Promessas do governo ainda não chegaram à rodovia MA 106

Vereadores de diversas cidades da baixada chegaram a interditar a rodovia no início do mês exigindo melhores condições de trafegabilidade, mas permanecem sem resposta.

Redaçao/Maranhão da Gente

vereadores-199x150“Existe um grande desvio de verbas nesse esquema de recuperação asfáltica. O governo divulga que vai colocar uma camada de asfalto, mas, na verdade, realizam no máximo operações tapa-buracos e ninguém sabe o que acontece com as verbas”, assim relatou o vereador Prof. Icélio (PSDB), de Pinheiro, sobre a situação de precariedade das estradas Pinheiro/Cujupe, Pinheiro/Santa Helena e Pinheiro/Presidente Sarney.

Mais de 25 vereadores das mais diversas cidades da baixada maranhense se organizaram desde o início do mês para cobrar do governo do estado soluções para as péssimas condições de trafegabilidade das estradas da Baixada Maranhense. O vereador Prof. Icélio (PSDB), um dos organizadores do movimento, explicou que as operações que já foram feitas prejudicam ainda mais as condições das estradas. “Antes tínhamos diversos buracos, agora temos elevações. O que era côncavo ficou convexo e as dificuldades permanecem inalteradas”, explicou.

Perto de completar um mês que os vereadores se organizaram em protesto, bloqueando a MA-106, o governo do estado ainda não firmou qualquer compromisso com as lideranças da Baixada Maranhense e nenhum representante foi enviado para resolver a situação.

O vereador explicou que o imbróglio entre o governo do estado e empresa que venceu a licitação só tende a prejudicar ainda mais os cidadãos que precisam fazer uso da rodovia. “O governo alega que a recuperação dessas estradas já foi encaminhada. A empresa protesta informando que recebeu apenas para tapar os buracos. A placa indica que a estrada deveria receber 63km de camada asfáltica. Ninguém manda uma resposta, um termo de compromisso. O fato é que estamos sendo ignorados e as dificuldades permanecem”, concluiu.

A promessa da governadora durante o Encontro de Prefeitos foi a de que todas as estradas maranhenses receberiam pavimentação, o que daria ao estado o status de primeiro do Nordeste a ter todos os municípios interligados, mas na MA 106, que dá o a importantes cidades da Baixada Maranhense, por enquanto, somente poeira e buracos recepcionam os motoristas que trafegam pela rodovia.

Mais uma da Polícia do governo Roseana: professor Simão, por pouco não vira um Gerô…

Do Blog Ecos das Lutas

Por pouco, o professor de canto Simão Pedro Amaral não teve o mesmo destino de Gerô...

Ele é negro… logo, é sempre um suspeito, pelo menos para a Polícia.
Ele é uma referência do canto no Maranhão… e daí?  estava nas proximidades do roubo.
Ele é professor e trazia consigo em sua pasta material didático que comprovava sua profissão… professor? então vai ser é esculachado mesmo!
Não adianta dizer que é irmão de Delegado, reconhecido artista maranhense, trabalhador honesto… para a polícia nada cidadã do governo Roseana, é preto, é suspeito.
Que dirá  agora a SEIR? E o movimento negro engajado no governo do PMDB-PT?
Simão só se salvou por que teve um celular a mão… essa não foi a sorte de Gerô!

Professor denuncia agressão e tortura praticadas por policiais militares

“O professor de canto e artista plástico Simão Pedro Amaral denuncia que foi vítima de agressão e constrangimento praticados por dois policiais militares do 8º BPM, que fazem a ronda da comunidade no bairro do Turu. O fato aconteceu na última sexta-feira, dia 4, por volta das 10h, em uma rua deserta que dá o ao condomínio Porto da Barra da Praia, no bairro do Turu, próximo à Faculdade Atenas Maranhense (Fama).

“Foram momentos de verdadeiro terror”, diz Simão. O educador conta que caminhava na estrada, em direção ao condomínio, quando foi abordado por dois policiais, Hernandez Chagas e José Ribamar Vieira, que estavam em uma viatura do 8º BPM, de placa NMU 4540 (Ronda da Comunidade), que ordenaram que parasse imediatamente para uma revista. O professor indagou porque ele seria revistado. Os policiais disseram  que ele seria “suspeito” porque possui as características de um marginal que acabara de assaltar uma moradora da área. Samuel tem perfil físico afro-descendente, ou seja, é negro.

Enquanto estava sob revista, a vítima explicava aos policiais que é professor lotado no Centro de Ensino Bernardo Coelho de Almeida (BCA), que dá aulas na Escola de Música do Estado, que é de boa família e, inclusive, tem parentes em corporações militares e um irmão delegado de polícia. Porém, as explicações do professor não foram suficientes para evitar que um dos policiais lhe desse um soco no rosto, mandando que calasse a boca, com palavras de baixo calão. Revoltado com a agressão, o professor disse aos policiais que iria denunciá-los pela agressão e pelo constrangimento ao qual estava sendo submetido. Com isso, um dos policiais lhe empurrou violentamente para o interior da viatura.

Após entrar no veículo, o professor conta que os policiais ficaram dando voltas no bairro do Turu: “uma situação de verdadeiro terror e tortura”, lembra Simão. Mesmo com o clima ameaçador, ele perguntou aos policiais militares para onde estaria sendo levado, mas recebeu como resposta apenas a expressão “cala a boca”. Desesperado, o professor lembrou que tinha um celular no bolso da calça e, sem que os policiais percebessem, discou o número do telefone de sua casa e falou rápido para quem atendeu: “estou em um carro da polícia no Turu e eles vão me matar”.
Depois disso, os policiais pararam em um ponto de maior movimento do bairro e mandaram o professor descer. Um homem se aproximou da viatura. Foi identificado como marido da vítima do assalto. Porém, o homem não reconheceu o professor como o autor do delito. Percebendo a situação embaraçosa em que se encontravam, os policiais perguntaram ao educador: “ainda vai denunciar a gente?” Ele respondeu que sim. Diante da afirmação em tornar pública a ação dos policiais, Simão foi novamente obrigado a entrar na viatura.

Foi levado para a Delegacia do Turu, onde os policiais abriram um boletim de ocorrência, denunciando-o por desacato à autoridade. No mesmo momento, o professor entrou em contato com um advogado e abriu boletim com registro da ação dos policiais, alegando discriminação racial, agressão física e moral, tortura e sequestro.
Descrevendo os momentos de pânico que viveu como resultado da impunidade em casos de violência policial, Samuel repudia a ação dos policiais e pede justiça: “Espero que esses policiais sejam punidos pelo que fizeram comigo. A polícia tem o dever de dar proteção à sociedade e não de agredir e coagir cidadãos nas ruas”, desabafa o professor.”

Fonte: Sinproessema