O Imparcial
Arquivo mensal: maio 2016
Marinho conquista Campeonato Bequimaõense da segunda divisão
Com um publico digno de uma final de campeonato, o Time do Marinho se consagrou campeão da segunda divisão do Campeonato Bequimõense. O titulo aconteceu após o campeão vencer a equipe da Ponta do Soares. A partida terminou empatada no tempo normal em 0x0. Mas nos pênaltis o goleiro do time vencedor consagrou o titulo.
O campeonato deste ano foi realizado pela Liga Bequimõense de futebol sem a participação da prefeitura de Bequimão através da Secretária de Esportes. Apesar das dificuldades, o presidente da Liga Jota Soares, responsável pela realização do evento, se sentiu feliz pela participação das equipes e o comparecimento da torcida ao campo de jogo. ”Foi muito bom poder ter realizado mais esse evento esportivo em Bequimão. E melhor ainda com a festa da torcida em campo porque o esporte é vida e é a paixão de todos nós” afirmou o presidente.
Dentre as autoridades presentes, esteve o Vereador Elanderson Pereira (PC do B), que falou a este blog com entusiasmo pelo sucesso da festividade esportiva. ”È muito bom pra nós quem somos filhos de Bequimão podermos compartilhar este momento de alegria com todos que fizeram parte deste espetáculo como: os times participantes, a torcida e os organizadores do evento.” Finalizou o vereador comunista.
Participaram do campeonato dez times entre eles: Macajubal, Areal, Ramal do Kindiua, Ponta do Soares, Marinho Barroso e outros…O campeonato aconteceu no Barroso. Apesar do apoio da torcida o time anfitrião não ou da primeira fase.
Irmandade e comunhão
Por Flávio Dino
O mês de maio é marcado por importantes datas para nós cristãos. Há duas semanas, foi a vez do Pentecostes, celebração do mistério do Espírito Santo, e neste feriado de quinta-feira comemoramos o Corpus Christi. Aqui no Maranhão, houve lindas manifestações populares que alegram as datas especiais e nos convidam à reflexão sobre os valores cristãos da solidariedade e sua aplicação em nosso dia a dia.
Na homilia de Pentecostes deste ano, o Papa Francisco lembrou as palavras de Cristo no Evangelho segundo São João (14,18): “Não vos deixarei órfãos”. Francisco afirmou que o Espírito Santo nos religa ao Pai, tirando-nos da orfandade da solidão e da desesperança. Reunidos novamente sob Deus, nos reconectamos com nossos princípios e nos livramos da “dificuldade de reconhecer o outro como irmão, porque filho do mesmo Pai”. Belas palavras do Papa Francisco para nos lembrar que não estamos sós no mundo, vivemos juntos com outras pessoas em nossa família, nosso estado, nosso país. E com elas devemos viver em comunhão, partilhando as escolhas para construção de condições melhores de vida a todos.
Vida em comum que também está nos princípios celebrados no Corpus Christi. Neste feriado, os cristãos reverenciam o sacramento da comunhão, momento em que nos unimos ao Corpo de Cristo. Nessa liturgia, reafirmamos a comunhão dos valores do cristianismo. Princípios que são reafirmados em várias agens da Bíblia, como em Atos 4:31,32 “E, tendo orado, moveu-se ao lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”.
As celebrações cristãs reforçam, portanto, a condição de irmandade em que devemos viver. Não vendo o outro como um inimigo a ser destruído, mas como outro ser humano, com desejos e forças a quem devemos estender a mão. Como cristão, trabalho diariamente para aplicar esses princípios no trabalho do governo do nosso Estado. Acredito que a vivência da solidariedade depende também do correto exercício do Poder Público em prol do bem comum, construindo um estado melhor para todos. Por isso que, quando me perguntam sobre qual obra vai “marcar” o nosso governo, sempre aponto o cuidado com as pessoas, mediante políticas públicas feitas acima de tudo com amor. Este é muito mais forte e importante do que grandes estruturas de cimento e tijolos, que temos feito também, mas jamais perdendo a dimensão daquilo que é o principal: melhorar a vida da população, sobretudo a mais pobre.
Aí estão os exemplos de irmandade que consideramos importante fazer e destacar: o Plano Mais IDH; o Programa Escola Digna, com construções e reformas de escolas; a Força Estadual de Saúde, já atuando nos 30 municípios mais pobres; os novos hospitais regionais; o Bolsa Escola, que chegou neste ano para 1 milhão de crianças e jovens; a rede de educação profissional e tecnológica (IEMA); a pavimentação de mais de 1.000 km de estradas e ruas; o programa Ninar, para recém-nascidos e crianças. E muito mais, sempre buscando a comunhão justa da riqueza socialmente produzida.
Advogado, 48 anos, Governador do Maranhão. Foi presidente da Embratur, deputado federal e juiz federal
“Lava Jato” Fazendo a Faxina Nacional
O famoso novelista, escritor, articulista, Nelson Rodrigues, atribuía a Otto Lara Rezende, que era mineiro, a autoria da frase “o mineiro só é solidário no câncer”, fato que era negado por Otto que , pode não ter sido o autor da frase que ficou famosa, mas foi um grande formulador de frases de efeito. Outra, entre tantas que ele grafou e que eu destaco aqui e que, como a anterior, tem tudo a ver com o momento politico que vivemos foi: “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto.”
A minha mãe, que não tinha estudos, mas era de uma sabedoria incrível apreendida na escola da vida difícil que levou, também tinha umas “tiradas” interessantes. Ela dizia que na terra dela, a bela Caxias do nosso sofrido Maranhão, se falava: “ladrão só, prostituta só”.
A frase atribuída a Otto Lara Rezende não é generalizada apenas para os mineiros, mas de um tipo especifico de pessoa, com determinado caráter, que poderia ter nascido em qualquer lugar. Como era mineiro, caso tenha sido de fato o autor da famosa frase, Otto provavelmente imaginou que provocaria menos estragos, porque não estaria se auto excluindo daquele comportamento.
A operação “lava jato” que se desenvolve no Brasil atualmente recebe o apoio da grande maioria dos brasileiros de bem. Este aval é um alivio porque nos sugere que somos, regra geral, gente que gosta de trabalhar, honesta, que não aprecia “malfeitos”, metáfora “politicamente correta” criada recentemente para identificar falcatruas.
O instrumento que ficou popularmente conhecido como “delação premiada” reforça a frase que a minha mãe sempre falava. Ladrão acompanhado está perdido. Praticando delitos com ao menos uma testemunha ele poderá ter no comparsa o seu “dedo duro” no futuro. Ou, o que é a mesma coisa, malfeitores somente são solidários quando estão fazendo malfeitos. Enquanto os malfeitos rendem, todos caminham juntos, tiram proveito e se dão bem. Quando são pegos começam a se acusarem.
As “delações premiadas” feitas por quem cometeu delitos nessa avalanche inimaginável de corrupção que tomou conta do Brasil estão demonstrando que, aqueles que fizeram falcatruas se mantiveram solidários enquanto se locupletavam. Na hora em que perceberam que foram pegos, e na iminência de se tornarem um Marcos Valério, resolveram “entregar” velhos parceiros. Amigos que eram até bem pouco tempo.
O estouro das informações bombásticas do que falou o ex-senador Sergio Machado que, por longos doze anos esteve na direção da Transpetro, um dos pedaços mais suculentos do que foi a Petrobrás, quando se viu em apuros, decidiu que contaria o que sabe de pessoas que eram até bem pouco tempo seus “amigos desde infância”. A imprensa noticiou fartamente que ele estava naquele cargo por designação da fatia de poder na “Respública” petista-pmdebista que cabia ao Senador Renan Calheiros, homem que já demonstrou ser capaz de malabarismo e que tem muitas vidas na atividade política. Somente em republiquetas terceiro-mundistas sobrevive gente assim.
Aqui cabe a máxima de Otto Lara Rezende: “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto.” Eles sempre estiveram muito juntos nos “negócios” que mantinham ancorados naquela fonte quase inesgotável do vil metal. Sergio Machado também era próximo de toda a cúpula do PMDB. Em apuros, resolveu gravar de forma sub-reptícia (sem que os interlocutores, seus amigos, percebessem) todas as conversas que mantinha com eles. Esperto, encaminhava os diálogos para que os “amigos” falassem o que ele precisava para juntar aos seus argumentos para dizer que ele não estava só naquela sujeira. Assim pegou com a “boca na botija” o senador Romero Jucá que estava pousando de novo vestal da Republica post-PT. Envolveu o ex-presidente da República, aquele que quando imaginamos que sumiu, ele ressurge como fênix atuando nos bastidores. E se fala que da delação dele, Sergio Machado, sobra muito pouca gente dos que estão nas duas casas do Parlamento, inclusive vestais vistosos do PSDB.
O ex-senador Delcidio do Amaral, muito próximo da então Presidente, tanto que era o seu líder e homem de confiança no Senado, além de ser amicíssimo do ex-presidente, mentor e inventor da então presidente, ao se ver em dificuldades, disparou a sua metralhadora em todas as direções e atingiu muita “gente boa”. Incomodou tanto, que os seus pares no Senado cassaram o seu mandato, contrariando o que queriam Sergio Machado, o Presidente do Senado e o ex-presidente da república. E se fala que a “Respublica” ruirá de vez quando sair a delação dos Executivos da Odebrecht.
Malfeitores somente são solidários quando estão fazendo mal feitos, e somente abraçam e apunhalam quem está perto deles. Esqueceram que aprontando juntos estão dando munição para os amigos que um dia lhes denunciarão. Ainda bem que agem assim. De outra forma, tudo que está vindo agora nós nunca saberíamos. Portanto, a Operação Lava Jato, os Procuradores da PGR, da Policia Federal, o Juíz Sergio Moro e todo o Poder Judiciário devem merecer todo o nosso apoio. Devemos sempre contrariar o que sugere a esfinge maranhense. Se ele aponta caminhos para irmos para o Norte, sigamos para o Sul que será sempre mais seguro. E correto.
*Professor Titular na Universidade Federal do Ceará.
Ensino profissionalizante para a juventude de Bequimão
O vereador Elanderson (PCdoB) apresentou indicação na Câmara Municipal solicitando ao governador Flávio Dino a implantação do Instituto Estadual de Tecnologia do Maranhão (IEMA), no município de Bequimão.
Na última quarta-feira, 25, o secretário Jhonatan Almada (Ciência e Tecnologia), acompanhado do subsecretário Robson Paz (Comunicação e Assuntos Políticos), do vereador Elanderson, professores e outras lideranças vistoriaram o prédio da escola Liliosa Cantanhede, onde deverá ser instalada unidade do IEMA vocacional no município.
“Estivemos em escola de Bequimão onde instalaremos IEMA Vocacional”, afirmou Johnatan.
Com mais de 20 mil habitantes, Bequimão possui duas escolas de ensino médio e nenhuma unidade de ensino técnico profissionalizante. O vereador afirma que a implantação do IEMA na cidade beneficia ainda os municípios vizinhos de Alcântara, Peri-Mirim e Central do Maranhão, principalmente após a construção da ponte que liga os dois municípios.
“Nosso município precisa de um estabelecimento de ensino da rede pública que ofereça aos jovens da nossa cidade ensino técnico integrado ao ensino médio, que os capacitem profissionalmente para o ingresso no mercado de trabalho”, afirma o vereador comunista.
Ele sugere ainda que o IEMA seja sediado no prédio da escola Liliosa Cantanhede, que pertence ao governo do Estado, e está desativado. “É um prédio centralizado, facilita o o aos estudantes e tem espaço amplo e estrutura física que pode ser adaptado para receber o instituto”, disse.
Elanderson elogiou o programa de educação profissionalizante criado pelo governador Flávio Dino, que conta com unidades em funcionamento nos municípios de São Luís, Bacabeira e Pindaré-Mirim.
Para Robson Paz, o sonho da juventude dos municípios de Bequimão, Peri-Mirim e Alcântara, que está cada vez mais próximo de se realizar. “O IEMA oferece cursos profissionalizantes para adolescentes e jovens. É mais conhecimento e oportunidade para todos”, disse.
Com informações do Jornal Itapetininga
GOLPE! Sarney articulou contra a Lava Jato. Leia
Da Folha de S. Paulo
Primeira conversa
Sarney – Olha, o homem está no exterior. Então a família dele ficou de me dizer quando é que ele voltava. E não falei ontem porque não me falou de novo. Não voltou. Tá com dona Magda. E eu falei com o secretário.
Machado – Eu vou tentar falar, que o meu irmão é muito amigo da Magda, para saber se ele sabe quando é que ela volta. Se ele me dá uma saída.
Machado – Presidente, então tem três saídas para a presidente Dilma, a mais inteligente…
Sarney – Não tem nenhuma saída para ela.
Machado -…ela pedir licença.
Sarney – Nenhuma saída para ela. Eles não aceitam nem parlamentarismo com ela.
Machado – Tem que ser muito rápido.
Sarney – E vai, está marchando para ser muito rápido.
Machado – Que as delações são as que vem, vem às pencas, não é?
Sarney – Odebrecht vem com uma metralhadora de ponto 100.
Machado – Olha, acabei de sair da casa do nosso amigo. Expliquei tudo a ele [Renan Calheiros], em todos os detalhes, ele acha que é urgente, tem que marcar uma conversa entre o senhor, o Romero e ele. E pode ser aqui… Só não pode ser na casa dele, porque entra muita gente. Onde o se nhor acha melhor?
Sarney – Aqui.
Machado – É. O senhor diz a hora, que qualquer hora ele está disponível, quando puder avisar o Romero, eu venho também. Ele [Renan] ficou muito preocupado. O sr. viu o que o [blog do] Camarotti botou ontem?
Sarney – Não.
Machado – Alguém que vazou, provavelmente grande aliado dele, diz que na reunião com o PSDB ele teria dito que está com medo de ser preso, podia ser preso a qualquer momento.
Sarney – Ele?
Machado – Ele, Renan. E o Camarotti botou. Na semana ada, não sei se o senhor viu, numa quinta ou sexta, um jornalista aí, que tem certa repercussão na área política, colocou que o Renan tinha saído às pressas daqui com medo dessa condição, delações, e que estavam sendo montadas quatro operações da Polícia Federal, duas no Nordeste e duas aqui. E que o Teori estava de plantão… Desculpe, presidente, não foi quinta não. Foi sábado ou domingo. E que o Teori estava de plantão com toda sua equipe lá no Ministério e que isso significaria uma operação… Isso foi uma… operação que iria acontecer em dois Estados do Nordeste e dois no sul. Presidente, ou bota um basta nisso… O Moro falando besteira, o outro falando isso. [inaudível] ‘Renan, tu tem trinta dias que a bola está perto de você, está quase no seu colo’. Vamos fazer uma estratégia de aproveitar porque acabou. A gente pode tentar, como o Brasil sempre conseguiu, uma solução não sangrenta. Mas se ar do tempo ela vai ser sangrenta. Porque o Lula, por mais fraco que esteja, ele ainda tem… E um longo processo de impeachment é uma loucura. E ela perdeu toda… […] Como é que a presidente, numa crise desse tamanho, a presidente está sem um ministro da Justiça? E não tem um plano B, uma alternativa. Esse governo acabou, acabou, acabou. Agora, se a gente não agir… Outra coisa que é importante para a gente, e eu tenho a informação, é que para o PSDB a água bateu aqui também. Eles sabem que são a próxima bola da vez.
Sarney – Eles sabem que eles não vão se safar.
Machado – E não tinham essa consciência. Eles achavam que iam botar tudo mundo de bandeja… Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução a la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. Desses aí o senhor é o que tem a melhor cabeça. Tem que construir uma solução. Michel tem que ir para um governo grande, de salvação nacional, de integração e etc etc etc.
Sarney – Nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles itiram, diante de certas condições.
Machado – Não tem outa alternativa. Eles vão ser os próximos. Presidente: não há quem resista a Odebrecht.
Sarney – Mas para ver como é que o pessoal..
Machado – Tá todo mundo se cagando, presidente. Todo mundo se cagando. Então ou a gente age rápido. O erro da presidente foi deixar essa coisa andar. Essa coisa andou muito. Aí vai toda a classe política para o saco. Não pode ter eleição agora.
Sarney – Mas não se movimente nada, de fazer, nada, para não se lembrarem…
Machado – É, eu preciso ter uma garantia
Sarney – Não pensar com aquela coisa apress… O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]
Machado – Só isso que eu quero, não quero outra coisa.
Sarney – Agora, não fala isso.
Machado – Vou dizer pro senhor uma coisa. Esse cara, esse Janot que é mau caráter, ele disse, está tentando seduzir meus advogados, de eu falar. Ou se não falar, vai botar para baixo. Essa é a ameaça, presidente. Então tem que encontrar uma… Esse cara é muito mau caráter. E a crise, o tempo é a nosso favor.
Sarney – O tempo é a nosso favor.
Machado – Por causa da crise, se a gente souber istrar. Nosso amigo, soube ontem, teve reunião com 50 pessoas, não é assim que vai resolver crise política. Hoje, presidente, se estivéssemos só nos três com ele, dizia as coisas a ele. Porque não é se reunindo 50 pessoas, chamar ministros.. Porque a saída que tem, presidente, é essa que o senhor falou é isso, só tem essa, parlamentarismo. Assegurando a ela e o Lula que não vão ser… Ninguém vai fazer caça a nada. Fazer um grande acordo com o Supremo, etc, e fazer, a bala de Caxias, para o país não explodir. E todo mundo fazer acordo porque está todo mundo se fodendo, não sobra ninguém. Agora, isso tem que ser feito rápido. Porque senão esse pessoal toma o poder… Essa cagada do Ministério Público de São Paulo nos ajudou muito.
Sarney – Muito.
Machado – Muito, muito, muito. Porque bota mais gente, que começa a entender… O [colunista da Folha] Janio de Freitas já está na oposição, radicalmente, já está falando até em Operação Bandeirante. A coisa começou… O Moro começou a levar umas porradas, não sei o quê. A gente tem que aproveitar ess… Aquele negócio do crime do político [de inação]: nós temos 30 dias, presidente, para nós istrarmos. Depois de 30 dias, alguém vai istrar, mas não será mais nós. O nosso amigo tem 30 dias. Ele tem sorte. Com o medo do PSDB, acabou com el,e no colo dele, uma chance de poder ser ator desse processo. E o senhor, presidente, o senhor tem que entrar com a inteligência que não tem. E experiência que não tem. Como é que você faz reunião com o Lula com 50 pessoas, como é que vai querer resolver crise, que vaza tudo…
Sarney – Eu ontem disse a um deles que veio aqui: ‘Eu disse, Olhe, esqueçam qualquer solução convencional. Esqueçam!’.
Machado – Não existe, presidente.
Sarney – ‘Esqueçam, esqueçam!’
Machado – Eu soube que o senhor teve uma conversa com o Michel.
Sarney – Eu tive. Ele está consciente disso. Pelo menos não é ele que…
Machado – Temos que fazer um governo, presidente, de união nacional.
Sarney – Sim, tudo isso está na cabeça dele, tudo isso ele já sabe, tudo isso ele já sabe. Agora, nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada.
Machado – Não estão falando.
Sarney – Até falando isso para saber até onde ele vai, onde é mentira e onde é valorização dele.
Machado – Não é valoriz… Essa história é verdadeira, e não é o advogado querendo, e não é diretamente. É [a PGR] dizendo como uma oportunidade, porque ‘como não encontrou nada…’ É nessa.
Sarney – Sim, mas nós temos é que conseguir isso. Sem meter advogado no meio.
Machado – Não, advogado não pode participar disso, eu nem quero conversa com advogado. Eu não quero advogado nesse momento, não quero advogado nessa conversa.
Sarney – Sem meter advogado, sem meter advogado, sem meter advogado.
Machado – De jeito nenhum. Advogado é perigoso.
Sarney – É, ele quer ganhar…
Machado – Ele quer ganhar e é perigoso. Presidente, não são confiáveis, presidente, você tá doido? Eu acho que o senhor podia convidar, marcar a hora que o senhor quer, e o senhor convidava o Renan e Romero e me diz a hora que eu venho. Qual a hora que o senhor acha melhor para o senhor?
Sarney – Eu vou falar, já liguei para o Renan, ele estava deitado.
Machado – Não, ele estava acordado, acabei de sair de lá agora.
Sarney – Ele ligou para mim de lá, depois que tinha acordado, e disse que ele vinha aqui. Disse que vinha aqui.
Machado – Ele disse para o senhor marcar a hora que quiser. Então como faz, o senhor combina e me avisa?
Sarney – Eu combino e aviso.
[…]
Machado – O Moreira [Franco] está achando o quê?
Sarney – O Moreira também tá achando que está tudo perdido, agora, não tem gente com densidade para… [inaudível]
Machado – Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba-oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado-Maior. Estado-Maior analisando. E não pode ser um […] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç… Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.
Sarney – É, nós estamos… Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior. Então eu quero ver se eu… Se essa chave… A gente tendo…
Machado – Eu vou tentar saber, falar com meu irmão se ele sabe quando é que ela volta.
Sarney – E veja com o advogado a situação. A situação onde é que eles estão mexendo para baixar o processo.
Machado – Baixar o processo, são duas coisas [suspeitas]: como essas duas coisas, Ricardo, que não tem nada a ver com Renan, e os 500, que não tem nada a ver com o Renan, eles querem me apartar do Renan…
Sarney – Eles quem?
Machado – O Janot e a sua turma. E aí me botar pro Moro, que tem pouco sentido ficar aqui. Com outro objetivo.
Sarney – Aí é mais difícil, porque se eles não encontraram nada, nem no Renan nem no negócio, não há motivo para lhe mandar para o Paraná.
Machado – Ele acha que essas duas coisas são motivo para me investigar no Paraná. Esse é io argumento. Na verdade o que eles querem é outra coisa, o pretexto é esse. Você pede ao [inaudível] para me ligar então?
Sarney – Peço. Na hora que o Renan marcar, eu peço… Vai ser de noite.
Machado – Tá. E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente.
Sarney – [sussurrando] Não acho conveniente.
Machado – Não? O senhor que dá o tom.
Sarney – Não acho conveniente. A gente não põe muita gente.
Machado – O senhor é o meu guia.
Sarney – O Amaral Peixoto dizia isso: ‘duas pessoas já é reunião. Três é comício’.
Machado – [rindo]
Sarney – Então três pessoas já é comício.
[…]
*
Segunda conversa
Sarney – Agora é coisa séria, acho que o negócio é sério.
Machado – Presidente, o cara [Sérgio Moro] agora seguiu aquela estratégia, de ‘deslegitimizar’ as coisas, agora não tem ninguém mais legítimo para falar mais nada. Pegou Renan, pegou o Eduardo, desmoralizou o Lula. Agora a Dilma. E o Supremo fez essa suprema… rasgou a Constituição.
Sarney – Foi. Fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira… [autorizou prisão do então senador].
Machado – O Senado não podia ter aceito aquilo, não.
Sarney – Não podia, a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado.
Machado – Porque não foi flagrante delito. Você tem que obedecer a lei.
Sarney – Não tinha nem inquérito!
Machado – Não tem nada. Ali foi um fígado dos ministros. Lascaram com o André Esteves.. Agora pergunta, quem é que vai reagir?
[…]
Machado – O Senado deixar o Delcídio preso por um artista.
Sarney – Uma cilada.
Machado – Cilada.
Sarney – Que botaram eles. Uma coisa que o Senado se desmoralizou. E agora o Teori acabou de desmoralizar o Senado porque mostrou que tem mais coragem que o Senado, manda soltar.
Machado – Presidente, ficou muito mal. A classe política está acabada. É um salve-se quem puder. Nessa coisa de navio que todo mundo quer fugir, morre todo mundo.
[…]
Sarney – Eu soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. […] Ele está com os olhos inchados.
[…]
Sarney – Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do… E responsabilizar aquele [inaudível]
Machado – Isso é muito estranho [problemas de governo]. Presidente, você pegar um marqueteiro, dos três do Brasil. […] Deixa aquele ministério da Justiça que é banana, só diz besteira. Nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. Tem que alguém dizer assim ‘A presidente é bunda mole’. Não tem um fato positivo.
[…]
Sarney – E o Renan cometeu uma ingenuidade. No dia que ele chegou, quem deu isso pela primeira vez foi a Délis Ortiz. Eu cheguei lá era umas 4 horas, era um sábado, ele disse ‘já entreguei todos os documentos para a Delis Ortiz, provando que eu… que foi dinheiro meu’. Eu disse: ‘Renan, para jornalista você não dá documento nunca. Você fazer um negócio desse. O que isso vai te trazer de dor de cabeça’. Não deu outra.
Machado – Renan erra muito no varejo. Ele é bom. […] Presidente, não pode ser assim, varejista desse jeito.
[…]
Sarney – Tudo isso é o governo, meu Deus. Esse negócio da Petrobras só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?
Machado – Acabou o Lula, presidente.
Sarney – O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão.
Machado – Não houve nenhuma solidariedade da parte dela.
Sarney – Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira.
Machado – Tomou conta do Brasil. O Supremo fez a pedido dele.
É GOLPE, SIM! OUÇA
“Essa porra” é a Lava Jato
Guerra contra o atraso
Bequimão será beneficiado pelo programa Diques da Produção
O município de Bequimão é um dos beneficiados pelo Programa Diques da Produção, criado pelo governador Flávio Dino.
Os diques visam conter a água doce e combater a salinização dos campos inundáveis da Baixada Maranhense.
De acordo com o governador, o programa Diques da Produção será implementado mediante ações de várias secretarias e da Agerp, além da ampla participação dos produtores.
O Programa Diques da Produção será coordenado por Comitê Gestor presidido pelo secretário Marcelo Tavares.