Celebrando a esperança e dignidade

ROBSON PAZ*

DSC_8373A escola é certamente uma das instituições públicas mais presentes na vida dos maranhenses. É também seguramente o serviço público com maior potencial de transformação de nossa sociedade.

Por certo esta é uma das razões da felicidade e emoção de professores, alunos e pais com a recente reestruturação e entrega de mais de 30 escolas pelo governo. Outras dezenas estão em obras por todas as regiões do Estado e até 2018 serão construídas 300 escolas dignas.

A sede de educação com qualidade foi manifestada, por meio de discursos e manifestações de agradecimento ao governador Flávio Dino, nos municípios.

Em Coroatá, onde três escolas foram completamente restauradas, profissionais da educação e alunos sublinharam a emoção de ver que, agora, além dos bons profissionais, terão boas acomodações, melhor estrutura e equipe qualificada para trabalhar. “Hoje, já não somos mais invisíveis e a prova disso é que estou aqui em nome de todos os alunos da escola Clodomir Millet agradecendo esse gesto que nos dignifica e nos motiva ao aprendizado”, disse a aluna, emocionada.

Foram décadas de abandono das escolas, que culminou com a falta de professores, material didático, ventiladores quebrados, carteiras danificadas e falta de merenda com qualidade. “Após esta longa espera um dia apareceu um governador querido enviado por Deus e que vendo a nossa angústia de nós se compadeceu e realizou o milagre”, nas palavras da professora de São Mateus, a constatação de que o sonho de ter escolas dignas se tornou quase uma súplica.

Há relatos de escolas com mais de 30 anos sem ar por reformas. De um estudante são-mateuense o reconhecimento da dimensão transformadora da educação. “…este investimento que o governo faz é a mais forte maneira de acabar com a criminalidade, oportunizando uma educação de qualidade para todos”.

Difícil acreditar que aqueles que governaram por meio século o Maranhão tenham desprezado tanto a educação de nossa gente.

O patrono da educação brasileira Paulo Freire traduziu com rara sensibilidade e precisão as razões que levam as classes dominantes a negarem tão precioso direito. “Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”.

Não por acaso, aqueles que deveriam zelar pela garantia de serviços públicos, no ado, estão envoltos em delações sob acusação de desvios milionários de recursos públicos. Um contraste com a celebração da esperança e dignidade de quem crer que com escolas dignas teremos uma sociedade capaz de promover a verdadeira libertação das injustiças sociais, a efetiva democratização e a transformação da realidade excludente da maioria dos maranhenses. Cenário que começa a mudar a partir da valorização dos professores, da reestruturação e democratização das escolas, tornando-as dignas das esperanças de nosso povo.

*Radialista, jornalista. Subsecretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos

Inscrições para eleição de gestores escolares da rede estadual começam hoje

Nesta quarta-feira (15), serão abertas as inscrições para candidatos aos cargos de gestores/diretores e gestores auxiliares/diretores adjuntos das escolas da rede estadual de ensino. As inscrições devem ser feitas, exclusivamente, nas Unidades Regionais de Educação (UREs) até o dia 30 deste mês.

O processo de escolha através de eleições foi regulamentado pelo Decreto Nº 30.619, de 02 de janeiro de 2015, pelo governador Flávio Dino. O processo visa assegurar o caráter formativo e educativo da gestão democrática, com a participação da comunidade escolar na eleição. Ao todo serão 1.203 vagas distribuídas em escolas das 19 UREs. Desse total, 5% das vagas ficarão reservadas aos candidatos que se declararem pessoas com deficiência, desde que apresentem laudo médico.

Podem candidatar-se aos cargos, profissionais da educação que tenham curso de licenciatura plena ou graduação em Pedagogia; sejam efetivos na rede pública estadual; tenham pelo menos três anos de efetivo exercício do magistério; estejam em efetivo exercício na escola há pelo menos seis meses, comprovados por meio de declaração do chefe imediato; e comprovação de que não estejam em processo de aposentadoria.

Cada profissional poderá concorrer à direção de apenas uma escola. Nas unidades escolares onde não existir candidato com a formação exigida, poderão se inscrever profissionais da Educação Básica que estejam cursando nível superior e possuam formação de nível médio com magistério. Os candidatos devem formar chapas completas com gestor e gestor auxiliar.

A lista de documentos que devem ser apresentados no ato da inscrição pode ser encontrada no edital do processo eleitoral de gestores, no site da Seduc. No momento da inscrição o candidato deve apresentar a Carta de Intenção e o Plano de Melhoria da Escola (conforme anexos que constam no edital). A eleição para gestor/diretor escolar envolverá professores, funcionários, alunos e pais, e tem data marcada para o dia 19 de junho.

Ideb: Minas Gerais, U.I. Jacioca, E.M Rui Barbosa, Domingos Boueres são as melhores escolas de Bequimão

Os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) apontam a Escola Municipal Rui Barbosa como a única instituição de ensino fundamental de Bequimão a atingir a meta estabelecida para 2011. A escola obteve como resultado 2.7 pontos exatamente a meta projetada pelo MEC. No ano de 2009, a E.M. Rui Barbosa registrou no ciclo incial até a 4ª série / 5º ano a média de 2,4 pontos. Portanto, melhorou em 0.3 pontos. Clique sobre a imagem abaixo e veja os detalhes:

Embora tenha obtido a maior média do município com 3.9 pontos a U.E. Estado de Minas Gerais não alcançou a meta projetada de 4.2 pontos para 2011. No entanto, é a escola com a maior média do Ideb registrado até a 4ª série / 5º ano.

A segunda escola com maior nota no Ideb é  U.I. Jacioca, que obteve média de 3.4 pontos. Como não obteve média na Prova Brasil em 2009, não tinha meta estabelecida para 2011. Já a meta para 2013 é de 3.7 pontos.

SEGUNDO CICLO

Na avaliação da 8ª série / 9º ano do ensino fundamental apenas as escolas U.E. Estado de Minas Gerais com 3.5 pontos e U.I. Domingos Boueres, com 2.9 pontos registraram nota em 2011. Como não obteve média na Prova Brasil em 2009, a Minas Gerais não teve meta projetada para 2011. Por outro lado, a média estabelecida para o Domingos Boueres para 2011 era de 3.3 pontos, ficando a 0.4 pontos de alcançar a meta. Clique sobre a imagem abaixo e veja os detalhes:

Leia também

EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO MELHOROU, SEGUNDO IDEB

RESULTADO DO IDEB E A ‘REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO’ DE ROSEANA SARNEY

Maranhão tem 161 escolas com nome dos Sarney

No estado, 61% dos moradores não têm nem ensino básico

De O Globo

CHICO OTAVIO

Nome de Roseana Sarney ainda não cobriu o de Paulo Freire em escola rebatizada, mas já está nos uniformes escolares

No ano em que foi declarado patrono da educação brasileira, Paulo Freire (1921-1997) ficou menor no Maranhão. Por decisão da Secretaria estadual de Educação, o nome do educador será apagado da fachada do prédio anexo de uma escola pública de Turu, bairro de São Luís. Em seu lugar, será pintado o novo nome da escola: Centro de Ensino Roseana Sarney Murad. Os uniformes dos alunos já foram mudados.

No Maranhão, o sobrenome Sarney já está em 161 escolas, mas a mudança em Turu não deve ser interpretada apenas como mais um sinal do culto à família de Roseana. Para a direção da escola, o importante é ter a certeza de que o nome da governadora pintado na fachada atrairá mais recursos e outros paparicos da istração central de um estado onde 61% das pessoas, com 10 anos de idade ou mais, não chegaram a completar a educação básica (de acordo com dados do Censo 2010). Isso é sarneísmo, movimento político liderado pelo senador José Sarney (PMDB), que comanda o Maranhão há quase cinco décadas.

— Sarney nem mora aqui. Seu controle só é ativado em momentos muito específicos — disse o professor Wagner Cabral, do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Sarneísmo, uma história de 47 anos

Reportagem publicada ontem no GLOBO revelou a existência de uma rede de falsas agências de turismo que fornece mão de obra barata, arregimentada no interior do Maranhão, para a lavoura de cana-de-açúcar e para a construção civil do Sudeste e do Centro-Oeste. Para os especialistas ouvidos pelo jornal, o fenômeno é resultado de uma perversa combinação de fatores, da má distribuição da terra à tragédia educacional no estado, todos fortemente associados ao sarneísmo.

Desde 1965, quando José Sarney (PMDB) assumiu o governo maranhense, o grupo do atual presidente do Senado venceu dez eleições para governador, chefiou o Executivo local por 41 anos e só perdeu o controle político do estado em duas ocasiões: quando o aliado e então governador José Reinaldo Tavares rompeu com o sarneísmo, em 2004, e dois anos depois, quando Jackson Lago (PDT) derrotou sua filha e herdeira política, Roseana, que concorria ao terceiro mandato de governadora. Mesmo assim, por pouco tempo: em 2009, Lago teve o mandato cassado por compra de votos.

O sarneísmo é um movimento diferente de outras correntes políticas, como o getulismo ou o brizolismo. Não se sustenta na adoração da figura do líder e nem tem uma base popular. Em lugares como Codó, Timbiras e Coroatá, cidades a 300 quilômetros de São Luís, que formam uma espécie de enclave do trabalhador barato no interior do estado, só se vê o nome Sarney em prédios públicos. Todavia, a cada abertura das urnas eleitorais, a família reafirma um poder que nem a estagnação econômica foi capaz de ameaçar.

— De um lado, Sarney é homem de ligação com o governo federal. Tem poder em Brasília por ser uma peça fundamental no jogo da governabilidade. De outro, mantém as prefeituras de pires na mão — sustenta Wagner Cabral.

— Ele fala por uma questão ideológica e política. Sarney proporcionou um salto de progresso no estado. Os fatos históricos são diferentes — rebate o jornalista Fernando César Mesquita, porta-voz de Sarney.

No Maranhão, a força do sarneísmo está na pequena política. Quando descobriu que a escola Paulo Freire, onde trabalha, seria rebatizada com o nome da governadora, a professora Marivânia Melo Moura começou a ar um abaixo-assinado para resistir à mudança. A retaliação não demorou:
— A direção ameaçou transferir-me — disse a professora, que mora no mesmo bairro da escola e vai de bicicleta ao trabalho.

A Secretaria de estado da Educação alega que o anexo da escola Paulo Freire mudou de nome porque foi incorporado à estrutura, já existente, do Centro de Ensino Roseana Sarney Murad, “devido à necessidade de uma estrutura organizacional, com regimento, gestão e caixa escolar próprios, no referido anexo”.

O Maranhão, onde quase 40% da população é rural, é uma espécie de campeão das estatísticas negativas. Enquanto o Brasil tem 28% de trabalhadores sem carteira assinada, o percentual no estado supera os 50%. Na relação dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, listados pelo IBGE, nada menos do que dez cidades são maranhenses. O chefe do escritório regional do Instituto, Marcelo Melo, acrescenta ainda que apenas 6% dos maranhenses estudam em cursos de graduação, mestrado e doutorado. Separados, os números já assustam. Se combinados, o efeito é devastador.
— O resultado desses índices de qualificação é uma mão de obra de baixa qualidade.

O professor Marcelo Sampaio Carneiro, do Centro de Ciências Sociais da UFMA, explicou que a estrutura do mercado de trabalho no Maranhão possui duas características principais. A primeira é a elevada participação do trabalho agrícola no conjunto das ocupações, com destaque para os postos de trabalho gerados pela agricultura familiar. Por conta de diversos fatores, ele disse que tem havido uma forte destruição de postos de trabalho nesse setor. De acordo com o Censo Agropecuário, em 1996 existiam 1.331.864 pessoas ocupadas no campo maranhense; em 2006 esse número baixou para 994.144 pessoas. Isso explica, por exemplo, o arco de palafitas miseráveis que cerca o centro histórico de São Luís.

A segunda é a inexistência de ramos industriais dinâmicos que consigam absorver essa oferta de mão de obra, já que a principal atividade industrial no Maranhão é o beneficiamento primário de produtos minerais, como a fabricação de alumínio e alumina pela Alumar e a produção de ferro-gusa por pequenas unidades fabris instaladas ao longo da Estrada de Ferro Carajás. Por esse motivo, o estado, que nos anos 50, 60 e 70 do século ado recebia migrantes, ou, a partir dos anos 1980, a exportar mão de obra. E nem mesmo a sistemática transferência de recursos, via programas sociais, foi suficiente para deter esse esvaziamento:

— A transferência de renda pode até livrar as famílias da fome, mas não é capaz de dinamizar a economia da região — disse Carneiro.

O pum da educação

Do Jornal Pequeno

O Maranhão lê contristado, desalentado, duas notícias que fixam a dimensão exata do tratamento dado pelo governo Roseana Sarney à educação; a mesma educação considerada mundo afora pilar do desenvolvimento de qualquer Estado e de qualquer país.

A primeira revela um grau de incompetência e perversidade gerencial sem paralelo em outros cantos do país: o governo está desativando escolas do ensino médio, o que já aconteceu em Codó, São Luís e Caxias. A segunda é um marco intransponível da inconsciência istrativa e também sem paralelo no Brasil: a Seduc perdeu o prazo de cadastramento no Programa Pró-Jovem Urbano, do Governo Federal, deixando milhares de estudantes maranhenses sem os recursos do Programa que, além de uma Bolsa de R$ 100 garante matrícula para conclusão do ensino médio ou curso profissionalizante, creche e alimentação para as crianças, no caso dos beneficiários serem pais.

É de doer. Os protestos de mais de 400 alunos do município de Codó chamaram a atenção para esse delírio de considerar ‘espaços ociosos’ escolas de ensino médio. Nem precisamos dizer que sem conhecimento não há possibilidade de crescimento profissional. Só temos a lamentar que, nessa era de grandes transformações tecnológicas, o próprio governo, através de seja lá quem for o beócio que gerencie a Secretaria de Educação, esteja disposto a transformar o Maranhão numa cloaca de analfabetos funcionais.

Nos dias de hoje, sem conhecimento sistematizado não existe impulsão possível para qualquer que seja a sociedade, não há porque se falar em ascensão social e igualdade de oportunidades. A ideia que predomina é aliar a educação à política, economia, justiça e saúde para, assim, alcançar o desenvolvimento e o progresso. Mas a resposta do governo do Estado é fechar escolas, é perder, por ociosidade e burrice profilática, recursos federais que muito contribuiriam para o soerguimento da educação no estado.

Enquanto em outros estados e países estudos avançados incluem a informática, a robótica, a microeletrônica, a biotecnologia, dentre outra ciências exigidas pelo mercado de trabalho, no Maranhão, se duvidar, em breve nem ensino médio teremos mais. Com o fim do Pró-Jovem nem a escassa oportunidade de um curso profissionalizante, de vital importância para a renda familiar, será dada à juventude maranhense.

A mente ‘brilhante’ que arquitetou essa ideia só pode ser de algum adepto do fim da História. O fim da história do Maranhão. Era o que faltava para a conquista do título definitivo, para todo o sempre, de pior governo da história do Brasil. Acabar com o ensino médio, considerar escolas de ensino médio espaços ociosos, não é apenas um atestado de loucura. É o pum da educação.

Oligarquia Sarney dá nome a 161 colégios no Maranhão

Da Folha de S.Paulo / Blog Marrapá

Escola do bairro do São Francisco: dois Sarneys no nome

Em alguns estados brasileiros, o batismo de escolas parece ser estratégia de autopromoção de políticos. No Maranhão, por exemplo, o sobrenome Sarney está em 161 escolas (179 em todo o país). O ex-presidente José Sarney dá nome a 92. Sozinho, supera a soma de seus sucessores – Collor, Itamar, FHC e Lula –, presentes em 15 escolas do país.

Na Bahia, entre os nomes mais comuns estão Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), em 119 escolas, e Luís Eduardo Magalhães (1955-1998), em 101. Somados, os dois superam o número de homenagens em todo o país para a Princesa Isabel, o Papa João Paulo 2º ou o escritor Machado de Assis.

A prática é utilizada também em municípios. É o caso da cidade fluminense de Magé, com 223 mil habitantes. Das 87 escolas municipais, 21 têm o nome Cozzolino, o mesmo da ex-prefeita afastada por denúncia de corrupção em 2009, Núbia Cozzolino. Como o MEC não divulga estatísticas sobre nomes mais comuns em escolas, foi preciso fazer uma pesquisa nome por nome, para descobrir quantas vezes ele se repetia.

Embora não seja um levantamento completo, a reportagem procurou incluir nomes de figuras históricas ou políticos locais para identificar os que possivelmente usam o batismo de escolas como estratégia de autopromoção.

A prática é comum, apesar de uma lei federal de 1977 que proíbe atribuir nomes de pessoas vivas a bens públicos da União e a estabelecimentos que recebam verbas federais, caso de escolas.

Para o professor da Faculdade de Educação da UFRJ, Luiz Antônio Cunha, os alunos acabam sendo influenciados pois é comum escolas ensinarem quem são as personalidades que dão nome a elas.

“É a utilização da fachada da escola como outdoor. Uma expressão clara do patrimonialismo político, do uso privado do espaço público e dos alunos como destinatários cativos da celebração de algumas figuras políticas.”

Piores escolas no Enem são do Maranhão e Espírito Santo

Dez entre as 20 piores são dos dois Estados; colégio “lanterninha” foi alvo de denúncias

Do R7

Os Estados com maior número de escolas na “zona de rebaixamento” do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) são Maranhão e Espírito Santo, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (12) pelo MEC (Ministério da Educação). Juntos, os dois Estados têm dez instituições de ensino entre as 20 piores escolas do ranking – todas as “lanterninhas” são públicas.

A escola com nota mais baixa do país é a maranhense Complexo Educacional Ardalião Pires, com sede na cidade de Três Lagoas do Manduca, na zona rural do Estado.

A nota obtida pela escola foi 417,3 – uma pontuação 67% menor do que a primeira maranhense, o colégio particular Jardim Escola Crescimento, que fez 697,6 no Enem.

Em comparação com a melhor do país, a escola carioca São Bento (761,7 pontos no Enem), a instituição do Maranhão obteve nota 54,8% menor. O colégio “reprovado” foi alvo, em setembro de 2010, de denúncias de contaminação da água servida aos estudantes, que estariam infestadas por ratos.

Lanterna

Além da “lanterninha”, o Maranhão é responsável por outras quatro escolas na “zona de rebaixamento”: José Maria de Araújo (434,55 pontos), Professora Martinha Meneses da Silva (436,79), Isaac Martins (447.54 ) e Kiola Costa (449.13).

A pior do Espírito Santo não está muito distante da última colocada no ranking geral. A Escola Estadual José Roberto Christo fez só 435,13 e se livrou da “rabeira” por apenas 17 pontos de diferença.

A distância é muito maior quando também comparamos com a melhor do Estado capixaba. A escola José Roberto Christo e o Colégio Leonardo da Vinci estão separados por aproximadamente 240 pontos.

Além dessa, as outras quatro escolas do Espírito Santo que estão na lista de 20 piores são Juvenal Nolasco (446,97), Pacotuba (447,25), Itamira (448,62) e Aladim Silvestre de Almeida (450,2).

As outras dez posições da ponta estão dividas entre os Estados do Piauí (com três escolas), São Paulo (duas), Tocantins (duas), além de Minas Gerais, Maranhão e Goiás (com uma instituição cada).

Em São Paulo, a pior na avaliação do Enem é um colégio indígena localizado no litoral, entre as cidades de Bertioga e São Sebastião. A escola Txeru Ba’ e’ Kua recebeu nota 432 no ranking, bem menos do que o primeiro colocado no Estado, o Vértice, com 743,75 pontos – uma nota 72% maior.

Melhor escola pública

Só uma escola pública está entre as dez melhores do país, segundo o ranking do Enem. O Colégio de Aplicação da UFV (Universidade Federal de Viçosa), com 480 alunos matriculados, obteve média de 726,42 pontos no exame, em uma escala que vai de 0 a 1.000.

Apesar de ser a campeã no ranking das escolas públicas, a instituição federal está em oitavo lugar em comparação com os melhores colégios brasileiros.

Entre as escolas “top ten” do Enem, quatro são de Minas Gerais – Bernuolli, Santo Antônio e o Coleguium, todas particulares, além do Colégio da UFV. Uma surpresa no ranking são as escolas do Piauí – o Instituto Dom Barreto ficou na segunda posição entre os melhores, enquanto o Educandário Santa Maria Goretti está na sétima posição.

Para evitar distorções entre as escolas avaliadas pelo Enem, o R7 considerou o corte de 50% ou mais de participação dos alunos no exame como forma de comparar escolas em situação parecida. A recomendação vem do ministro da Educação, Fernando Haddad, que sugeriu ser “coerente” comparar escolas dentro da média nacional de participação. Os dados do Enem são de 2010, os últimos divulgados pelo MEC (Ministério da Educação).