?

– Depende. O Dr. não foi formado pelo Uniceuma, foi?

– Não. Não fui. Pare com isso.

– Mostre seu diploma. Tem que me provar que não é graduado nem pós-graduado pelo Uniceuma.

A pressa de alguns setores da imprensa na defesa do Uniceuma é suspeita. Mas antes de inocentar o Uniceuma é preciso refletir que o ambiente de mercantilização do ensino superior, evidente nesta Universidade, é propício a esse tipo de fraude e outros que ainda poderão ser detectados.

Todos sabem que Centros como o Uniceuma subordinam a educação ao poder econômico de seus clientes, em tal ritmo de degradação que as melhores notas do vestibular são os comprovantes de renda, d’onde se infere que no Brasil as próprias instituições universitárias privadas fraudam seus concursos.

O Uniceuma é a escola dos filhos de prefeitos, dos herdeiros da Justiça e dos herdeiros da política do Maranhão, o centro superior de ensino de play boys tupiniquins com o a dinheiro público.

Ao comentar sobre as fontes de financiamento da educação no Brasil, estudiosos refletem que as vagas no ensino superior tornaram-se politicamente necessárias à manutenção do poderio econômico das elites dominantes. Por esse caminho, a educação traslada-se à condição de mercadoria, o que leva a conclusões tão sérias quanto a do professor Milani: “É comerciante quem busca satisfazer o gosto de seus clientes; é professor quem busca contradizer e mudar o gosto de seus clientes”.

Concluíram rápido demais que a fraude no Uniceuma foi uma ação criminosa praticada por pessoas alheias ao ambiente acadêmico. Nem pensar. Ela foi praticada, paga e muito bem paga para atender aos interesses de clientes preferenciais do Uniceuma e, pelo menos por enquanto, nada garante que tenha ocorrido pela primeira vez.

A cena imaginada no início desse artigo remete à possibilidade de que existam açougueiros diplomados escarafunchando órgãos vitais dos pacientes, rábulas sem formação atuando nos tribunais, mecânicos de última hora operando altas tecnologias e sabe Deus que outros tipos de profissionais no mercado de trabalho, já que o Uniceuma, com 21 anos de atividade, abriga mais de 15 mil alunos.

Depreende-se, então, que este é o mais grave fato desabonador da educação e da formação profissional superior maranhense. Portanto, não há que se restringi-lo a um mero caso de polícia. Ninguém sabe ainda há quanto tempo essa quadrilha age no banco de dados dessa Universidade, se age somente nela ou se há reitores, pró-reitores, diretores, professores com ela envolvidos. O que se sabe é que, a despeito da lei da oferta e da procura, toda e qualquer mercadoria – mesmo que seja ela a educação – será embrulhada e vendida a quem pagar melhor.

Sarney Filho gasta mais de R$ 34 mil em agens aéreas e não vem ao Maranhão

Do Blog do Luís Cardoso

deputado Sarney Filho

O deputado Sarney Filho torrou, em 2011, R$ 34.481,42 só com agens aéreas e pouco – ou quase – não compareceu no ano ado ao Maranhão, estado que lhe reelegeu por mais de cinco mandatos.

O parlamentar geralmente viaja para o Rio de Janeiro onde reside com a atual esposa. Ele tem aproveitado também para viajar a outros países, quer em missão oficial da Câmara Federal ou por simples turismo familiar.

Além de quase não comparecer ao seu domicílio eleitoral, no caso o Maranhão, o deputado, filho do senador José Sarney, quase não é visto no Plenário da Câmara Federal.

O deputado Pinto da Itamaty que vem quase todas as semanas ao Maranhão, gastou pouco mais de R$ 2 mil em 2011. Ele prefere gastar do próprio bolso a ter que voar nas asas do contribuinte.

Pedro Novais, que também só aparece no Maranhão no período eleitoral, não gastou nada com bilhetes de empresas aéreas. Ele mora em Brasília com a família, mas vem a cada quatro anos buscar votos no Maranhão e garantir a boa vida de deputado em Brasília.

Bequimão: racha ameaça reeleição de Antonio Diniz

Do Blog do Décio Sá

Prefeito Antonio Diniz traiu aliados

A eleição está pegando fogo no interior desde o ano ado. Em municípios pequenos, como Bequimão, o atempo principal dos moradores é saber quem serão os candidatos a prefeito.

Na cidade da Baixada Maranhense, a situação complicou para o “balaio” Antonio Diniz (PDT). Ele se elegeu com o apoio do hoje superintendente do Incra no Maranhão, Zé Inácio (PT), e os ex-prefeitos José Luiz Bernal (PCdoB) e Leonardo Cantanhede, pai do atual vice-prefeito César Cantanhede (ambos do PTC).

Acontece que Diniz nunca deu “asa” aos aliados na istração. Leonardo é o secretário de Sáude e Bernal de Agricultura. Ambos não apitam em nada nas pastas. Quem manda mesmo é o prefeito (reveja).

Há duas semanas o grupo se reuniu em São Luís com o próprio Antonio Diniz e avisou: o candidato do grupo será o vice-prefeito. O pedetista deixou a reunião fumaçando. A tendência é que ele demita os aliados da prefeitura, o que aumentará o racha.

Do encontro participou também o presidente do PPS municipal, jornalista Robson Paz, irmão do vereador Fredson Paz (PDT). Antonio Diniz já articula com o dirigente estadual e um dos financiadores de sua campanha, Othelino Neto, a defenestração do comunicador do comando da legenda em Bequimão.

Com a ameaça de retaliação do prefeito, os “dissidentes” se aproximam do governo Roseana Sarney (PMDB) numa articulação comandada por Zé Inácio, aliado do vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT).

Enquanto isso, na outra ponta da Baía de Cumã, está o peemedebista Zé Martins, filho do ex-prefeito José Martins. Ele só está esperando o rio Itapetininga pegar fogo para comer o “traíra” Antonio Diniz frito.

Os canalhas nos ensinam mais

Por: ARNALDO JABOR* 

‘Querem nos convencer de que nosso destino histórico é a maçaroca informe de um grande maranhão eterno’

Nunca vimos uma coisa assim. Ao menos, eu nunca vi. A herança maldita da política de sujas alianças que Lula nos deixou criou uma maré vermelha de horrores. Qualquer gaveta que se abra, qualquer tampa de lata de lixo levantada faz saltar um novo escândalo da pesada. Parece não haver mais inocentes em Brasília e nos currais do país todo. As roubalheiras não são mais segredos de gabinetes ou de cafezinhos. As chantagens são abertas, na cara, na marra, chegando ao insulto machista contra a presidente, desafiada em público. Um diz que é forte como uma pirâmide, outro que só sai a tiro, outro diz que ela não tem coragem de demiti-lo, outro que a ama, outro que a odeia. Canalhas se escandalizam se um técnico for indicado para um cargo técnico. Chego a ver nos corruptos um leve sorriso de prazer, a volúpia do mal assumido, uma ponta de orgulho por seus crimes seculares, como se zelassem por uma tradição brasileira.

Temos a impressão de que está em marcha uma clara ‘revolução dentro da corrupção’, um deslavado processo com o fito explícito de nos acostumar ao horror, como um fato inevitável. Parece que querem nos convencer de que nosso destino histórico é a maçaroca informe de um grande maranhão eterno. A mentira virou verdade? Diante dos vídeos e telefonemas gravados, os acusados batem no peito e berram: ‘É mentira!’ Mas, o que é a mentira? A verdade são os crimes evidentes que a PF e a mídia descobrem ou os desmentidos dos que os cometeram? Não há mais respeito, não digo pela verdade; não há respeito nem mesmo pela mentira.

Mas, pensando bem, pode ser que esta grande onda de assaltos à Republica seja o primeiro sinal de saúde, pode ser que esta pletora de vícios seja o início de uma maior consciência critica. E isso é bom. Estamos descobrindo que temos de pensar a partir da insânia brasileira e não de um sonho de razão, de um desejo de harmonia que nunca chega.

Avante, racionalistas em pânico, honestos humilhados, esperançosos ofendidos! Esta depressão pode ser boa para nos despertar da letargia de 400 anos. O que há de bom nesta bosta toda?

Nunca nossos vícios ficaram tão explícitos! Aprendemos a dura verdade neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Finalmente, nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Vemos que o país progride de lado, como um caranguejo mole das praias nordestinas. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades sórdidas estamos conhecendo, fecundas como um adubo sagrado, tão belas quanto nossas matas, cachoeiras e flores. É um esplendoroso universo de fatos, de gestos, de caras. Como mentem arrogantemente mal! Que ostentações de pureza, candor, para encobrir a impudicícia, o despudor, a mão grande nas cumbucas, os esgotos da alma.

Ai, Jesus, que emocionantes os súbitos aumentos de patrimônio, declarações de renda falsas, carrões, iates, piscinas em forma de vaginas, açougues fantasmas, cheques podres, recibos laranjas de analfabetos desdentados em fazendas imaginárias.

Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!… Assistimos em suspense ao dia a dia dos ladrões na caça. Como é emocionante a vida das quadrilhas políticas, seus altos e baixos – ou o triunfo da grana enfiada nas meias e cuecas ou o medo dos flagrantes que fazem o uísque cair mal no Piantella diante das evidências de crime, o medo que provoca barrigas murmurantes, diarreias secretas, flatulências fétidas no Senado, vômitos nos bigodes, galinhas mortas na encruzilhada, as brochadas em motéis, tudo compondo o panorama das obras públicas: pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, orgasmos entre empreiteiras e políticos.

Parece que existem dois Brasis: um Brasil roído por ratos políticos e um outro Brasil povoado de anjos e ‘puros’. E o fascinante é que são os mesmos homens. O povo está diante de um milenar problema fisiológico (ups!) – isto é, filosófico: o que é a verdade?

Se a verdade aparecesse em sua plenitude, nossas instituições cairiam ao chão. Mas, tudo está ficando tão claro, tão inável que temos de correr esse risco, temos de contemplar a mecânica da escrotidão, na esperança de mudar o país.

Já sabemos que a corrupção não é um ‘desvio’ da norma, não é um pecado ou crime – é a norma mesmo, entranhada nos códigos, nas línguas, nas almas. Vivemos nossa diplomação na cultura da sacanagem.

Já sabemos muito, já nos entrou na cabeça que o Estado patrimonialista, inchado, burocrático é que nos devora a vida. Durante quatro séculos, fomos carcomidos por capitanias, labirintos, autarquias. Já sabemos que enquanto não desatracarmos os corpos públicos e privados, que enquanto não acabarem as emendas ao orçamento, as regras eleitorais vigentes, nada vai se resolver. Enquanto houver 25 mil cargos de confiança, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa-preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse Código Penal, com essa estrutura judiciária, nunca haverá progresso.

Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas. Não adianta punir meia dúzia. A cada punição, outros nascerão mais fortes, como bactérias resistentes a antigas penicilinas. Temos de desinfetar seus ninhos, suas chocadeiras.

Descobrimos que os canalhas são mais didáticos que os honestos. O canalha ensina mais. Os canalhas são a base da nacionalidade! Eles nos ensinam que a esperança tem de ser extirpada como um furúnculo maligno e que, pelo escracho, entenderemos a beleza do que poderíamos ser!

Temos tido uma psicanálise para o povo, um show de verdades pelo chorrilho de negaças, de ‘nuncas’, de ‘jamais’, de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Céus, por isso é que sou otimista! Ânimo, meu povo! O Brasil está evoluindo em marcha a ré!

(*) Cineasta e escritor

Juiz Marcelo Pereira é empossado na comarca de Bequimão

Helena Barbosa / Assessoria de Comunicação do TJMA

A cerimônia aconteceu no gabinete da presidente em exercício do TJMA, Mária dos Remédios Buna

O Tribunal de Justiça empossou o juiz substituto Marcelo Frazão Pereira no cargo de juiz de Direito da comarca de Bequimão, de entrância inicial. A do termo de posse aconteceu nesta quinta-feira (2), no gabinete da desembargadora Maria dos Remédios Buna, presidente em exercício do TJMA.

Pereira, 33 anos, ingressou na magistratura no concurso de 2009. Era juiz substituto da 15ª Zona Judicial e atuou nas comarcas de Balsas, Buriticupu, Tasso Fragoso, Montes Altos, Riachão, Alto Parnaíba e Amarante, antes de ser titularizado em Bequimão,

“É uma nova fase na carreira. Vou poder desenvolver um trabalho mais efetivo, colocar em prática a minha experiência e concentrar as atividades na comarca de Bequimão”, disse o juiz.

Após a do termo de posse, o juiz recebeu os cumprimentos da presidente em exercício, dos juízes Kleber Carvalho, auxiliar da presidência, e Alice Prazeres, auxiliar da Corregedoria, e da esposa, a advogada Daniela Noronha.

REMOÇÃO – Para o preenchimento da vaga em Bequimão, o Tribunal abriu processo de remoção (Edital Nº 66/2011) dentre os juízes titulares da entrância, mas não houve interessados. Por ser o mais antigo dentre os juízes substitutos, o juiz Marcelo Pereira foi designado para o cargo.

 

Menos Prefeitos e Vereadores. Mais Professores…*

José Lemos

Virou lugar comum nos conformarmos com os desmandos daqueles que dirigem o País. Acostumamo-nos com as noticias de corrupção. Quando as diferentes mídias mostram, por exemplo, que há desvios de recursos no DNOCS, isso soa como natural. O Ministro da pasta, já recheado de outras denuncias, aciona os seus padrinhos políticos para permanecer no cargo. O seu partido, que é donatário do Ministério, ameaça retaliar a Presidente que, para evitar a retaliação, muda alguns nomes, para ficar tudo igual.

As denuncias se juntam a tantas outras que envolvem prefeituras. Eu não teria qualquer receio em dizer que a regra, na grande maioria das 5.564 prefeituras que existem no Brasil, é o uso inadequado dos nossos impostos. Talvez os brasileiros não saibam que os prefeitos são os únicos governantes que podem sacar os recursos das suas prefeituras na boca do caixa do Banco em que o dinheiro estiver depositado. Este é um duto fácil, e tentador, para os desvios de que se tem noticias recorrentemente.

É fato comum, ao assumir as prefeituras, as famílias agraciadas com esse beneplácito logo comprarem e exibirem caminhonetas luxuosas. O público que lhes viabilizou o o ao poder, na maioria dos casos, são brasileiros que, sequer sabem em quem votou, porque lhes foi apresentada uma “cola” com o número do candidato, não sem antes terem recebido alguns desses benefícios paliativos de véspera de eleição.

Nestes dias eu recebi uma mensagem pela internet que é, no mínimo, instigante. Nela é lembrado que, quando o nosso time de futebol faz feio, ficamos furiosos e vamos aos campos de treinamento, ou aos aeroportos, espinafrar. A mensagem lembrava que não fazemos assim com os políticos que elegemos. Seriam manifestações fortes da população descontente com os rumos que estão dando  ao Brasil. Zombando de nós.

Uma das maiores excrescências que os políticos estão sempre ameaçando (e no ado recente conseguiram) é a criação de novos municípios. Esta, pelas razões expostas acima e pelos números que mostrarei a seguir, é uma das maiores fontes de assalto aos impostos que nós temos que bancar para pessoas que, sem qualquer habilidade profissional, buscam no proselitismo da vida política fácil, a fonte inesgotável e imoral de conquistar riqueza material. Sem a contrapartida do trabalho.

O PIB per capita anual do Brasil, em 2009 (último ano para o qual esta informação está disponível) foi de R$16.917,66, ou 3,4 salários mínimos em valores daquele ano. Pois bem, em 4.757 (85,5%) municípios, o PIB per capita é menor do que a média brasileira.  Nesses municípios sobrevivem 63% da população brasileira.

Há 3.921 municípios com população abaixo de vinte mil habitantes, a maioria deles é constituída de municípios recém criados. Aproximadamente 90% desses municípios estão incluídos entre aqueles cujo PIB per capita está abaixo da média brasileira.  Em 1.814 deles a escolaridade média é de no máximo quatro anos (analfabetos funcionais na média). Em 1.915, desses municípios, a população maior de quinze (15) anos tem taxas de analfabetismos que variam de 20% a 44%. Uma tragédia. Ou seja, todos eles são insustentáveis, e servem apenas para enriquecer as famílias agraciadas com cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

A população que sobrevive nos municípios menores de vinte mil habitantes é de 33,17 milhões de pessoas. Se esses municípios desaparecessem e fossem incorporados a outros para terem no mínimo vinte mil habitantes,  haveria 2.263 municípios a menos.

Considerando um salário mensal de Prefeito de R$10.000,00 de Vice–Prefeito de R$8.000,00, um mínimo de dez secretários municipais ganhando cada um R$5.000,00 e um mínimo de sete vereadores com salário de R$10.000,00 cada um, seriam poupados mensalmente, por município, pelo menos R$138 mil. Como essa gente, mesmo sem trabalhar em beneficio das populações, recebe treze salários por ano, seriam poupados anualmente R$1.794.000. Que multiplicados pelos 2.263 municípios subtraídos, daria uma economia anual de, ao menos, quatro bilhões de reais. Essa grana toda seria mais bem aplicada contratando professores, profissionais da área de saúde, engenheiros… Estaria criada a condição para mudar o quadro mostrado no texto. Poderíamos iniciar, de imediato, um Projeto de Emenda à Constituição, de base popular, igual àquela que resultou na Emenda da Fixa Limpa, para que conste na Constituição  que não poderá existir no Brasil, já em 2014, um único município com menos de vinte mil habitantes, e que as Câmaras municipais não podem ter mais do que sete (7) vereadores que, na maioria dos casos, não am de cabos eleitorais  pagos por nós que trabalhamos e geramos riquezas. Fica a sugestão e vamos à luta para mudar o Brasil.

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*Artigo publicado em 28/01/2012 no Jornal O Imparcial.