Arquivo mensal: março 2014
Cedric Myton em Bequimão
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Comunidades quilombolas lutam para manter tradições em Bequimão
Apesar das dificuldades, comunidades são muito unidas. Projeto do Unicef tenta garantir melhorias na qualidade de vida.
Do G1 MA, com informações da TV Mirante
O cotidiano dos remanescentes das comunidades quilombolas de Bequimão, município localizado na Baixada Maranhense, foi retratado em detalhes no Repórter Mirante deste sábado (22): o dia a dia nas comunidades; o trabalho na casa de farinha; a tradição das ‘rezadeiras’ e ‘parteiras’; os remédios que nascem nos quintais de cada residência.
Ao longo dos anos os descendentes destas comunidades lutam para preservar a memória de seus ancestrais e rear os mesmo valores para as gerações futuras. Em algumas localidades o trabalho parece ter parado no tempo, mas a sabedoria de seu povo que, de pés no chão, reescreve a própria história.
A maioria destas comunidades enfrenta sérios problemas de infraestrutura, mas nem por isso se deixa abater e aposta em fortes valores como a religião.
O programa também destacou o projeto apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), para garantir direitos e melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes quilombolas.
Clique aqui e veja a íntegra do programa.
Diálogos Programáticos em Bequimão neste sábado
O Movimento Diálogos Programáticos, organizado pelos partidos que defendem a pré-candidatura de Flávio Dino (PCdoB) ao governo do Estado, realiza reunião neste sábado (22), às 18h, no Centro Paroquial, na cidade de Bequimão.
O objetivo do encontro é envolver as lideranças locais na construção do Programa de Governo popular a ser apresentado por Flávio Dino.
Além de dirigentes municipais do PCdoB, PTC, PDT, PSB, SDD, PPS e PSDB, o diálogo contará com a participação de militantes de movimentos sociais do município.
UM FALSO DILEMA
O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras
A história se repete em tudo de forma idêntica ao que ocorreu em 2002. Explico: estou tratando do falso dilema de Roseana Sarney nesse chatíssimo ‘sai – não sai’ que ela fomenta nos seus jornais, como se realmente houvesse um ime.
No mês de março de 2002, no último ano do seu segundo mandato como governadora do Maranhão, período próximo à data limite de desincompatibilização para concorrer à cargos eletivos, Roseana me chamou no Palácio dos Leões para comunicar que havia decidido ficar no governo. Eu entrei no jogo e lhe respondi que dessa forma eu também ficaria, acompanhando-a até o fim do mandato. Mas eu sabia que ela teria que sair, pois precisava desesperadamente de um mandato, precisava do prestígio do cargo de senador, já que assim estaria melhor protegida no processo que respondia sobre o caso Lunus. Portanto, eu sabia de antemão que ela teria que sair em abril para concorrer ao senado. E tudo não ava de estratégia para me desmobilizar, visto que eu não era o candidato dela. E assim foi. Ela efetivamente saiu, sem nova conversa comigo, e eu assumi o governo.
Agora o jogo é o mesmo. Arnaldo Melo nunca foi seu candidato para nada. E ela tenta desmobilizá-lo, principalmente em uma provável candidatura ao governo em eleição direta.
emos então, considerando o atual panorama, à análise das consequências desse ‘sair ou não sair’ para o clã. Convido-os a me acompanharem nesse exercício.
Ela, como o pai, só sairão candidatos ao senado se acharem que tem amplas oportunidades de vencer. José Sarney só foi derrotado em sua primeira eleição para deputado federal e não quer encerrar sua longa e vitoriosa carreira com uma derrota que ficará na lembrança de todos, obscurecendo totalmente sua vida política. A derrota poderia marcar esse caminho. Só que esse parece ser o caso no Amapá. Seria uma eleição de altíssimo risco de derrota e isso deve afastá-lo da disputa, além da fragilidade física, naturalmente, de um ser humano de 85 anos. Eu acredito que ele não concorrerá.
Já com Roseana é diferente. Para isso, precisamos compreender a diferença entre a eleição de governador e a de senador, principalmente a deste ano. No caso do governador, mas precisamente no caso do Flávio Dino, a eleição dele é uma decisão do eleitor, não é da classe política. Quem vai eleger Flávio é o eleitor, e não a classe política, repito. Nesse horizonte, pesa muito o péssimo governo de Roseana, suas decisões equivocadas, sua propaganda descolada da realidade, sua brutal rejeição e sua ausência. A televisão, principalmente os canais de maior audiência, como é o caso da emissora Rede Globo, ao mostrar com crueza a realidade da vida da grande maioria da população maranhense, despertou um sentimento de mudança muito forte.
No Maranhão, quem encarna essa mudança é Flávio Dino, com seu ado de juiz sério, com a maneira direta que se dirige à população, pela imagem de retidão e de honestidade, pela espontaneidade de seu abraço na pessoa humilde. Flávio Dino merecidamente conquistou a confiança e credibilidade da população. E isso está expresso em mais de ano de pesquisas que não mudam em relação a ele. O povo está decidido.
Com efeito, Roseana, que, como disse, tem o mesmo medo do pai – o de ser derrotada em uma disputa ao senado – só será candidata se achar que tem boas condições de vencer. Se ela não concorrer, isto se dará única e exclusivamente por medo da derrota. Não existe outra explicação. Ela sabe que a eleição para governador está perdida. Ela está no governo, é a governadora atual, fez tudo o que podia e não conseguiu fazer o seu candidato melhorar nas pesquisas. Porque então pensaria que sua permanência no cargo de governadora durante a eleição seria crucial para eleger seu candidato?
Portanto, considerando que o senado não é pouca coisa, uma eleição sua agora permitiria aos dois – ela e o pai – saírem dizendo: ‘Estão vendo, diziam que estávamos acabados e está ai a Roseana eleita senadora!’. Isto evitaria a morte política certa do grupo, adiaria o desfecho inevitável mais alguns anos e a manutenção razoável do seu poder. Logo, eles não estão em condições de recusarem essa chance, pois sabem que se Roseana não for candidata é o fim do que foi o grupo Sarney, agora já neste ano, a partir de abril. Politicamente serão abandonados rapidamente.
Ademais, se ela não for candidata, Edinho Lobão o será. Então se ele vencer, serão dois membros da família Lobão em altos escalões e o poder mudará de mãos, saindo da família Sarney, que o detém há quase cinquenta anos.
Infelizmente, mesmo com todo o caos a envolvendo, Roseana tem chances de ser eleita. A eleição para o senado é diferente. Grande parte dos eleitores não sabe o que faz um senador e não vê grande utilidade neles, já que desconhecem o benefício que eles podem gerar. Pensando assim, não se importam muito e em consequência disso, quem elege o senador é a classe política. Roseana sabe que, se tiver o apoio do futuro governador – que nesse caso será com certeza Arnaldo Melo, ela terá chances razoáveis de vencer.
Além disso, seu pai, José Sarney, se não for candidato, virá ajudar a filha e como tem muito prestígio com a classe política – coisa que Roseana não tem – será muito importante para sua eleição.
Então esse é o quadro, o resto é cosmética.
Mudando de assunto, é bom ficarmos de olho nesse projeto do PAC Mobilidade que o governo do estado pretende fazer. Esse projeto foi condenado pelos técnicos da prefeitura, quando anteriormente foram chamados pelo Ministério das Cidades a opinar. Agora ressuscita. Sabe-se lá por quê. O problema da Avenida dos Holandeses é fácil de resolver: basta dar solução adequada às interseções, fazendo os trevos que são necessários para dar fluidez ao tráfego. Implantar uma linha de BLT no meio da avenida – cuja demanda por ônibus não é tão grande como em outras áreas de cidade – é um contrassenso. Fazer isso com a cidade em fim de governo é criminoso. A Prefeitura de São Luís é quem autoriza qualquer obra no município. O governo estadual não tem poder legal para isso. E esse projeto, no mínimo, precisa ser analisado e debatido.
Para concluir, soube que a presidente Dilma, quando tomou conhecimento das declarações em que Roseana dizia que estava deixando um Maranhão de ‘primeiro mundo’, não acreditou e achou que cometera algum equívoco ao ler a nova pérola. No mínimo é fuga da realidade, deve ter pensado a presidente. Primeiro, porque essa nomenclatura tornou-se obsoleta há muito tempo, desde a queda da União Soviética e consequente reorganização do sistema econômico preponderante. Segundo, bem… Acho que todos sabemos muito detalhadamente o porquê.
Artigo de Flávio Dino, Ignácio Rangel: 100 anos
“O Brasil é uma dualidade e, se não o estudarmos assim, há de parecer-nos uma construção caótica, sem nexos internos estabelecidos e, sobretudo, sem história”
Por Flávio Dino
O pensador maranhense Ignacio Rangel completou 100 anos de nascimento. A mente do economista Ignácio Rangel seguiu o destino de sua cidade-natal, Mirador: esta fornece água para formar o majestoso Rio Itapecuru, enquanto que aquela verteu sobre o país fecundas teses acerca da natureza dos problemas e das soluções para o Brasil.
“Um mestre da economia brasileira”, definiu o ex-ministro e professor da USP Bresser Pereira. Suas ideias impressionaram intelectuais dos mais diferentes matizes, como Delfim Netto e o geógrafo Elias Jabbour, que o considera o mais inovador pensador brasileiro de todo o século 20. No grupo de assessoramento econômico de Getúlio, Rangel foi um dos redatores dos projetos de criação da Petrobras e Eletrobras, duas das mais importantes estatais brasileiras e que são essenciais na história do desenvolvimento do país.
O pensamento de Ignácio Rangel ganhou peso no meio acadêmico brasileiro nos anos 50 e 60, por sua análise das causas da inflação no Brasil, da questão agrária e dos métodos científicos de análise dos problemas sociais. No entanto, sua principal contribuição está incluída na obra “Dualidade Básica da Economia Brasileira”, de 1953.
Nesta obra, Rangel parte da ideia marxista de que vários sistemas sociais coexistem no mesmo período de tempo. Ou seja, o capitalismo não surgiu da noite para o dia. Mas vai nascendo e desenvolvendo-se enquanto ainda existia o feudalismo. A originalidade de Rangel está em perceber que o desenvolvimento brasileiro, resultante de uma história de séculos de colonização e produção exportadora, gerou uma economia com centros produtivos altamente sofisticados envoltos e convivendo com relações sociais de natureza diversa.
Esses núcleos de excelência ajustam-se “a uma economia externa diferente da sua”. Mas não são capazes de gerar, sozinhos, a riqueza suficiente para superar a pobreza de milhões de pessoas. A convivência dessas duas realidades é a contradição central que o Brasil tem de enfrentar. Como escreveu Rangel: “(…) todos os nossos institutos, todas as nossas categorias – o latifúndio, a indústria, o comércio, o capital, o trabalho e a nossa própria economia nacional – são mistos, têm dupla natureza, e se nos figuram coisas diversas, se vistas do interior ou do exterior, respectivamente”. Uma das questões que deriva daí é: como fazer com que esses núcleos sofisticados de produção de riqueza também possam alimentar a economia interna, e não apenas se relacionar com os centros de consumo no exterior?
Se olharmos para o caso específico do Maranhão, constatamos quão úteis são as ferramentas de análise expostas por Rangel. Temos uma das maiores desigualdades do país em um estado que produz tantas riquezas, forjadas com amparo em máquinas sofisticadas, levadas ao exterior por trilhos e portos, enquanto largas parcelas do povo maranhense não participam dos pactos de poder e de estruturas modernas.
Essas e outras reflexões emergem da fecunda vida intelectual desse grande maranhense. Louvo a iniciativa do Conselho Regional de Economia e da Universidade Federal do Maranhão, entre outras instituições, em realizar seminários e lançamento de livros que permitam a maior difusão de diálogos e interpretações acerca da obra de Ignácio Rangel.
Nesse momento em que se anuncia uma luta de idéias essencial para o futuro do Maranhão, creio ser interessante recordar outra característica de Rangel, qual seja a de que ele foi um “teórico não-acadêmico”. Isto é: todas suas teorias surgiam da análise dos problemas da realidade brasileira, com o objetivo de resolvê-los. Exercícios similares são muito importantes para que possamos avançar na estratégia de liquidação da dualidade básica da economia brasileira (e maranhense).
Site Maranhão da gente repercute post do Bequimão Agora
Valor de obra inacabada do governo do Estado em Bequimão já ultraa R$ 3 milhões
Uma obra que inicialmente tinha valor estimado em R$ 598 mil, nunca foi concluída e agora já tem orçamento estimado R$ 2,7 milhões.
Com informações do site Bequimão Agora
Uma obra que inicialmente tinha valor estimado em R$ 598 mil destinada a construção de uma ponte na cidade de Bequimão, conhecida como ponte do Balandro, e que deveria ter sido concluída em 2010, teve o valor triplicado e agora vai custar aos cofres estaduais a bagatela de R$ 2.787.781,00.
Segundo informações do Blog Bequimão Agora, a primeira empresa contratada para fazer o serviço abandonou a obra. Na época, o secretário das Cidades era Pedro Fernandes, atualmente na Secretaria de Educação. Em 2012, houve um protesto de moradores da região por conta do abandono da obra que chegou a ser denunciado em 2011 pelo deputado estadual Neto Evangelista (PSDB).
ados quase quatro anos desde 2010, quando foram iniciadas as obras, apenas um arremedo de ponte permanece no local e previsão do governo do Estado é de que a conclusão da obra deve ser feita em 270 dias.
OUTRO LADO
A reportagem do site Maranhão da Gente entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do governo do Estado pedindo informações sobre a situação da obra e que motivos levaram a mesma a nunca ser concluída e ainda ter o orçamento ampliado mais de quatro vezes acima do valor inicial. Porém não houve uma resposta da Secretaria de Comunicação do governo do Estado ao e-mail enviado pela reportagem do site Maranhão da Gente.
Campanha da Fraternidade 2014
Por Flávio Dino
Na semana ada, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos teve a felicidade de premiar 12 Anos de Escravidão como melhor filme do ano. A obra retrata, de forma comovente, um norte-americano escravizado que luta por sua liberdade. A premiação ajuda a colocar novamente em pauta o período histórico da escravidão e, principalmente, seus reflexos em nosso cotidiano.
Ver seres humanos tratando seus semelhantes como mercadoria, vendendo-os e obrigando-os a trabalhar apenas em troca dos alimentos mínimos que lhes garantam sobrevivência, é, infelizmente, algo antigo na humanidade, remontando aos tempos anteriores a Cristo. A partir da mundialização do comércio, no século 15, ela tomou outra dimensão. O homem e a mulher escravizados aram a ser um dos principais “produtos” da economia mundial, pelos três séculos seguintes.
Essa prática nefasta foi banida dos sistemas jurídicos por uma luta internacional de bravos militantes em várias partes do mundo. Pessoas que não acreditavam que um ser humano poderia ser superior ou ter direito de submeter os outros. Hoje, parece uma causa até óbvia. Mas, por muitos anos, os que defendiam o fim da escravidão eram tratados como loucos, que pregavam a eliminação de um processo “normal”.
Por aqui, é importante lembrar que nossa Nação se formou com essa chaga e, infelizmente, como já previa o pernambucano Joaquim Nabuco à época da abolição, a escravidão segue uma “mancha de Caim que o Brasil traz na fronte”.
Ainda hoje, há os que tentam lucrar com a absurda exploração do outro, especialmente mulheres, crianças, trabalhadores pobres. É o que alerta a Campanha da Fraternidade deste ano, com o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gálatas, capítulo 5, versículo 1). É uma feliz citação bíblica. Se Cristo, o Redentor, deixou-se morrer na cruz para nos mostrar o caminho da libertação, é claro que a continuidade da escravização de seres humanos é absolutamente indigna e incompatível com a fé cristã.
A iniciativa da CNBB, ao escolher esse tema, tem também o mérito de tratá-lo de modo a abranger múltiplas práticas criminosas: tráfico de órgãos; trabalho escravo; exploração sexual de mulheres; tráfico de crianças e adolescentes. São modalidades de gravíssimas violações aos direitos humanos, contra as quais devemos lutar sempre, para que avancemos na edificação de uma Nação justa.
Lamentavelmente, também nessa temática do tráfico humano, o Maranhão possui péssimos indicadores. Isso, naturalmente, não é obra do acaso. Como explica o próprio texto da Campanha da Fraternidade: “A maioria das pessoas traficadas é pobre ou está em situação de grande vulnerabilidade. As redes criminosas do tráfico valem-se dessa condição, que facilita o aliciamento com enganosas promessas de vida mais digna”.
Dadas as condições precárias e de desgoverno em que o nosso estado se encontra, é fácil entender porque tantos maranhenses são vítimas do tráfico humano. Cabe a todos nós dar um grito de basta. Até Cristo, com sua infinita e divina paciência, “expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas” (Mateus 21-12).
Prefeitura contrata recuperação de estrada vicinal por R$ 204, 8 mil
A Prefeitura de Bequimão contratou por exatos R$ 204.876,15 (duzentos e quatro mil, oitocentos e setenta e seis reais e quinze centavos) a empresa CLT – Construções, Locações e Terraplanagem Ltda, cuja representante é Maria Marta Pereira Abreu, para realizar os serviços de recuperação da estrada vicinal do Povoado Paricatiua.
Veja abaixo a homologação e a resenha do referido contrato.
O prazo para conclusão dos serviços de recuperação da estrada do Paricatiua, segundo a resenha do contrato, é de 120 (cento e vinte) dias. A foi realizada no dia 31/01/2014.