Diálogos pelo Maranhão fortalece sentimento de mudança no interior

_DSC8845[1]As andanças do movimento Diálogos pelo Maranhão continuaram na noite desta sexta (02) percorrendo os municípios de São Bernardo e Magalhães de Almeida. A caravana liderada por Flávio Dino debateu com a população inúmeras propostas de desenvolvimento justo e democrático para o estado.

Lideranças sociais e políticas receberam o Movimento Diálogos pelo Maranhão, que ouviu os problemas da região, reforçando a importância do encontro para discutir e buscar soluções viáveis para os imes vivenciados pelo leste maranhense.

“A força do nosso movimento se extrai da proximidade com o povo e suas necessidades. Estamos caminhando para o aprofundamento dessa perspectiva transformadora”, avaliou Flávio Dino.

Antônio Bernardo, que disputou o cargo de prefeito em São Bernardo nas últimas eleições, afirmou ser imprescindível a atuação do movimento no processo de mudança da realidade do estado. “Temos que nos empenhar e que nos mobilizar para trilharmos esse caminho de mudança. Iremos trabalhar para presenciarmos a vitória do povo maranhense”, afirmou._DSC8690[1]

A candidata a vice neste mesmo município, Luiza Machado, também avaliou como positiva e fundamental a atuação do movimento pelas cidades do interior. “Acredito em transformação, compromisso e positividade, e é nisso que se resume o projeto Diálogos pelo Maranhão, por isso eu abraço essa causa”, constatou.

O deputado Marcelo Tavares compartilhou da troca de experiências nos municípios e reforçou a importância da interação promovida por esses encontros. “Não podemos nos acostumar com o que não é digno do povo maranhense, nós queremos construir um novo modelo de gestão para o estado, que culmine na transformação da realidade que vivemos”.

Flávio Dino reforçou a importância da honestidade e transparência para a construção de um Maranhão diferente, fomentando ideias e propostas com o fim de transformar o Maranhão em um estado da igualdade, da democracia e do desenvolvimento.

“É nosso dever representarmos a função ética da política como um serviço para que possamos, assim, garantir autenticamente a transformação da qualidade de vida do nosso povo”, completou.

O deputado federal Simplício Araújo também relatou sobre o sentimento que marcou a agem do movimento por essas cidades. “A presença de vocês aqui demonstra um desejo, uma vontade e uma grande esperança que reforça o sentimento de mudança que acompanha todo o resto do estado. Precisamos de uma nova perspectiva para o nosso povo”, categorizou.

Outras lideranças acompanharam a agem do movimento por Magalhães de Almeida e São Bernardo, a exemplo do deputado federal Domingos Dutra e dos deputados estaduais Othelino Neto e Bira do Pindaré.

Um papa ligado ao seu tempo

José Reinaldo

O Papa Francisco é um dos nossos. Da América Latina, nascido na Argentina, conhece nossa realidade de pobreza e iniquidade. Conhece os nossos políticos e o que eles construíram e continuam a construir por aqui. A demagogia, a corrupção, a pobreza de um povo abandonado, das profundas carências da educação ofertada por aqui, do descompromisso com a saúde, com a segurança, com a preparação e a formação dos jovens em meio ao abandono em que vivem. Presas fáceis dos traficantes e das drogas que liquidam com famílias inteiras abandonadas pelo poder público. Do desemprego dos jovens, da falta de esperança que leva às revoltas e ao repudio da classe política. Sabe da pobreza, da desvalia e não esconde a sua preocupação com o mundo que está sendo construído por aqui, das idolatrias fúteis, de falsos e ocos líderes que não levam a nada, da apologia à riqueza e ao egoísmo. Conhece a falsa felicidade decorrente dessas ilusões.

Tudo isso ele conhece muito bem. E como conhece, quer mudar essa realidade. E em decorrência disso, ele prega profundas modificações na atitude de todas as pessoas. E dos padres e bispos também.

E elegeu os jovens como foco dessa mudança, tão ameaçados pelo desemprego, pela descrença em tudo e por não ver nos políticos um discurso e uma prática com a mínima sintonia com a realidade em que está imerso.

Pois bem, em seu discurso logo depois que chegou, ao lado das maiores autoridades políticas do país, Francisco disse que “a juventude está em crise” e corre o risco de “nunca trabalhar”, logo depois de ouvir a presidente fazer um discurso deslocado do momento, porque laudatório de seu próprio governo que sofre no momento grande contestação manifestada nas ruas por tanta gente, em sua maioria jovens. O papa cobrou educação e meios materiais para que os jovens possam se desenvolver. E alertou para o risco de se criar uma geração perdida diante da incapacidade de os jovens encontrarem trabalho. E cobrou dos políticos: “Nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhes espaço: tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento, oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida, garantir-lhes a segurança e educação, para que se torne aquilo que pode ser”. Disse ainda o pontífice: “estamos acostumados com uma cultura descartável. Fazemos isso com frequência com os idosos e, com a crise estamos fazendo o mesmo com os jovens. Precisamos de uma cultura de inclusão”. E completou: “É verdade que os jovens são o futuro do povo, porque tem energia. Mas eles não são os únicos que representam o futuro. Os idosos também, porque tem a sabedoria da vida”.

Miriam Leitão, por sua vez, em sua coluna Panorama Econômico, mostra os dados. Com o título ‘Futuro Ameaçado’, diz que “a juventude está ameaçada em vários aspectos. A morte prematura dos rapazes ronda os jovens no mundo inteiro. O desemprego dos jovens é alto até no Brasil em que a taxa geral está baixa. (A taxa de desemprego global do país é de 5,8% mas a dos jovens entre 18 e 24 anos é de 13,6% e crescente). Na Europa há o risco de uma geração perdida. E há os jovens que não trabalham nem estudam. A juventude sempre esteve exposta a riscos, mas agora eles se agravaram”. A repórter continua dizendo que “a frustação pode causar traumas e inseguranças que a pessoa carregará a vida inteira. As pessoas que tem responsabilidade e poder no mundo, qualquer que seja a sua área de atuação, pode ser formador de opinião, empresário, professor, formulador e executor de política pública precisam entender que estamos errando dramaticamente com a juventude”.

O Papa chama o traficante de “mercador da morte” e critica liberar uso de drogas. “Não é deixando livre o uso de drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química”, disse o Papa. Para ele, a solução não vem de liberar o uso, mas de uma estratégia para “enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das drogas, promovendo maior justiça, educando os jovens para os valores que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança no futuro. Visitando um polo de atendimento integral a dependentes químicos, disse que a função da igreja não é condenar, mas prestar solidariedade que gere esperança e força necessária à superação. Tanto em Aparecida como no Rio, fala da moral católica e de seus valores maiores: solidariedade, fraternidade, amor, alegria, esperança. Não um moralismo de condenação e fechamento, mas uma moral positiva. Uma moral em que os vetos existem, mas ganham seu real sentido de defesa do amor e da realização, afinal, o mal sempre deverá ser condenado, se queremos o bem. Esse é seu maior desafio: mostrar ao mundo a moral católica como amor e esperança.

Em uma favela “pacificada”, ele falou que a UPP não será solução, se os problemas sociais não forem sanados. E convocou os jovens a continuar a protestar contra corrupção. Para ele, “a grandeza de uma nação só pode ser medida a partir de como trata seus pobres”, conclamou.

E olha que o Papa Francisco nem conhece o Maranhão. Mas já deve ter ouvido falar dos nossos “líderes”…

E para concluir, o anúncio da desistência de Lobão, que, como todos sabem, é quem detém mais votos no grupo do governo, só quer dizer uma coisa: experiente como é, chegou a conclusão que a causa está perdida e que seu grupo não tem a menor chance de fazer o governador. Do contrário, não abriria mão da candidatura.

O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras

Abandonada pela prefeitura, UBS do Jacioca é alvo de vandalismo

UBS JaciocaInaugurada no dia 30 de dezembro do ano ado, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do povoado Jacioca foi invadida por vândalos, recentemente. Embora, recém-construída a UBS foi completamente abandonada pela istração do prefeito Zé Martins (PMDB).

Em sete meses, a unidade que conta com consultórios, consultório odontológico, sala de recepção e espera, sala de observação e banheiros não atendeu um único paciente. Curiosamente, as consultas do PSF (Programa Saúde da Família) são realizadas de forma improvisada em casas de correligionários do prefeito.

A situação já foi denunciada várias vezes pelo vereador Elanderson Pereira (PPS), na Câmara de Vereadores. No entanto, nenhuma providência foi adotada pela prefeitura.UBS

Após, os atos de vandalismo, o vereador do PPS voltou a pedir providências desta vez ao secretário de Saúde, Bastico Moraes, que prometeu visitar a unidade de saúde.

“Solicitei mais uma vez que o referido estabelecimento de saúde fosse colocada em funcionamento e que fosse colocado um vigilante no local”, informa Elanderson em seu perfil no Facebook.

Veja o desabafo do vereador Elanderson no Facebook:

ElandersonFace

Vade retro

Do Jornal Pequeno

FundSarneyEssa foi bater lá no Index Librorium Prohibitorium. Conforme matéria da Folha de São Paulo, existe no Convento das Mercês o mausoléu construído em pecado, uma câmara inível ornada por seres santificados cujos paramentos indicam a criação de uma seita secreta no Maranhão. Os santos, entronizados em vestes clericais, são Sarney Filho, Fernando Sarney, Marly Sarney e Roseana Sarney. O senador Sarney paira acima de todos eles em pose sacerdotal, envergando uma inexprimível capa preta de Cônego do Abismo que lembra rapidamente o Conde Drácula.

E, de fato, existem seitas que ameaçam tomar conta das instituições públicas apostando na ascensão da Besta na Terra e prevendo catástrofes naturais, como, por exemplo, a eleição de mais um candidato de Sarney no Maranhão e a recondução de Roseana Sarney ao Senado.

É de doer. O mais suntuoso edifício histórico do Estado pode ter se transformado em universidade de ciências ocultas e estar abrigando uma sociedade perigosa, no melhor estilo Skull and Bones do apavorante George Bush. Uma sociedade que reza em torno de cavaleiros apocalípticos, cultuando a obediência, a lealdade total e a manipulação. Tudo muito parecido com seitas luciferinas com origem na Idade Média que buscam o poder, o dinheiro e as influências.

E lembrando seitas que adoram o libertador da moral, das convenções sociais e dos códigos, deparou o repórter da Folha de S. Paulo com Sarney Filho trajando uma túnica apostólica, Fernando Sarney com vestes de um representante da fé, Lobão envergando um hábito religioso, Marly Sarney paramentada de freira e Roseana com a faixa de governadora do Maranhão em cima de um traje não menos apostólico que o de Sarney Filho. Contado, ninguém acredita.

Isso não é uma exposição fotográfica, é uma ameaça cosmológica, é um atentado contra a Igreja de São Pedro. Ou, como diria o populacho, “credo in cruz”, vade retro, te esconjuro, Deus nos livre e guarde.

(JM Cunha Santos)