2014: UM ANO PARA NÃO ESQUECER

Por José Reinaldo Tavares

O magnífico discurso proferido por um emocionado Flávio Dino na cerimônia de diplomação dos eleitos neste ano mostrou que o futuro governador – hoje sem sombra de dúvidas o maior e mais popular líder político do estado – está atento a realidade de um estado dominado pela pobreza, mas pela esperança de que tudo vai mudar.

Ao falar sobre o significado do diploma que acabara de receber, deu a essência do que norteará suas ações no governo. Ali simbolicamente estavam os Josés, as Marias os Raimundos e todas aquelas pessoas do povo que o receberam em suas andanças, nas portas de suas casas humildes e que diziam que oravam por ele, que acreditavam nele, que precisavam dele. Isto reafirma mais uma vez que o mais importante a fazer é dar àquelas pessoas a oportunidade de uma vida digna, o que nunca tiveram nesses anos de domínio absoluto da família Sarney.

E foram exatamente esses anos de domínio, sobretudo nos governos de Roseana Sarney e Lobão, na década de 90, que, de tão ruins para a população, foram chamados de década perdida. Já nos tempos mais recentes, depois do golpe jurídico que tirou Jackson lago do governo, tudo se agravou. Quanto a tal década perdida, eu, no meu governo, reverti a situação vexaminosa e Jackson continuou esse trabalho de recuperação. Contudo, a volta de Roseana Sarney ao governo pôs tudo a perder e o Maranhão está chegando ao fundo de um poço muito profundo de pobreza, corrupção e indiferença.

Só para citar indicadores mais recentes – divulgados agora – o Maranhão tem o maior contingente de pessoas ando fome ou com muita dificuldade para obter a alimentação de cada dia. Na verdade quase metade da população enfrenta muitas dificuldades todos os dias. Outro dado terrível é que temos o maior número de miseráveis entre todos os estados brasileiros comparativamente à sua população e mais da metade de nossos jovens estudantes não conseguem interpretar um texto. Vou me deter aqui, mas tudo é muito ruim, qualquer indicador social. Isso sem falar que temos a pior renda individual do país.

É esse quadro desolador que o novo governador vai encontrar. E o pior é que tudo está envolto em mistério, nada de relevante é fornecido, como se quisessem atrapalhar o Maranhão pela última vez em uma despedida melancólica e sem sentido. Contudo, nada disso fará mudar a realidade do descalabro financeiro que querem ocultar até a última hora, dos malfeitos, das coisas sem explicação, dos desvios de finalidade, prática comum do governo que sai, encerrando esse ciclo sombrio de poder que nos deixa uma herança maldita.

E isso se dá em todos os setores governamentais. Pouco se pode aproveitar e quase nada, continuar. É como se no Maranhão tudo precisasse começar do zero. Ou “menos de zero” em alguns setores.

No setor do gás, por exemplo, uma riqueza estratégica e fundamental foi toda entregue a Eyke Batista, o empresário amigo e maior financiador das campanhas da família, para usar como quisesse, como se dele fosse. E então todo o gás até aquele momento disponível foi usado para gerar energia em termelétricas que não deixam nada para o Maranhão. Vamos ter muito trabalho e colaboração, inclusive das empresas que hoje sucederam o ex-megaempresário, a fim de disponibilizarmos um pouco do gás maranhense para atender os verdadeiros interesses do estado, ou seja, a industrialização, os empregos e a renda.

Flávio confirma cada vez mais que está preparado para governar e enfrentar os desafios. Acredito que fará um governo marcante que mudará o Maranhão.

A cerimônia de diplomação dos eleitos foi um momento de recordações para todos nós. Lembrei-me de tudo que tive que ar desde que houve o rompimento com a família Sarney até aquele momento. Para mim tudo aquilo tinha um sabor especial, de reconhecimento pela minha participação na saga recente do Maranhão. Fiquei muito feliz de estar ali naquele instante.

Sei que despertei ódios imensos, afinal foram duas vitórias que tivemos, esta última definitiva. Entretanto, sei que, enquanto tiverem algum poder, serei sempre o alvo maior e que esse capítulo pessoal ainda não se encerrou. Minha vida sempre foi de lutas e estarei sempre pronto para enfrentar a ira dos poderosos.

Obrigado, Maranhão, pelo apoio que sempre recebi da população!

Feliz Natal a todos!

Em entrevista, Flávio Dino defende união das oposições em 2014

Da Redação Vermelho / Maranhão

282420_450446411671504_1316225196_nRealidade maranhense, oposição no estado, evolução do turismo no Brasil e contexto político alcançado em 2012 pela oposição foram temas de destaque em entrevista de Flávio Dino (PCdoB), presidente da Embratur, ao jornalista Américo Azevedo Neto, na TV Guará, canal 23.

Presidente estadual do PCdoB e uma das principais lideranças de oposição no Maranhão, Flávio Dino analisou temas importantes da política maranhense e definiu o ideal de mudança que tem norteado a oposição no estado: “Temos que olhar para o ado criticamente. Mas, sobretudo, olhar para o futuro com esperança. Novo no conteúdo, invertendo as prioridades”.

Campanha para 2014

Flávio Dino afirmou que ainda não está em campanha para as eleições de 2014, apesar de ter apoiado diversas candidaturas em todo o Maranhão nas eleições de 2012. O presidente da Embratur enfatizou a importância da união das oposições no Maranhão em nome de uma nova maneira de governar.

“Nós não podemos assistir a essa realidade omissos. É essa a ideia da aliança: a busca por perspectivas diferentes, de melhoria para o Maranhão. Procuramos uma aliança que expresse esses anseios espalhados pelas diferentes regiões do Maranhão – e todas elas clamam por mudança da realidade em que vivem,” destacou.

Conhecer os problemas por que am os maranhenses e saber as potencialidades de cada região do estado é uma das saídas apontadas por Flávio Dino para reverter o quadro de atraso social e econômico que se instalou no estado.

“Acreditar no nosso povo, investir na produção do nosso estado. Fazer com q os 12 bilhões do nosso estado seja aplicado devidamente. Acabar com o patrimonialismo, fazendo com que o público não se confunda mais com o privado. Essa é a nova perspectiva,” afirmou.

Sobre os possíveis adversários nas eleições de 2014, Flávio Dino preferiu discutir as condições de seu grupo político de oposição. Questionado sobre quem seria o melhor nome para a disputa, Flávio respondeu: “Este é um assunto interno ao grupo Sarney. Respeitaremos quem quer que seja o adversário, mas neste momento me preocupo mais com a união do campo da oposição.”

Planos para o Maranhão

Analisando diversos números que demonstram o descaso do governo do estado com a população maranhense, Flávio Dino lamentou que o quadro social do estado permaneça inalterado desde as eleições de 2010, quando concorreu ao governo do estado e apresentou um Plano de Governo baseado na melhoria dos índices estaduais.

Ao destacar os últimos números divulgados a respeito do desenvolvimento da educação básica, do Ensino Médio, do saneamento básico e do desenvolvimento social, Flávio Dino afirmou que não se tratam de apenas números, mas de uma realidade que precisa ser revertida.

“Esses números não são números frios. Eles nos indignam porque retratam uma realidade que precisa ser mudada e muito me entristece que essa realidade permaneça a mesma. Gostaria que houvesse uma melhora do nosso quadro social,” refletiu.

Trabalho na Embratur

Flávio Dino deu destaque ainda ao trabalho realizado em mais de um ano à frente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e às parcerias feitas com o governo do estado e a prefeitura de São Luís para divulgar o estado em feiras internacionais. Entre as principais formas de divulgação, esteve a participação do Maranhão em uma das maiores feiras mundiais do turismo, Top Resa, em Paris.

“O bom político sabe distinguir a luta política do exercício istrativo. Não podemos favorecer ou deixar de atender nossos companheiros ou adversários políticos. É importante frisar que fizemos um bom trabalho ao lado dos ministros do Turismo Gastão Vieira e Pedro Novaes, que, apesar de estarem em lados diferentes da política, bons trabalhos com a Embratur,” destacou.

A falta de projetos apresentados pelo governo do estado e pela prefeitura de São Luís foram elencadas como entraves para que a Embratur possa ajudar ainda mais o Maranhão. “Foi aberto um edital para voos charter (fretados), que são importantes para o desenvolvimento do turismo internacional, mas o Maranhão não participou. Vários outros estados do Nordeste foram beneficiados,” lembrou Flávio Dino.

Castelo e o PSDB são importantes para vitória de Flávio Dino em 2014, diz Zé Reinaldo

Do Blog do Garrone

Leia abaixo a íntegra do discurso do ex-governador José Reinaldo Tavares na solenidade de posse como secretário de Governo de São Luís, há pouco, no auditório Reis Perdigão da Prefeitura de São Luís:

Amigas e amigos

O prefeito João Castelo honrou-me com o convite para assumir a Secretaria de Governo da Prefeitura, eu aceitei achando que era meu dever colaborar com ele que em 2006 foi um valioso integrante da chamada Frente de Libertação do Maranhão, momento único na história política maranhense, que teve como desfecho a eleição de Jackson Lago para o governo do estado.

Portanto é com prazer que me junto a essa valorosa equipe que vem, com sucesso, realizando obras e ações de grande benefício para a cidade.

Eu e Castelo já fomos governadores do estado e conhecemos profundamente os bastidores da política do estado. Eu, como ele, fui tremendamente perseguido por aqueles que se julgam donos do Maranhão. Nem ministros podiam vir aqui. Com Castelo é parecido, pois tentam impedir a realização de qualquer programa importante da prefeitura. Para isso lançam mão de pressão, da amizade, do poder das posições que ocupam deixando implícitas ameaças aos que não se submetem.

Eu não posso me omitir ante tudo que fazem com um membro da oposição muito importante quanto o prefeito Castelo.

Castelo deixou de cumprir promessas de campanha? É provável ante as dificuldades que lhe são impostas pelo governo. Mas mesmo assim, com paciência e competência Castelo vai trazendo obras e ações de enorme importância para a população e aos poucos vai se transformando em um dos melhores prefeitos que São Luís já teve.

Considero um erro brutal tratar Castelo como se não fosse oposição ao governo do estado, logo ele que vem se constituindo no maior adversário da oligarquia e o mais prejudicado por ela. Vim portanto, meus amigos, que me conhecem e sabem que não ajo com subterfúgios e não me omito, por delegação do prefeito, para agir como sempre na minha vida abrindo as portas para o diálogo com todos aqueles que querem um Maranhão liberto das suas amarras políticas históricas o que só se dará com a eleição de Flávio Dino para Governador em 2014.

Não será pela divisão das lideranças e partidos oposicionistas que venceremos em 2014. Isso é o que eles querem, pois estão assistindo e se deleitando com a divisão da oposição uma reedição de um ado sempre repetido, pois as oposições se dividiam na paixão da eleição municipal, e o rancor permanecia e dominava à todos e inexoravelmente vinha a derrota na eleição para governador como consequência. Esse foi o modelo de dominação que deu a oligarquia um longo período de desastrosa istração do estado que levou a corrupção, a pobreza e aos piores indicadores sociais do país.

Em 2006 a primeira reunião que fizemos com as maiores lideranças da oposição foi um desastre e se eu não estivesse no governo e levasse com pulso firme a união teríamos perdido do mesmo jeito que no ado.

Portanto eu continuo o mesmo querendo a vitória de Flávio em 2014 e estou me colocando a disposição de todos os que me conhecem e confiam em mim para o diálogo que permita a união sólida entre nós com esse objetivo maior.

Castelo é muito importante para 2014 assim como o PSDB. Vamos discutir a campanha e a nossa união. O adversário do povo maranhense é a oligarquia e não se deve colocar o prefeito como alvo da oposição. Estou pronto para ajudar o prefeito a governar sempre dando grande prioridade para a conversa política e o entendimento das oposições. Acredito muito no prefeito João Castelo, no seu trabalho, na sua competência. Foi um dos melhores governadores do estado e acredito que no final de seu mandato também estará incluído entre os melhores prefeitos de São Luís. É dedicado, hábil negociador e grande realizador e assim faz por merecer o carinho da população da cidade, em que pese o tremendo bombardeio midiático que recebe todos os dias.

Não vamos dar ao senador Sarney o que ele quer e sempre teve, uma oposição desunida, presa fácil nas eleições para governador no ado.

Flávio Dino precisa disso para tornar possível o sonho de um Maranhão livre e democrático.

Muito obrigado prefeito pelo convite, vim para ajudar, conte comigo.  

EM NOME DOS FILHOS

Do Blogue do Ed Wilson

O senador Edinho Lobão inaugurou a disputa pela sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB) em 2014, ao afirmar sem rodeios que o pai dele, ministro Edison Lobão (PMDB), será candidato ao Palácio dos Leões de qualquer jeito.

A fala de Edinho contraria as manifestações de Roseana favoráveis à candidatura do chefe da Casa Civil Luís Fernando Silva. Em recente solenidade oficial (inauguração de uma das UPAs), a governadora deu todos os sinais de apoio a Luis Fernando.

O chefe da Casa Civil já está em campanha há quase um ano. Ele criou e coordena um projeto chamado “Seminários Regionais de Lideranças”, na verdade grandes encontros com prefeitos e vereadores para amarrar a campanha de 2014.

A euforia de Edinho Lobão pelo pai e os apupos de Roseana pelo homem forte da Casa Civil revelam uma anunciada guerra pelos negócios entranhados no governo. No consórcio dos Sarney, Fernando tem hegemonia na istração dos interesses privados.

Edinho vê uma chance de ampliar sua área de atuação a partir do momento em que o pai, Edison Lobão, sentar na cadeira principal do Palácio dos Leões.

O outro pai, José Sarney, protege o quanto pode o filho Fernando, mas Edinho acha que está na hora de avançar.

A família Lobão está na fila para retomar o governo, mas Luís Fernando pode furar. É cedo ainda para fazer previsões, mas tudo pode acontecer, inclusive um acordo: Lobão governador, com 80 anos, e Luís Fernando vice.