Caravana de Bequimão presente na Convenção da Mudança

10410466_764401680277712_3006277027091079001_nA Convenção da Mudança, realizada neste domingo (29), reunindo nove partidos da oposição no Maranhão – PCdoB, PSB, PPS, PROS, PP, PDT, PTC, PSDB, Solidariedade e Militância Petista – mobilizou mais de 10 mil pessoas entre lideranças políticas, representantes de movimentos sociais, presidentes de partido, vereadores, deputados estaduais e federais, militantes e população de todas as regiões do estado. O ato homologou as candidaturas de Flávio Dino governador, Carlos Brandão vice e Roberto Rocha senador.

A caravana do município de Bequimão também esteve presente no ato. O vereador Elanderson contou que um Maranhão melhor é responsabilidade de todos nós. Mas, que tem convicção de que Flávio Dino saberá conduzir e liderar o processo de mudança que o Estado necessita e os maranhenses tanto almejam. “Juntos, a gente faz a mudança”, destacou.

Além disso, ainda afirmou que o momento é único por representar a esperança, o início de uma nova luta pela liberdade do Maranhão. “Tenho em Flávio Dino a esperança de um Maranhão mais justo, mais igual, e a população clama por mudança”.

“Eu vou ser governador de todas as famílias do MA”, afirma Dino

Do Maranhão da Gente

 

convenção-2-430x322Durante seu discurso na Convenção da Mudança, realizada pelo PCdoB, PDT, PSB e PPS, com participação também de PSDB, PP, PTC, PROS, Solidariedade e Militância Petista, que aconteceu na manhã deste domingo (29), no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís, e contou com a presença de mais de dez mil pessoas, Flávio Dino homologou sua candidatura e enfatizou suas propostas para governar o estado. “Nenhum império dura para sempre. Nós iremos proclamar a república no Maranhão”, afirmou.

Após discorrer sobre a situação atual do saneamento básico no Maranhão, onde metade da população não tem água e banheiro em casa, Flávio falou sobre a criação do programa “Água para Todos”, que pretende levar água encanada e banheiro a todos os que não os possuem. Ao saudar a juventude, Flávio Dino garantiu a construção de Universidades estaduais regionalizadas, com autonomia istrativa, para ampliar o número de vagas gratuitas e públicas e aproximar as instituições das comunidades. Além disso, garantiu a criação das escolas técnicas estaduais. “Nós vamos garantir escolas técnicas estaduais, integradas ao ensino médio, para a juventude do nosso estado”, afirmou.

Flávio também falou sobre a situação da saúde no Estado, lembrando pacientes que esperam um longo tempo por vagas em hospitais públicos. Flávio enfatizou a criação do “Mais Médicos” estadual. “O programa significa formar médicos maranhenses, apoiar as escolas de medicina do estado do maranhão, fazer uma carreira boa aos médicos daqui para que eles possam se dedicar aos maranhenses”, declarou.

Quando falou da segurança, Flávio Dino relembrou que atualmente a cidade a por um momento de insegurança geral. Para isso, falou sobre o programa “Pacto pela Vida”, que vai dobrar o número de policiais e garantir segurança as famílias.

No campo da Assistência Social, o Programa “Minha Casa, Meu Maranhão” transforma o governo do estado em parceiro do Governo Federal, e vai reformar ou construir 200 mil casas. Além disso o Cadastro único dos Programas Sociais no Estado do maranhão vai permitir ampliar e integrar os programas sociais dirigidos à erradicação da pobreza no Estado. O programa Bolsa Família do Governo Federal será ampliado com o Cartão Material escolar, que vai garantir verba para ajudar na compra de materiais escolares para as crianças em idade escolar.

Ao final de seu discurso, Flávio Dino confirmou seu compromisso com o público: “Eu não vou ser governador da minha família, mas de todas as famílias do Maranhão”, ressaltou.

O ato político também oficializou as candidaturas de Carlos Brandão a vice e Roberto Rocha ao Senado Federal, e também os candidatos a deputados estaduais e federais.

Convenção de Edinho tem distribuição de panfleto contra Flávio Dino

Do Maranhão da Gente

Panfleto apócrifo distribuído durante a convenção de Edinho Lobão. Prática configura crime eleitoral

Panfleto apócrifo distribuído durante a convenção de Edinho Lobão. Prática configura crime eleitoral.

A convenção que deve homologar o nome de Edinho Lobão como candidato do grupo Sarney ao governo do Estado teve a presença de carro oficial da Secretaria Estadual de Saúde, comandada pelo cunhado da governadora Ricardo Murad, e a distribuição farta de panfletos apócrifos contra Flávio Dino, pré-candidato do PC do B e líder das pesquisas de intenção de votos.

No estacionamento do Centro de Convenções da UFMA, a reportagem do site Maranhão da Gente encontrou um carro da Secretaria Estadual de Saúde, com o slogan “Uso Exclusivo em Serviço”. Também durante a convenção foram distribuídos diversos panfletos apócrifos contra Flávio Dino, (PC do B), pré-candidato da oposição ao governo do Estado e líder das pesquisas de intenção de votos.

A prática de ataques ao pré-candidato da oposição tem sido uma marca da pré-campanha de Edinho Lobão, no ato de lançamento da pré-candidatura do senador, militantes da juventude do PMDB entoaram xingamentos a Flávio Dino.

As últimas pesquisas de intenção de votos, divulgadas com aval do Tribunal Regional Eleitoral, apontam o pré-candidato do PC do B com uma vantagem superior a 30 pontos percentuais para Edinho Lobão. A distribuição de panfletos apócrifos com ataques contra adversários políticos é uma prática vedada pela legislação eleitoral, que proíbe este tipo de atitude.

A legislação brasileira veda a distribuição de panfletos apócrifos, que além de se constituírem em prática de crimes contra a honra( injúria, calúnia e difamação) previstos no Código Penal, também são consideradas como um prática de propaganda eleitoral irregular

Distribuição de panfletos que constituam propaganda eleitoral negativa e com informações inverídicas e degradantes, além de configurarem crimes contra a honra (injúria e difamação eleitorais), também se configuram em propaganda eleitoral negativa irregular, pois não estão presentes os requisitos legais para a propaganda por meio de panfletos e folhetos.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e Eleitoral

Por Zé Reinaldo Tavares

Quando Juscelino Kubitscheck criou o BNDES, ele nunca pensou que o banco viesse a se transformar num artifício para que oligarquias decadentes tentassem utilizá-lo como instrumento para fraudar as eleições e as leis do país.

Pois bem, é exatamente isso que a oligarquia Sarney tenta fazer nestas eleições. O que pretendem é de um absurdo tão grande que só o desprezo pelas leis do país e a certeza da impunidade podem explicar. Vejam que cheguei até a escrever sobre isso, quando o TSE, modificando toda a jurisprudência do tribunal – inclusive usada para cassar Jackson Lago e o governador da Paraíba Cássio Cunha Lima, além de dezenas de prefeitos de todas as regiões brasileiras – resolve que a cassação do diploma de governadora de Roseana Sarney não era mais algo sob sua jurisdição e sim dos TREs e tudo deveria recomeçar a partir do zero pelo tribunal do Maranhão.

E isso foi feito a despeito do arrasador parecer do Procurador Geral da República, que manifestou-se pela cassação do mandato de Roseana Sarney, baseado em grande abundância de provas incontornáveis. O TSE, ao livrá-la da cassação, deu à oligarquia a certeza de que daí para a frente, tudo vale e nada será punido. Assim é que, certos disso, cada vez ousam mais e já não distinguem o que é público do que é privado. Se não fosse assim, jamais teriam coragem de enviar à Assembleia Legislativa uma lei absurda e que tem por finalidade avançar em recursos do BNDES para rear a municípios e financiar a eleição deste ano. Dessa forma, a campanha do candidato da família Sarney seria financiada com recursos de empréstimos do BNDES e pagas por todos os maranhenses em futuro próximo e de perspectiva sombria. Seríamos todos nós uma espécie de escravos da família Sarney. Um escândalo, mais um para o rol de vergonha e absurdos que marca esses anos de dominação da família Sarney no Maranhão.

E o que diz a tal lei aprovada pela Assembleia?

Ela foi sancionada com o número 135/2014 e começa por instituir um fundo denominado ‘Fundo de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios do Maranhão (FUNDEMA)’ – que já foi apelidado pelos deputados de Lei da Corrupção – vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento. Os recursos virão do empréstimo feito ao BNDES e contraído pelo Maranhão em 1° de Novembro de 2012. É importante frisar que esse empréstimo, que foi escondido a sete chaves, era para a construção de estradas e os recursos não poderiam ser reados a municípios e teriam que ser única e exclusivamente investidos pelo governo do estado. Com efeito, será que estão fazendo à revelia do Banco ou o Banco está conivente com a mudança no contrato e com o seu uso? Em qualquer caso, esse assunto vai para na justiça, pois aparenta ser mais um caso de uso ilegal de dinheiro público.

Mas continuemos com a análise da Lei 135/14. Então, vejam que, como a eleição está muito próxima e não daria tempo dos prefeitos preparem projetos para serem apresentados ao FUNDEMA (que nome!), eles se precaveram e aceitarão tudo, qualquer pedido, como veremos por meio da redação do Art. 3° da Lei: “Para os efeitos desta Lei entende-se por Plano de Trabalho Municipal o conjunto de ações apresentado pelo Município nas áreas de infraestrutura urbana e rural, educação, saúde, segurança, desenvolvimento social, meio ambiente e sustentabilidade, nos termos definidos em decreto do Poder Executivo.”

Em seguida, o Art. 7° vai ao ponto: “Os recursos do FUNDEMA serão descentralizados para aplicação nos seguintes investimentos: Infraestrutura, construção de prédios, centros integrados de esporte, saneamento básico, equipamentos e veículos, máquinas e equipamentos rodoviário.

E não é só isso, leitores e amigos. O parágrafo 4° do art. 7° estabelece que os recursos do Fundo poderão ser aplicados pelos municípios em projetos e obras que já tenham sido contratados e iniciados antes das transferências desse Fundo e iniciado com financiamento de outras fontes. Como diria Lula, nunca antes na história deste país vimos coisa igual. Ou seja, o fundo não tem regulamento nenhum, é um vale-tudo eleitoral impossível de esconder. Será a primeira vez que vamos ar por cima de toda a regulamentação do BNDES, que jamais permitiu tal liberalidade. O banco tem que vir a público explicar essa baita lambança que está sendo patrocinada com seus recursos. Com a oligarquia maranhense ninguém pode. Parece que nem o BNDES!

Como vemos, será uma festa para empreiteiros e empresários. Quem fiscalizará?

Esse programa nunca existiu e está sendo criado no mês das convenções partidárias em plena vigência do período eleitoral. É obvio que esse é um artifício lançado para financiar a eleição dos candidatos governistas e destinado a evitar a debandada dos prefeitos em direção a campanha de Flávio Dino. Os prefeitos, sempre enganados por promessas nunca cumpridas, agora são levados a acreditar que encherão os cofres municipais em troca de fidelidade política. Mas, fiquem atentos, não há como isso não acabar em grande confusão com a justiça.

Eis que agora ficamos sabendo para que serviu o grande endividamento do estado patrocinado por Roseana. Era dinheiro para a campanha. Essa é a causa maior dos terríveis indicadores sociais do Maranhão. O dinheiro só é aplicado na eleição e não trazem nenhum beneficio nem ao estado e nem a sua população.

Mudando de assunto, o Tribunal Eleitoral teve que impedir pesquisa eleitoral viciada destinada a dar a impressão de que Lobão Filho havia crescido e Flávio Dino caído, comprovando o que eu disse no meu artigo anterior sobre uso de pesquisa como tática eleitoral. A pesquisa era uma palhaçada! E, mais engraçado, nem assim Edinho conseguiu se aproximar de Flávio. Anotem aí: é certo que virão baixarias de todos os níveis em breve. Revoltante é saber que estas, também financiadas com dinheiro público, virão como fatura a ser paga pela população pagar. Muito fácil. Queria ver se a farra seria igual se pagassem essa conta.

Enfim, amigos, esse é o penúltimo artigo que escrevo por ora, já que ficarei afastado durante o período eleitoral. Quero agradecer a família Bogéa, especialmente a Lourival, pelo generoso espaço que me permitiu ocupar e a fidelidade e paciência dos amigos e leitores. Já ouvi pedidos de leitores do interior para que eu continue a escrever no Jornal Pequeno depois das eleições, seja qual for o resultado. Tenho sim esta intenção, se o jornal assim achar que devo e continue a franquear o espaço.

Meu cordial abraço a todos!

Flávio Dino tem 58,2% contra 20,7% de Edinho Lobão

Do blog A República

IMG-20140625-WA0000Em mais uma pesquisa realizada pelo Instituto DataM e contratada pelo jornal Atos e Fatos traz números já conhecidos nos últimos levantamentos.

Caso as eleições fossem hoje, o pré-candidato da oposição, o ex-presidente da Embratur Flávio Dino(PC do B) venceria a disputa com Edison Lobão Filho (PMDB) no primeiro turno. No levantamento concluído esta semana, Dino teria 58,2% dos votos contra 20,7% de Edinho Lobão Filho, apoiado pela governadora Roseana Sarney.

Edinho não teve nenhum crescimento na pesquisa mesmo em conversas com aliados políticos dos Sarneys pelo Maranhão.

Em um eventual segundo turno, Dino também venceria com quase 63% contra cerca de 22 de Lobinho, filho do ministro de Minas e Energia, o senador licenciado Edison Lobão. Edinho também tem o maior índice de rejeição, 31%. A pesquisa foi realizada em 50 municípios e ouviu 1499 eleitores de todas as regiões do estado entre os dias 18 e 23 de junho e está registrada na Justiça Eleitoral.

Candidatura de Flávio Dino será oficializada neste domingo

Do Maranhão da Gente

Convenção conjunta de PCdoB, PDT, PPS e PSB irá oficializar chapa conjunta. Outros cinco partidos da coligação também participam do evento

din-523x360-430x295Acontece neste domingo (29) a Convenção da Mudança, que oficializará a chapa Flávio Dino governador, Carlos Brandão vice e Roberto Rocha senador. O evento será realizado a partir das 8 horas da manhã no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, do Sebrae, localizado na avenida Jerônimo Albuquerque, em São Luís.

No dia, serão realizadas as convenções de PCdoB, PDT, PPS e PSB. Os outros cinco partidos que participam da coligação em torno de Flávio Dino também estarão presentes: PSDB, PP, PTC, PROS e Solidariedade.

Convenções dos partidos de Oposição

O Partido Progressista (PP) foi o primeiro a realizar convenção. Em grande ato em São Luís, o partido confirmou o apoio à chapa majoritária e definiu os nomes de 23 candidatos a deputados estaduais e três federais para as eleições de outubro, entre eles o de Waldir Maranhão, presidente estadual do partido e candidato à reeleição.

O partido Solidariedade (SD), durante convenção estadual realizada em Pedreiras na última sexta-feira (20), também definiu o apoio às candidaturas de Flávio Dino, ao Governo, Carlos Brandão, a vice, e Roberto Rocha, ao Senado. O partido também oficializou os 22 candidatos a deputados estaduais e 5 federais que concorrerão nas próximas eleições

O Partido Republicano da Ordem Social (PROS) reafirmou o apoio a Flávio Dino (PCdoB), Carlos Brandão (PSDB) e Roberto Rocha (PSB) durante convenção que aconteceu em Bacabal, no sábado ado, 21 de junho. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) realizou a convenção em Imperatriz, no último domingo (22), e oficializou as candidaturas a deputados estaduais e federais.

Flávio Dino: Saída de Sarney equilibra disputas em MA e AP

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Publicado originalmente no Portal Terra, Terra Magazine, por Sérgio Rodas Oliveira

Principal candidato de oposição à família Sarney no Maranhão (e talvez o único, uma vez que somente o PSOL deve lançar um postulante ao governo do estado), o ex-deputado federal e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) Flávio Dino demonstrou esperança que a desistência do senador José Sarney (PMDB-AP) de concorrer à reeleição, anunciada na segunda-feira (23), traga mudanças nos cenários políticos maranhense e amapaense.

“Eles [os Sarney] mantinham um domínio no Amapá e no Maranhão baseado na esfera nacional, uma vez que o José Sarney apoiou todos os governos federais desde o do Juscelino Kubitschek (1956-1961). Com o fim desse poder federal, a balança da disputa política nos estados ficará menos desigual e mais igualitária”, opina Dino.

O pré-candidato do PCdoB a governador do Maranhão também disse que tem a expectativa de que a aposentadoria de Sarney dos cargos públicos possibilite o desenvolvimento do estado, um dos mais atrasados do Brasil. Segundo Dino, é hora de “acabar com a lógica do compadrio [instituída pelos Sarney], e implantar um ambiente favorável que negócios”.

Embora José Sarney, que tem 84 anos, tenha divulgado publicamente que a razão de encerrar a sua carreira política se deva à sua saúde frágil, o motivo verdadeiro parece ser outro: o medo de perder a reeleição ao Senado, que inclusive teria sido confidenciado por ele a aliados. Para Flávio Dino, a decisão do ex-presidente da República deriva da perda de apoio popular.

“No Amapá, houve o desgaste com prisão do [ex-governador] Waldez Góes, que era aliado do Sarney. No Maranhão, o episódio do presídio de Pedrinhas, no começo do ano, forçou a Roseana [filha de José Sarney] a desistir de sua candidatura ao Senado”, avalia Dino.

Flávio Dino não acredita que o fim da vida pública de José Sarney baste para melhorar o funcionamento da política no país. Mas ele afirma que a ausência da “raposa tradicional” “pode abrir o caminho da mudança no jogo político brasileiro”, uma vez que ele “é uma peça importante de uma engrenagem baseada no fisiologismo, no compadrio, nas chantagens com o governo federal”.

Educação Profissional e oportunidades para os maranhenses

Por Flávio Dino*

A agem por Pedreiras neste fim de semana me fez lembrar do poeta do povo, um dos mais ilustres maranhenses de todos os tempos, um homem realmente imortal. Em busca de dias melhores para si e sua família, João do Vale lutou muito, desde cedo, e destacou-se pelo dom de retratar em versos as belezas e os sofrimentos do Maranhão e do Nordeste.

João do Vale fez poesia como poucos. Uma de suas mais belas composições, “Minha história”, relata sua própria vida – e também a de milhoes de maranhenses. Mané, Pedro e Romão, da música, são maranhenses cantados por João do Vale nesse belo hino “que não puderam estudar e nem sabem fazer baião”.

A desigualdade e a falta de oportunidades vividas e cantadas por João do Vale em meados do século ado ainda fazem parte da realidade de milhares de maranhenses, que precisam sair de perto de suas famílias para encontrar estudo e emprego em outras partes do país. Esse é um quadro que desejamos mudar no Maranhão, para que o nosso estado seja um lugar de oportunidades para a nossa gente.

Eu creio que um Maranhão com mais igualdade é possível. E um dos maiores clamores maranhenses é pela educação e pela qualificação de nossos recursos humanos. Um o importante é dinamizar, em todas as regioes, a qualificação da mão-de-obra por intermedio do Ensino Técnico. Para isso, defendemos a criação da rede estadual de educação profissional, destinada a atuar em articulação com as unidades do Instituto Federal (IFMA) e do Sistema S (Senai, Senac etc).

Coordenando essa rede estadual deve estar o Instituto Estadual de Educação, Ciência, Tecnologia do Maranhão – IEMA. Será o braço do Estado para o ensino profissionalizante, pois o Maranhão carece de uma entidade que execute a política estadual para educação profissional. Será o equivalente estadual ao IFMA, como a UEMA é o equivalente estadual da UFMA.

O Maranhão precisa fazer nascer um futuro mais justo e igual. O nosso sonho é o mesmo de Mané, Pedro, Romão, amigos de João do Vale, que simbolizam um Maranhão que sonha com estudo, oportunidades e desenvolvimento para todos.

(*) Flávio Dino, 46 anos, foi deputado e juiz federal. De 2011 a março deste ano, dirigiu a Embratur. Atualmente é coordenador do movimento Diálogos pelo Maranhão.

Comissão discute problemas nos serviços de ferryboat

Da Agência Assembleia

Audiência pública, realizada em Pinheiro, reuniu deputados, população, empresas e Emap

Audiência pública, realizada em Pinheiro, reuniu deputados, população, empresas e Emap

A Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa realizou, nesta sexta-feira (20), audiência pública para discutir os problemas nos serviços de ferryboat prestados principalmente para a região Baixada Maranhense. Os debates aconteceram no auditório do Instituto Educacional Marçal, reunindo representantes da Empresa Maranhense de istração Portuária (Emap), e das empresas Serviporto e Internacional Marítima, que possuem a concessão para explorar o serviço.

A audiência foi conduzida pelos deputados estaduais Othelino Neto (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB), com as presenças de representantes de vários municípios da região, das empresas, e do Ministério Público. “Nós discutimos aqui os problemas na expectativa de sair daqui com proposições até com compromissos firmados”, disse Othelino Neto.

“Não só como usuário dos serviços de ferry, mas na Assembleia recebemos muitas reclamações sobre a qualidade dos serviços. E, mais que reclamar disso publicamente, assim como outros colegas já fizeram, a exemplo do deputado Bira [do Pindaré – PSB], acredito que o diálogo seja a melhor saída. Nós poderíamos ter feito uma conversa em São Luís, mas com certeza teríamos mais efeito fazendo aqui na Baixada”, argumentou o parlamentar.

Logo no início, Othelino Neto fez uma espécie de preâmbulo, falando sobre os problemas estruturais que começam no porto da Ponta da Espera, em São Luís, atualmente em reforma. Outro aspecto tratado foi a questão de descentralizar a venda de agens, criando postos em municípios da região, assim como mais formas de pagamento. “Mas a questão da segurança me inquietou muito. Eu pelo menos não percebi alguém que fosse capaz de fazer um serviço de segurança maior, caso necessário. Também não vi pessoas especializadas em fazer algum serviço de atendimento de saúde”.

Bira do Pindaré listou uma série de problemas que acontecem cotidianamente, mas citou um assunto já tratado na tribuna da Assembleia Legislativa, que o motivou a encaminhar uma Indicação ao governo do Estado. “Há um mês e meio tentei utilizar os serviços e não foi possível devido a um protesto realizado por ageiros. Foi uma situação difícil, que as pessoas, pela revolta, ameaçaram colocar fogo no porto. E acredito que isso não deve ter sido a primeira vez que aconteceu. Então é necessário discutirmos esses assuntos e buscarmos as soluções necessárias”, cobrou.

Reclamações

A seguir, os questionamentos foram abertos a população. O primeiro a falar foi Giovanni Melo, que ressaltou a importância do evento e fez um relato sobre experiências anteriores que tinham o mesmo objetivo de melhorar os serviços de ferry. Ele abordou a questão dos preços e a qualidade dos serviços prestados: “Não dá para entender, porque São Luís está aqui pertinho. Além disso, uma das empresas que trabalha aqui com ferry também trabalha na Bahia e com uma qualidade bem melhor. Fiz uma pesquisa rápida na internet e vi isso. Se você quiser, tem que pagar com dinheiro em espécie porque não aceitam cartão, seja de débito ou crédito”.

Ângelo Rayol também reclamou da falta de postos para a compra de agens, além da grande fila de espera. Ney Pereira, presidente da Associação de Moradores do povoado Ponta de Santana, reclamou da falta de limpeza, principalmente nos banheiros. “Isso não existe. Quem entra em um banheiro desses pode até sair doente”, argumentou.

A questão dos banheiros e preços altos e maior facilidade em compra de agens também foram levantados pelo ex-vereador de Pinheiro, Erasmo Leite, que pediu uma melhoria na frota de ferries. “Sei que esse é um processo longo, mas dá para fazer isso”.

Já o vereador Stélio Cordeiro solicitou que a idade de sete anos seja estipulada pra que as agens de crianças comecem a ser cobradas. “Vi gente idosa com dificuldades para pegar o ônibus. Hoje, esse trajeto é enorme com uma obra que já dura quase três anos. Então é necessário que os motoristas destas empresas sejam orientados a facilitar a vida dessas pessoas”. Outro vereador de Pinheiro, Enézio Vitorino Ribeiro, lembrou que alguns dos ferries não possuem mais condições de realizar a travessia para a Baixada. “Há três meses ficamos mais de 18 veículos esperando na fila, sem poder embarcar. É necessário ferries extras, quando há lotação máxima. A situação é precária e precisa melhorar”.

A vereadora Selma solicitou que durante os desembarques, sejam retirados primeiro os ageiros, para em seguida, saiam os veículos. Outro parlamentar de Pinheiro, Válber Soares reclamou da falta de elevadores ou outros mecanismos que possam ajudar no transporte de ageiros, principalmente aqueles como capacidade de locomoção reduzida. O vereador João Moraes também falou sobre a questão da falta de segurança. “Em alguns ferries há um absurdo enorme. Nos colocam em lugares trancados com cadeados. Se houver alguma emergência, morre todo mundo ali”, reclamou.

Vereador de Bequimão, Ellanderson Pereira ressaltou vários aspectos que deixam a desejar, dentre eles a falta de higiene, altos preços cobrados por alimentos, a falta de padronização nos estacionamentos de veículos e na cobrança de agens. “Todas estas são questões que vão trazer um conforto mínimo aos ageiros, mas que são extremamente necessários e que podem facilmente serem resolvidos, como por exemplo a cobrança de agens para crianças menores de sete anos, que ao meu ver é abusiva”, argumentou.

Empresas

Diretor de operações da Emap, José Antônio Alves Magalhães disse que as reformas na Ponta da Espera devem ser concluídas em até 40 dias, e em seguida serão melhoradas as instalações no Porto de Cujupe, em Alcântara. “Nossa expectativa é que com essa conclusão, com certeza os serviços para os ageiros serão melhorados. Posso observar, também, que já procuramos as empresas de telefonia, para que os serviços de comunicação sejam melhorados. Mas este é o caminho. Uma vez que se depara com algum problema, buscar a diálogo e a solução deles”.

Em uma explanação técnica, o representante da Internacional Marítima, José Roberto Franciscone disse que a empresa está finalizando um site específico para a venda de agens via internet e que vai tratar de melhorias nas lanchonetes e banheiros, e disse que existe uma defasagem nos preços de agens. “Hoje nós temos algo mais ou menos como mais de R$ 1 milhão em despesas e pouco mais de R$ 900 mil em receita, mensalmente. Então porque não se fecha? Porque é um serviço público que precisa estar em atividade. Precisamos, também, tratar desta questão, até para realizarmos maiores investimentos, ter uma contrapartida do poder público”, argumentou.

O diretor também solicitou que a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) prepare uma nova concorrência no serviço, levando em consideração os aspectos geográficos locais. “As condições de maré e de mar daqui, aumentam os custos de operação e manutenção. Os elevadores, por exemplo, não duram nem um ano devido a grande quantidade de salitre”.

A outra empresa operadora do serviço, a Serviporto, foi representada pelo engenheiro Landrin Sadin, que disse listou o que está sendo feito para diminuir estes problemas. “Cada item destes citados aqui, estamos procurando uma melhor solução. Ainda não é o satisfatório, mas melhoraram nos últimos anos e pretendemos melhorar mais. Em outubro receberemos uma nova embarcação, Cidade Araioses, que procuramos adequar algumas melhorias, com espaço para 1500 ageiros e modificações em banheiros. O que se faz e o que se espera é que haja um consenso de todas as partes envolvidas sobre as responsabilidades de cada um, seja o poder público, os ageiros e as empresas”.

O assessor jurídico da Sinfra Adriano Cassique disse que uma empresa já foi contratada para melhor gerir o sistema, e que será responsável por elaborar um estudo que faça um diagnóstico geral sobre o sistema aquaviário no Estado. “Nós vamos ter o conhecimento de como funciona o sistema. Quanto custa? Quais os problemas? Essas questões todas precisam ser conhecidas e isso vai nos dar um panorama mais abrangente, para que possamos buscar as soluções adequadas”, argumentou.

Após os debates, ficou marcada a realização, no dia 27 de junho, de reunião com representantes das empresas, mas em São Luís, na Assembleia Legislativa. Lá serão tratadas questões sobre a instalação de um posto de venda de agens em Pinheiro, além das vendas de agens com a utilização de cartões de crédito e/ou débito.

Além de Pinheiro e Bequimão, foram convidados representantes dos municípios de São João Batista, São Bento, Santa Helena, Cururupu, Cajapió, Cedral, Alcântara, Bacurituba, Palmeirândia, Porto Rico, São Vicente Ferrer, Guimarães, Mirinzal, Central do Maranhão e Peri Mirim.