Dilma pede e Flávio Dino permanecerá por mais alguns dias à frente da Embratur

Flavio-Dino-com-Dilma1Depois de já ter anunciado a sua despedida da presidência da Embratur para o dia de hoje, Flávio Dino, atendendo a pedido da presidente Dilma Rousselff no final da tarde desta segunda-feira (17) permanecerá no cargo até que a chefe do executivo defina a pessoa que o substituirá.

A presidente Dilma fez este pedido a Flávio Dino em razão de ainda não ter concluído as negociações políticas para a definição do novo titular da autarquia, o que deverá ocorrer nos próximos dias.

Flávio Dino: Virando a página da vida

flavio_2303-199x30055216Em artigo publicado no portal Maranhão da Gente, o presidente da Embratur, Flávio Dino* fala sobre o trabalho que desenvolveu na estatal e sobre os planos de trabalho para os próximos 11 meses, antes de sair do cargo para disputar as eleições ao governo do Maranhão. Segue abaixo:

Neste mês de janeiro, tenho me concentrado na finalização de um planejamento detalhado para o trabalho da Embratur nos próximos 11 meses. Quero deixar um plano de voo bem traçado para análise do meu sucessor, a ser escolhido pela presidenta Dilma nas próximas semanas. Este ano será decisivo para a continuidade do crescimento da nossa economia do turismo. A Copa do Mundo será o principal capítulo da trilha de megaeventos que o Brasil vem seguindo desde que começou a Conferência ONU Rio+20, em 2012.

Nos 31 meses em que estive à frente da Embratur, tive como objetivo principal aproveitar a audiência mundial voltada a esses eventos para criar uma forte corrente de interesse em visitar o Brasil. Ajudamos a realizar a Jornada Mundial da Juventude, da Igreja Católica, e a Conferência Rio+20, além de termos atuado fortemente em atividades promocionais relativas à Copa das Confederações.

Quando assumi a Embratur, todos os Escritórios Brasileiros de Turismo (EBTs) estavam fechados. Após um procedimento altamente complexo, abrimos 13 representações do turismo brasileiro, alcançando os principais países emissores de turistas ao Brasil. Agora estamos presentes na Ásia, Américas e Europa, com executivos capacitados e motivados.

Fortalecendo as parcerias com os estados e com o setor privado, criamos o “Goal to Brasil”, um novo formato de seminário promocional, que acabou sendo premiado em três categorias do Stevie Awards 2013 – um prêmio internacional concedido na Espanha às melhores ações promocionais.

Porém, aquele que considero o principal legado da nossa gestão é a ênfase na articulação entre cultura e turismo. Estamos lançaando o Programa de Promoção das Cidades Históricas, do qual São Luís fará parte. Esse programa se soma a editais de patrocínio para ações culturais, apoio a festivais de filmes brasileiros, projeção mundial da nossa gastronomia, shows de música brasileira, apoio à promoção de festas juninas, divulgação da nossa literatura e muitas outras iniciativas. Com isso mostramos que o Brasil é muito mais do que sol e praia, e que somos, de fato, uma civilização original, tropical e humanista – como dizia o genial Darcy Ribeiro.

Não posso deixar de mencionar o programa Turismo sem Limites, que propiciou a pessoas com deficiência viverem e difundirem experiencias absolutamente emocionantes, como retratado na reportagem de um jornalista paraplégico que fez mergulho em Fernando de Noronha.

Fico feliz em saber que essas ações obtiveram resultados e entregarei o posto a meu sucessor com todos os indicadores do turismo internacional em melhor situação que os encontrei.

Em dezembro último, ultraamos o patamar de 6 milhões de estrangeiros em nosso país, um marco histórico jamais alcançado antes. Na última sexta-feira, o Banco Central informou que o volume de dólares deixados em nosso país por turistas estrangeiros em 2013 também foi o melhor de nossa história, feito especialmente importante se considerada a desvalorização do real. Em 2013, com menos dólares os estrangeiros compraram mais reais, e ainda assim seguimos crescendo em dólares, o que é revelador da pujança do nosso turismo receptivo internacional.

Em termos de exposição de notícias positivas sobre o Brasil no exterior, que é uma das missões primordiais da Embratur, também obtivemos sucesso aferível em números. No período em que estive à frente da autarquia, conseguimos dobrar o volume de reportagens sobre os nossos destinos turísticos em veículos estrangeiros, com expressiva presença do Maranhão.

Nas primeiras semanas de fevereiro, arei a me dedicar exclusivamente a um novo projeto: ajudar o Maranhão a encontrar um caminho de desenvolvimento, igualdade e democracia, por intermédio da nossa vitória eleitoral no dia 5 de outubro.

Desejo que este ano seja fecundo para o turismo brasileiro e que todas as boas sementes plantadas por empresários, profissionais e servidores possam brotar. É hora de lutar para que no Maranhão floresçam todos os sonhos e esperanças plantados por diferentes gerações ao longo das últimas décadas.

*Flávio Dino foi deputado federal (PCdoB-MA) e ex-juiz federal, é presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo).

Céus abertos ao turismo, artigo de Flávio Dino

Por Flávio Dino

Flavio dinoCom nossos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, que se espalham do frio do Cone Sul das Américas ao clima quente e úmido em que estamos inseridos no Maranhão, é inimaginável pensar em turismo no Brasil sem o transporte aéreo. Esse insumo básico para o turismo no Brasil e para o Brasil – o avião – tem sido motivo de preocupação por parte da Embratur nos últimos anos. Por razões comerciais, as empresas têm concentrado voos em poucos aeroportos, de maior fluxo de pessoas, como forma de potencializar ganhos diante do aumento de custos provocado pela alta do dólar.

Menos voos em menos aeroportos é um problema grave para o turismo em um país continental como o nosso, ainda mais visando a Copa do Mundo que se avizinha. Das 12 cidades-sede da Copa, espalhadas por todas as regiões do país, apenas 4 tiveram aumento da oferta de assentos nos últimos 12 meses.

Em dezembro, quando houver o sorteio de chaves da competição, saberemos as seleções que jogarão em cada cidade. Mas, somente ao final da primeira fase, o turista saberá em qual cidade sua seleção jogará as oitavas, quartas ou semifinais. Ou seja, só a partir daí poderá comprar suas agens de avião, se desejar acompanhar integralmente o time do seu país. Nas condições atuais, o estrangeiro que se dedicar a seguir sua seleção terá de ultraar as barreiras de preços muitas vezes proibitivos ou de conexões absurdas país afora.

Nada que, infelizmente, já não faça parte da rotina de quem viaja de avião pelo país. Após o crescimento impressionante de 30 milhões para 100 milhões de ageiros/ano em apenas uma década de política de distribuição de renda, o fluxo de ageiros corre o risco de voltar a estagnar. A elevação de preços, redução de voos e excesso de conexões estão entre os gargalos. Uma hipotética viagem entre dois pontos do Nordeste – São Luís e Aracaju, por exemplo – representa uma romaria pouco agradável de aeroporto em aeroporto, com duração inacreditável.

Ações imediatistas de algumas empresas acabam por multiplicar os problemas. Cabe ao Estado atuar para determinar ou estimular soluções que garantam o fácil trânsito de turistas pelo Brasil. Por isso, a presidenta Dilma lançou o programa de regionalização dos aeroportos, visando investir R$ 7 bilhões na reforma de 270 aeroportos de médio e pequeno porte.

Na semana ada, estive com o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, e pude acompanhar o andamento do programa. Tive a satisfação de verificar que alguns aeroportos maranhenses estão entre os prioritários. Em nosso estado, as obras serão iniciadas com maior rapidez em Santa Inês e Bacabal, por necessitarem de intervenções menos complexas. Os aeroportos de Balsas e Barra do Corda também estão na lista prioritária da SAC, mas precisam de obras mais complexas, que exigirão mais tempo. Em fase mais avançada está a construção de um novo terminal de ageiros em Barreirinhas e a liberação da pista.

Essas obras, tão sonhadas por empresários e trabalhadores de todo o Maranhão, vão dinamizar a vida social e econômica de cada uma dessas cidades e seus entornos. No caso dos Lençóis Maranhenses, a Embratur vê um potencial gigantesco a ser explorado com a vinda de estrangeiros para a Copa. Fortaleza é, junto com o Rio de janeiro, a cidade que mais receberá jogos na Copa do Mundo.

Mas não basta ter mais aeroportos se não houver mais voos e mais aviões. Por isso, precisamos fortalecer economicamente as empresas existentes, abrir ainda mais o nosso mercado à concorrência e utilizar todos os recursos do programa lançado pela presidenta Dilma destinados ao apoio a novas empresas de aviação regional. São os fundamentais para que o turismo continue a quebrar recordes ano a ano, como tem sido até aqui.

Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal

Bumba meu boi na Itália

Flávio Dino

Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal

A presidenta Dilma apresentou esta semana o cronograma de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Cidades Históricas. Serão investidos R$ 1,6 bilhão para recuperar 425 imóveis e espaços públicos em 44 cidades de 20 estados ao longo dos próximos três anos. Além disso, o governo vai disponibilizar outros R$ 300 milhões em linhas de crédito para financiamento de reformas em propriedades privadas.

Obviamente, nessa lista não poderia faltar a nossa querida São Luís, cuja rara beleza do Centro Histórico a colocou na seleta lista de 12 Patrimônios Culturais da Humanidade reconhecidos pela Unesco no Brasil. Prestes a completar 401 anos, nossa capital precisa da conjugação de investimentos a fim de manter viva tão poderosa memória, de modo a servir para delinear a nossa identidade cultural e para projetos de desenvolvimento no âmbito da economia criativa.

Assim, o aporte financeiro do governo federal é muito importante em uma área vital para o turismo internacional no Brasil. As cidades históricas são verdadeiros “chamarizes” para o turista, como bem definiu a presidenta Dilma. Preservadas, elas geram emprego e renda para os cidadãos e transformam-se em uma importante alavanca de desenvolvimento regional.

Pesquisa realizada pela Embratur junto aos turistas que vieram ao Brasil para a Copa das Confederações, em junho, mostrou que o principal interesse deles, entre um jogo e outro, era justamente visitar nossos atrativos históricos e culturais. Mais da metade (51%) dos estrangeiros visitaram bairros históricos e 40% foram a museus, casas de cultura e exposições.

Imaginemos então o potencial que há para a Copa do Mundo 2014, quando 600 mil estrangeiros visitarão o Brasil. São Luís pode se beneficiar diretamente graças à proximidade com Fortaleza, a cidade-sede que mais receberá jogos, ao lado do Rio de Janeiro. É preciso fazer valer essa oportunidade.

A Embratur está fazendo sua parte, projetando fortemente o Maranhão no cenário internacional, com dezenas de iniciativas. Foi o que ocorreu na última quinta-feira, quando o Boi de Morros apresentou-se na Praça Navona em Roma, para cidadãos, operadores de turismo e jornalistas, com excelente repercussão.

A presença do Boi de Morros na capital da Itália representou o lançamento mundial dos projetos da Embratur para as Festas Juninas de 2014. Iremos lançar, em setembro, um edital de R$ 3 milhões para promoção no exterior de nossas festas juninas. As celebrações a Santo Antonio, São João, São Pedro e São Marçal são festas tipicamente brasileiras – ao lado do carnaval – que nos diferenciam no mundo e mostram um pouco do que somos. Promovê-las no exterior é uma forma de aproveitar a feliz coincidência de a Copa do Mundo 2014 ser realizada no mês de junho, levando ao imaginário mundial as Festas Juninas como algo tão facilmente identificado com o Brasil.

Como afirmou Dilma, “preservar essa memória é um pré-requisito para sermos uma nação que se levanta sobre seus próprios pés”. Estou seguro que o Brasil saberá priorizar isso nos próximos anos. E que o Maranhão seguirá esse caminho, utilizando riquezas tão poderosas como os nossos prédios históricos, os nossos recursos naturais, a nossa cultura – da qual o bumba meu boi é tão expressiva representação.

Flávio Dino fala de impacto positivo dos megaeventos

Em entrevista a um conjunto de rádios de todo o Brasil, o presidente da Embratur destacou o impacto financeiro dos megaeventos na promoção turística do Maranhão.

EmbraturO presidente da Embratur, Flávio Dino, participou, na terça-feira, 16, do programa de rádio Brasil em Pauta, que contou com a participação de emissoras de todo o país. Em toda a entrevista o presidente ressaltou o retorno financeiro que os megaeventos garantirão ao país, e, sobretudo, ao Maranhão.

No programa, que tem coordenação e produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços, Flávio Dino abordou as múltiplas oportunidades de promoção turística do estado, mesmo não tendo cidade sede.

“Durante a Copa das Confederações foram injetados R$ 740 milhões na economia do país. Para que o Maranhão não fique de fora desses ganhos, estamos promovendo o estado como destino turístico associado à sede de Fortaleza. Para tanto, estamos investindo na divulgação da rota das emoções que abrange o trecho entre Jericoacoara e Barreirinhas, englobando de modo geral toda a região leste do estado”, avaliou Dino.

Em resposta ao radialista Juracy Vieira Filho, da Rádio Timbira AM, Flávio Dino relembrou todo o trabalho que já foi feito para promover o estado dentro e fora do país, apostando em roteiros de ecoturismo, turismo de aventura, no segmento sol praia e no turismo cultural.

“Esse ano já levamos jornalistas estrangeiros ao estado, que inclusive produziram ótimas matérias sobre as festas juninas do Maranhão, com divulgação na Itália e na França. A soma dos nossos esforços com as potencialidades de cultura, patrimônio histórico e natureza garantirão o fortalecimento do turismo no Maranhão”, afirmou.

“Estamos realizando ainda um trabalho em parceria com a prefeitura de São Luís que já nos apresentou diversas propostas de eventos internacionais, que já estão sendo encaminhadas. Além disso, já tivemos oportunidade de apoiar eventos artísticos abrangendo vários grupos culturais da nossa cidade como Boi Barrica, Boi de Morros, Flávia Bittencourt, Zeca Baleiro, entre outros. Todos esses esforços são para que o estado seja inclusivo na rota internacional de turismo”, reiterou Dino.