Escola e família devem se unir para o bom desenvolvimento da criança

Ana Cássia Maturano

Alguns pais se queixam quando a escola os chama diante de alguma questão com os filhos. O discurso é pautado por críticas e árido de elogios. Às vezes, os problemas são trazidos muito tardiamente, depois de meses, quando já não há muito o que fazer. Muitos sentem que as escolas veem os alunos como inimigos.

A relação entre instituição de ensino e família sempre foi confusa. Por um lado, existe a expectativa do aluno ideal que vai simplesmente aprender; por outro, a impossibilidade de enxergar o filho como ele é, inclusive com seus eventuais problemas. Cada uma a seu modo, ambas idealizam a criança, impossibilitando qualquer parceria que possa existir entre família e escola.

Ao receber um aluno, a escola deve ter claro que ele não é só um aprendente, ele é um ser em suas várias dimensões. Tem desejos, medos, reações, interesses, necessidades… É único. Alguns vêm com problemas que transcendem o ambiente escolar e que podem estar relacionados a uma situação de vida específica.

Ela, por sua vez, também não é só aquela que ensina, mas é uma figura de autoridade. Empurra o indivíduo para a realidade, para a responsabilidade e as regras. A relação entre eles pode ser ambígua, principalmente na adolescência, abrindo espaço para conflitos.

O ambiente escolar é privilegiado em possibilidades de percepção de vários aspectos da criança e de maneira mais neutra. É lá que ela a grande parte de seu tempo, às vezes mais do que com sua família.

Diante do surgimento de qualquer problema com o aluno, é obrigação da escola comunicar os pais, sem grande demora. Só assim as coisas podem mudar seu rumo. Não dá para esperar que eles percebam espontaneamente. Às vezes, o que é explícito para uns, não é para outros. Tomar consciência de algo também depende de nossas condições emocionais.

Porém, elas também barram na dificuldade dos pais ouvirem o que têm a dizer. Fica impossível para muitos verem seus filhos como eles realmente são, com seus problemas. Ao itirem isso, enxergam-se falhos em seu papel de pai ou mãe – mas não necessariamente são.

Se uma escola perde o precioso tempo em apenas criticar o aluno e pouco ajudar, talvez ela não seja a indicada para ele. É preciso também estar atenta para os aspectos positivos de seus estudantes. Muitos são reduzidos a imagem de encrenca. Determinam para eles o lugar de problema, que eles ocupam. Os professores e coordenadores estão sempre lembrando os pais disso. Se uma criança traz muito problema, algo há. Família e escola precisam estar juntas, cada uma em seu papel.

Para isso, uma terá que confiar na outra. E saberem se ouvir mutuamente para estarem unidas em prol do desenvolvimento da criança. Caso se vejam como inimigas, é hora de desfazer essa parceria. Tendo em mente o porquê a desfizeram, para que as próximas sejam diferentes.

Quem lucra? Ora, todos. Mas principalmente a criança que estará sendo assistida em seu crescimento por duas figuras importantes – família e escola.

Blog Bequimão Agora completa um ano em atividade com mais de 51 mil os

Estatísticas do Blog Bequimão Agora

Há um ano e um mês entrou em operação o Blog Bequimão Agora pela internet. Sua missão: levar ao conhecimento dos bequimãoenses e demais internautas informações de interesse público direta ou indiretamente relacionados ao município.

Ao longo destes 13 meses, o blog registrou um total de 51.375 visualizações. Da primeira postagem que você pode visualizar abaixo até o dia 31 de agosto, foram publicados 597 posts e 333 comentários – todos identificados e prezando sempre pelo bom nível das discussões. Comentários apócrifos contra quem quer que seja são automaticamente rejeitados.

Primeiro post publicado pelo Blog Bequimão Agora

Nas redes sociais o perfil do Blog Bequimão Agora no Facebook reúne mais de 2.100 amigos. Estes números demonstram a credibilidade alcançada pelo blog junto aos internautas, principalmente os bequimãoenses.

É com felicidade que a equipe do Blog Bequimão Agora ver a aprovação desta iniciativa pioneira naquele 1º de julho de 2011. Em pouco mais de 365 dias, nos tornamos a referência dos bequimãoeses na busca por informações precisas e de qualidade na internet.

É com este trabalho focado na responsabilidade e compromisso, que o Blog Bequimão Agora se prepara para novos desafios sem perder de vista os interesses da maioria da população de nosso município.

Obrigado! Vamos em frente!

A consciência crítica não pode ser besta

Do Blog do Pedrosa

Existe um lado ingênuo no processo de formação da consciência crítica. Muita gente se aproveita disso para fazer manipulações, do mesmo jeito que ocorre com pessoas despolitizadas.

A ingenuidade é uma forma de despolitização. Muitas dessas pessoas seguem líderes desonestos a vida inteira, idealizando suas posturas, desculpando suas atitudes. A fidelidade do ingênuo é canina. Afinal, ele está no lado extremo do traidor.

A semelhança entre um e outro é que ambos são covardes. O traidor é covarde com os outros e o ingênuo é covarde consigo mesmo.

O ingênuo até desconfia de suas crenças, mas não tem coragem de negá-las ou contestá-las. Por vezes, quando faz isso, já é tarde demais.

Um exemplo grande de ingenuidade ocorre com certos militantes do PT, em relação ao mensalão. Alguns acreditam firmemente de que não há provas para condenar os réus petistas. Adestrados a desconfiar sempre da mídia, eles acreditam na tese de um complô da burguesia para fragilizar o governo.

Depois de tudo o que o PT fez em favor da burguesia, eles ainda acreditam que existe um setor da burguesia contra o governo. Não enxergam que a burguesia está no governo. Se o PT for desapeado do poder agora, quem mais perderá será a própria elite.

Pelo próprio teor do votos dos Ministros do STF, qualquer leigo já pode desconfiar que essa turma realmente meteu a mão na cumbuca. A medida que o julgamento avança, as ditas provas que não existiam são lançadas na cara dos ingênuos – aos borbotões.

Depois do escândalo do mensalão, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, idealizou uma solução menos traumática para o PT: refundar o partido. Uma teoria para refazer a estrutura partidária e repactuar a disputa interna. Foi derrotado por Zé Dirceu e sua turma, no PED (processo de eleição interna) subsequente.

Pois bem, se a militância do PT não foi capaz de refundar o partido, parece que o STF poderá fazer isso. Será um favor às esquerdas brasileiras. O primeiro o será condenando exemplarmente um punhado de líderes que já se acostumou a debater o socialismo na beira das piscinas dos hotéis de luxo.

O segundo o é obra do povo e de outras consciências críticas.