O crime no Maranhão mudou: novos atores entraram em cena

Do Blog do Ed Wilson

É simples entender a anatomia do crime no Maranhão.

O maior problema da violência já foi dito por um importante político da oligarquia Sarney: o crime organizado está instalado nos três poderes do estado.

Todos os dias o Maranhão é violentado pela corrupção que sustenta uma elite parasita no poder público.

Esta casta não vive em São Luis. Tem apartamentos em New York ou Paris e se diverte em Las Vegas. O Maranhão é o lugar do saque.

Para essa gente, pouco importa se 100 ou 200 presos terão as cabeças cortadas em Pedrinhas.

Quanto mais violência e caos, melhor para o governo fazer as dispensas de licitação na área de segurança pública, onde operam os interesses privados.

O diagnóstico sobre a violência está feito. O sistema de segurança sabe quais são as providências necessárias, mas o governo Roseana Sarney (PMDB) não está interessado em resolver a situação.

Medo é dinheiro e violência dá lucro. Os dividendos são colhidos nos contratos milionários celebrados entre o governo e as empresas que prestam serviço no sistema penitenciário

CRIMES DE ÉPOCA  

 É nesse contexto que o crime organizado se reestruturou no Maranhão, dentro e fora dos presídios, conjugando barbárie e negócios. Vejamos:

 Ao longo dos últimos 50 anos, o modus operandi do crime ou por várias etapas, cada uma delas correspondendo aos interesses políticos predominantes em determinados momentos.

 PISTOLAGEM  

Nas décadas de 1970 a 1990 o foco da criminalidade estava concentrado no campo, em decorrência da Lei de Terras que proporcionou a expansão do latifúndio e, consequentemente, a necessidade de jagunços para expulsar do campo os trabalhadores rurais.

O Maranhão viveu o auge da pistolagem. Era preciso matar os camponeses para garantir a posse das terras aos latifundiários.

ROUBO DE CARGAS  

A segunda etapa concentrou-se no roubo de cargas. Ao investigar a teia criminosa, o delegado Stênio Mendonça foi assassinado na avenida Litorânea, em 1997.

O desdobramento da morte de Stenio Mendonça, com repercussão nacional, deflagrou a I do Crime Organizado, resultando na prisão de parlamentares e policiais, com destaque para os deputados José Gerardo e Chico Caíca e o delegado Luis Moura.

Importante lembrar: a I do Crime Organizado teve apoio do aparelho policial, então liderado pelo secretário de Segurança Raimundo Cutrim, homem de confiança da governadora Roseana Sarney (PFL à época).

Roseana pavimentava o caminho para uma candidatura presidencial e precisava mostrar ao Brasil que o Maranhão era um estado livre do crime.

A prisão dos deputados e policiais confirmava a tese de que o crime organizado estava instalado nos três poderes do estado.

ASSALTOS A BANCO  

Desmontada a quadrilha de cargas, incrementou-se o roubo aos bancos. O Sindicato dos Bancários sempre monitorou o crescimento dos assaltos em períodos pré-eleitorais, levantando a hipótese de que o dinheiro servia para alimentar candidaturas e outros negócios.

Os assaltos a banco, pelo grau de inteligência e logística, permanecem no topo do crime.

Ladrão de banco é respeitado na hierarquia dos presídios e lidera parte das organizações criminosas.

AGIOTAGEM  

Na etapa mais recente, o Maranhão ou a ser o eldorado da agiotagem, através de quadrilhas que dominam as prefeituras.

O Banco do Estado do Maranhão (BEM), que deveria ser o indutor do desenvolvimento regional, da geração de emprego e renda, nunca foi utilizado para esta finalidade.

O BEM acabou sucateado e privatizado. No lugar do dinheiro oficial, entrou no circuito o capital paralelo da agiotagem que ou a controlar obras e serviços nos municípios em troca do financiamento das campanhas dos prefeitos.

No conflito dos negócios da agiotagem, o jornalista Décio Sá foi assassinado, também na avenida Litorânea, em 2012, quinze anos após a execução do delegado Stênio Mendonça.

A execução de Décio Sá também reforça a tese de que o crime organizado atravessa o interesse público no Maranhão.

TRÁFICO DE DROGAS  

A etapa mais organizada do crime é o tráfico de drogas, principalmente aquela parte controlada por empresários que nunca fumaram um cigarro na vida e são pessoas de bom convívio social.

Para estes, o tráfico é um empreendimento sofisticado.

Nas investigações, não há evidências de ligações diretas entre traficantes e vereadores, deputados, gestores, juízes ou desembargadores.

Houve apenas a notícia de que um traficante renomado gostaria de vir hospedar-se em um presídio do Maranhão, onde teria ligações com um desembargador.

COMANDO DE PEDRINHAS  

Presos degolados em Pedrinhas não é novidade. Na rebelião de 2010 foram assassinados 18 detentos, três deles decapitados. Sempre houve essa barbárie no Maranhão.

Novidade é a disputa pelo controle do sistema penitenciário, agravado com o ingresso da organização “Bonde dos 40” no tráfico de drogas, tomando territórios anteriormente controlados pelo PCM (Primeiro Comando do Maranhão).

O crack, controlado pelo “Bonde dos 40”, alastrou-se rapidamente e multiplicou os negócios.

Há também outros complicadores. Na interpretação do PCM, o Bonde desqualificou o crime, praticando estupros, pequenos roubos e outros delitos que depreciam o sentido de organização criminosa.

Ao “tocar o terror” na cidade, o Bonde atrai muita polícia, coisa que traficante sofisticado detesta.

Foi o ingresso da concorrência “desqualificada” e “pobre” do Bonde dos 40 que incendiou a cena do crime no Maranhão.

E parece que o governo perdeu o controle da situação…

Enquanto isso, o grande prejudicado é o cidadão maranhense.

Roseana e a promessa dos 72 hospitais; desde 2010 até agora…

Do Blog do John Cutrim

A governadora Roseana Sarney e o secretário de Saúde, Ricardo Murad prometeram entregar todos os 72 hospitais do programa Saúde é Vida no final do ano eleitoral de 2010 (usaram a promessa eleitoreira para se eleger).

Como não ou de um engodo a fim de conquistar os votos dos incautos, retardaram a inauguração para o fim de 2011; depois postergaram para dezembro de 2012 e, agora, não cumpriram o prazo de concluírem todos os hospitais em 2013. Para a campanha que se avizinha, Roseana, Ricardo e candidato do grupo Sarney ao governo prometerão de novo a mesma coisa. Agora, só cai na mesma esparrela quem é bobo. Falta de aviso não é!!!

Vídeo da TV Folha mostra galeria da blasfêmia da Fundação Sarney

Da Coluna do Augusto Nunes / Revista Veja

As pinturas que transformam a Famiglia Sarney e seus parceiros em candidatos à canonização só podem ser fotomontagens, espantaram-se alguns leitores da coluna. O vídeo da TV Folha prova que a galeria da blasfêmia é real, embora pareça mentira. E deixa claro em apenas 5:38 que a fundação que cultua a memória do dono do Maranhão é um caso de polícia à procura do merecidíssimo castigo.

Prefeitura de Alcântara e Incra firmam convênios para construção de estradas

Do Jornal Pequeno

O prefeito Domingos Araken (PT) e o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/MA), José Inácio Rodrigues, am na tarde desta sexta-feira, 27, na sede do Instituto, em São Luís, convênio para a construção de 31 km de estradas e sete pontes de concreto, que interligarão os povoados de Raimundo Su, Bituba, Portugal, Crôa, Monte Sinai, Ponta Raimundo Su, Leôncio, dentre outros.

As novas estradas vão interligar essas comunidades rurais de Alcântara ao Assentamento PA Padre Paulo, no município de Bequimão, ando pelo Rio Carrapicho. Mais de 230 famílias da região serão beneficiadas, a exemplo da comunidade quilombola de Juraraitá. O Prefeito Domingos Araken agradeceu a parceria do Incra e destacou que a importância do convênio para o desenvolvimento da região.

As novas estradas vão melhorar o o aos povoados, o transporte de pessoas e da produção rural. “Estamos muito felizes com mais esta importante parceria com o Incra. Estamos interligando por estradas e pontes de concreto os povoados da região de Raimundo Su até comunidades de Bequimão, estimulando o desenvolvimento da região. O Superintendente do Incra/MA, José Inácio parabenizou a Prefeitura de Alcântara por mais este trabalho em defesa do desenvolvimento dos povoados e da região da Baixada.