Desperdício de dinheiro público em Bequimão

Do idifusora.com

BeqUm exemplo de desperdício de dinheiro público acontece no município de Bequimão, na Baixada Maranhense. Duas obras que poderiam já estar atendendo a milhares de pessoas estão abandonadas.

A obra da ponte que liga a sede do município aos povoados do Balandro, Santa Vitória e outras localidades está parada há anos. As vigas do fundamento e uma parte da pista de rolamento foram construídas em diferentes períodos com verba pública, inclusive com ree federal.

A ponte poderia resolver o problema de escoamento e facilitar a ligação com os povoados. A população dessas localidades são obrigadas a desviar o caminho para chegar ao centro de Bequimão. Uma ponte improvisada em madeira dá o somente a bicicletas.

O que foi construído até agora está se acabando no tempo. A força da maré e o salitre estão destruindo o ferro e o concreto.

A outra obra é uma estrutura em concreto para ar uma caixa de água que atenderia dezenas de moradores no povoado de Balandro. Os recursos do governo federal, superiores a R$ 175 mil (conforme a placa de publicidade), foram mal empregados, porque a caixa caiu e nunca serviu ao seu propósito.

A caixa caiu há muito tempo e nunca foi recolocada, assim como não foram feitos as instalações para a distribuição da água aos moradores.

Maranhão é campeão em desvio de dinheiro público

Do Jornal O Imparcial

Novo Procurador-Chefe da União no Maranhão, Ivo Lopes Miranda, assume cargo com a missão de aumentar a aplicação das penalidades resultantes de processos movidos pelo órgão

Agenor Barbosa

Aproximadamente R$ 70 milhões, desviados ou mal utilizados no Maranhão, deixaram de ser ressarcidos aos cofres da União no ano ado. O estado é o recordista em desvio e, consequentemente, execuções de acórdão junto ao Tribunal de Contas da União para recuperação de verbas. Somente em 2011 foram lavradas 170 execuções dessa natureza.

Os números foram citados pelo novo procurador-chefe da União no Maranhão, Ivo Lopes Miranda, empossado ontem no cargo, que frisou que menos que 90% desse valor foram recuperados. Segundo o chefe da Procuradoria Geral da União, o prejuízo para a sociedade é grande com a falta de execução de políticas públicas essenciais em áreas como educação, saúde, moradia e urbanização.

Miranda destacou os desafios que enfrentará no cargo para combater os desvios de recursos federais no estado. Ele destacou a necessidade de aprimorar os serviços prestados para fortalecimento da imagem institucional da Procuradoria. Para Miranda, entre as principais metas a serem desenvolvidas nos próximos anos estão está a melhoria da gestão de informação na Procuradoria.

“Tentaremos uniformizar procedimentos e rotinas para identificar potenciais irregularidades, tanto para reduzir litígios quanto para aperfeiçoar a defesa da União nos casos relevantes”, afirmou o procurador.

Para combater o desvio de recursos federais, Ivo Miranda pretende aproximar os órgãos investigadores e fiscalizadores, como o Tribunal de Contas da União (TCU). “Assim poderemos no mais breve tempo possível buscar decisões que bloqueiem os bens daquelas pessoas que cometeram desvios das verbas públicas”, apontou.

Ele lembrou que uma das maiores dificuldades para fiscalização no estado é a capilaridade do território maranhense, dividido em 217 municípios. Miranda explicou que a maioria dos desvios de recursos federais ocorre na realização de convênios e que não existe uma região que concentre as irregularidades. “Ocorre nos mais variados municípios e decorre de um modelo de conduta dos gestores públicos que não tem um compromisso com a gestão pública, principalmente, com as verbas federais”, criticou.

Quem comete desvio de recursos federais está sujeito ao ressarcimento do valor aos cofres da União e às penalidades por crime de improbidade istrativa. O gestor fica impossibilitado de celebrar contratos com o poder público, pode ter os direitos políticos suspensos e ainda ser multado. Contudo, Ivo Lopes Miranda reconhece que as irregularidades são detectadas muito tempo após a celebração dos convênios e que na maioria das vezes os acusados protelam as decisões na Justiça e poucos são penalizados.

Solenidade prestigiada

A solenidade de posse de Ivo Lopes Miranda como Procurador-Chefe da União no Maranhão foi acompanhada pela Procuradora-Geral da União, Hélia Maria de Oliveira Bettero; pelo ex-Procurador-Chefe, Gustavo André dos Santos; pela Procuradora Regional da União, Ana Luísa Figueiredo de Carvalho; pelo Procurador-Chefe da Procuradoria Federal no Maranhão, Daniel Farah de Santana; pelo Procurador-Chefe Substituto da Fazenda Nacional no Maranhão, Antônio Leonardo Silva; pela presidente do Tribunal Regional do Trabalho, desembargadora Ilka Esdra Silva Araújo; entre outras autoridades.

Combate à corrupção é desafio nacional

O combate à corrupção também foi destacado pela Procuradora-Geral da União, Hélia Maria de Oliveira Bettero. Ela lembrou que a aproximação com órgãos como a Polícia Federal e o TCU deram mais agilidade para a recuperação dos créditos. Cerca de R$ 300 milhões foram recuperados durante o ano ado e outros R$ 300 milhões estão bloqueados. A Procuradora lembrou que no Maranhão que no Maranhão o órgão trata de processo de grande importância nas áreas de combate à corrupção e regularização fundiária.

A presidente do TRT do Maranhão, desembargadora Ilka Araújo, que também participou da solenidade destacou a importância da aproximação institucional. Ela citou como exemplo a relação entre o TRT e Advocacia Geral da União (AGU) para desenvolver estratégias de combate ao trabalho escravo e prevenção de acidentes no trabalho. O assunto chegou a ser discutido na última terça-feira na sede do TRT com a desembargadora, o Procurador-Chefe da União, a procuradora-chefe substituta da União no Maranhão, Renata Souza Magalhães, entre outros membros da AGU.

Bomba: auditoria comprova desvio de recursos das enchentes no MA

Do Blog do Luís Cardoso

Governadora Roseana Sarney

Um verdadeiro escândalo aconteceu entre 2009 e 2010 com os recursos destinados pelo Ministério da Integração Nacional para o programa de prevenção as enchentes no Maranhão. Uma chuva de dinheiro levada pela lama da corrupção.

Foram destinados pelo ministério, em três parcelas, R$ 135 milhões, fora a contrapartida do Estado. Conforme informações prestadas à Assembleia Legislativa, a primeira foi de R$ 77,5 milhões, a segunda de R$ 40 milhões e a terceira de R$ 17,5 milhões.

Em 2010, de acordo com a auditoria feita pela Controladoria Geral do Estado, por determinação da governadora, no período de janeiro de 2010 a 31 de julho do mesmo ano, a Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), dirigida por Filuca Mendes, utilizou recursos de mais de R$ 100 milhões.

Estima-se que os desvios de recursos chegam a quase R$ 40 milhões. Estranhamente, a governadora Roseana engavetou o resultado da auditoria e exonerou Filuca Mendes.

Na primeira etapa, a Controladoria verificou diversas irregularidades em processos de pagamentos. Em lote de pagamentos de R$ 10.202.684,79, distribuídos entre várias construtoras, não existe termo de recebimento provisório ou definitivo das obras como remoção de escombros, desobstrução de bueiros e o de ruas, bem como recuperação de estradas, barragens e açudes em diversos municípios atingidos pelas enchentes.

Filuca Mendes

Dividiram os recursos a Bismark E Guimarães, CCG Construções (levou a maior parte), Conscilter Construções, Cruzeiro Construções,CTE Construções, Ducol Engenharia, Edconsil Construções, Enciza Engenharia, G. Sales Rodrigues, Guarani  Construções, Imperador Empreendimentos, Impermanta Engenharia, Liderança Construções, Maravilha Construções, Mutante  Construções, R.J.M Construções, R.C Carneiro de Carvalho, TAC Transporte e Construções e a WV Construções.

Neste caso, a Secid chama a responsabilidade para os prefeitos municipais e alega não possuir corpo técnico suficiente para fiscalizar as obras. Os auditores apontam para a impropriedade da secretaria e não aceitam a desculpa de que os prefeitos podem atestar as obras.

A Controladoria detectou pagamentos mediante a apresentação de documento inidôneo. Em 27 de janeiro de 2010, a Construções e Comércio Mouta recebeu R$ 246.945,43 referentes a remoção de de escombros, desobstrução de bueiros e o de ruas no município de São João do Caru com nota fiscal vencida.

Nos casos em que a Secid tenta prestar contas de casas “construídas”, o relatório da Controladoria Geral do Estado detectou pagamentos sem a devida planilha de medição dos serviços contratados.

Em outra irregularidade, a Secid pagou R$ 209.925,90 à empresa Bismarck Guimarães referentes a recueperação de ruas, estradas, barragens e açudes na cidade de Coelho Neto. A realização da despesa não teve o prévio empenho.

Em outro contrato, Filuca Mendes contratou o Intituto Ana Pinheiro Cruz por R$ 983.719,50 para viabilizar a substituição de 150 casas no município de Pinheiro, construídas em alvenaria, cobertas de telhas. Foram encontradas várias irregularidades, desde a não localização dos imóveis até a ausência da identificação das pessoas beneficiadas. Exatamente na cidade de Pinheiro, terra natal do senador José Sarney e do ex-secretário Filuca Mendes.

A OSCIP Ana Pinheiro Cruz, que tem sede na rua 02, número 273, onde funciona o prédio da Associação Comercial de Pinheiro, não existe. Seus dirigentes têm profundas ligações com Filuca Mendes, desde a época em que ele foi prefeito da cidade.

Por contratação de emrgência, a Secid desembolsou R$ 24.862.782,72 para prestação de serviços de horas máquinas e equipamentos para reparos de ruas, estradas, recuperação de açudes e barragens nos municípios afetados pelas enchentes no estado.

No caso acima, a Controladoria não encontrou critérios específicos e determinantes para definição dos quantitativoa das horas máquinas.

Na divisão do bolo aparecem as mesmas construtoras e outras novas, como American Brasil Construções, C.A.D. P Construções, Cian Engenharia, Construtora Digão, Construtora MIS, Construtora Sabiá, Géia Construções, Ercom Construções, H.F Construções,JGM Construções, Lideral Empreendimentos, M.E Terraplanagem, Mega Empreendimentos, PS Construções, Pavitec, Planet Construções, Solar Construções, RN da Sousa,

Outro fato localizado pela CGE diz respeito a contratação direta por emergência no valor de R$ 14.028.132,44 também para aluguel de horas máquinas, para remoção de escombros, desobstrução de bueiros, o de ruas sem dedinição do quantitativo de horários.

Neste caso,só a CCG levou R$ 3.070.057,45. O proprietário da empresa, conhecido por Cesinha, é amigo pessoal do ex-secretário e hoje um dos que esbanjam carrões importados em São Luís.

Para complicar mais ainda o quadro de corrupção, Filuca Mendes fez uma série de convênios com prefeitura inadimplentes ao valor de R$ 11.735.235,18, fora e dentro do período vedado pela legislação eleitoral.

A Controladoria desctetou ainda a realização de convênios cujas vigências estavam expiradas e conforme informações do Setor de Convênios da Secid eram inadimplentes, ao valor de R$ 28.485.493,35. Abaixo a relação das prefeituras e os respectivos valores.

Por fim, os aditores Henrique Silva Campos, Amância Conceição Pereira e Maria Helena de Oliveira Costa apontam uma série de ilícitos.