No ensino médio, rendimento é maior com envolvimento dos pais

Por Ana Cássia Maturano 

Os resultados de mais uma avaliação das escolas brasileiras saíram. As notícias são promissoras. De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, a meta proposta pelo Ministério da Educação (MEC) foi superada pelo ensino fundamental I e II e atingida pelo ensino médio.

Esse índice é calculado considerando-se o rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil. A ideia é atingir, até 2021, índices europeus, o que foi conseguido atualmente por 3% de escolas de ensino fundamental II e 12,88 % do fundamental I.

Esses dados referem-se ao Brasil como um todo. Porém, variam de acordo com a região, o que não é nenhuma surpresa. A região Nordeste, por exemplo, tem os índices mais baixos considerando-se os anos finais do ensino fundamental. O sudeste apresenta os melhores resultados. As coisas melhoraram, mas as diferenças entre as regiões do país continuam – a mais rica tem uma educação melhor que a mais pobre. A boa escola depende de investimento financeiro e também do interesse de que as coisas mudem.

Indo mais além, existem diferenças gritantes entre as escolas. Enquanto umas não conseguiram atingir 1,0 de média, outras ultraaram a casa dos 8,0. Ainda temos muitos problemas nessa área. A diferença da qualidade de ensino é uma delas, tornando a educação algo injusto em nosso país.

Um dado que chamou a atenção é que a nota dos anos iniciais do fundamental teve um crescimento maior em relação às séries finais e ao ensino médio. A ideia é que houve um investimento maior na fase inicial da escolarização. É o caso da antecipação da entrada do aluno na escola – antes era aos sete anos e hoje é aos seis. Como se vê, quando há empenho, os resultados aparecem. Porém, está mais do que claro que o avanço da educação formal não depende só da escola ou do quanto o poder público se importa com ela. Depende também do aluno e da família por trás. Tanto é assim, que algumas escolas atribuem seus bons resultados ao envolvimento dos pais.

No final do ensino fundamental, ou mesmo no médio, os jovens estão em uma fase mais complicada da vida: a adolescência. São tantas coisas para resolver internamente, em uma época em que o espírito contestador e opositor se inflama, que é até esperada uma queda em seu rendimento. Mesmo que isso seja comum de acontecer, não quer dizer que o aluno deva ser colocado na posição de pobre coitado e que as coisas fiquem como estão. Pelo contrário.

É aí que entra a família. Mais do que nunca, os jovens precisam dela, mesmo que digam o contrário. Além de a fase ser complicada para os pais, eles consideram que os filhos dão conta da escola sozinhos, e acabam deixando tudo por conta deles. Veem isso como uma condição para que cresçam.

Realmente é a fase de caminharem sozinhos, ninguém vai ficar lembrando o filho sobre ter que fazer a lição ou estudar para a prova. Essa responsabilidade deve ser construída antes. Porém, é preciso que os pais estejam atentos, cobrem empenho de seus filhos e os consequentes resultados (naquilo que podem oferecer). Não dá para entrarem na adolescência junto com eles.

No início da escolarização, a participação da família geralmente é intensa. Quando ela vai chegando ao fim, os pais se afastam.

Os índices do governo federal dão um sinal positivo. Mas, em se tratando de educação, que ninguém ache que já está tudo certo. Principalmente num país como o nosso, em que o problema nessa área parece ser crônico. Para crescermos é necessário muito investimento do poder público, aliado ao envolvimento do aluno e sua família com a aprendizagem.

Educação no caminho certo

Do Blog do Fredson
Vi com alegria o avanço de nosso município na educação básica constatado pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Básica) divulgado pelo Ministério da Educação. Pode ainda não ser aquilo que se imagina como ideal para o nosso município, mas demonstra a seriedade com que o nosso prefeito Antonio Diniz (PDT) vem tratando a educação.

Mas, quero falar sobre o desempenho da Unidade Integrada Jacioca. A escola do nosso povoado obteve a segunda melhor avaliação entre as unidades de ensino de nosso município com 3,4 pontos no Ideb. Ficamos atrás apenas da UE Estado de Minas Gerais, tradicional escola da sede.

Como não poderia deixar de ser esse resultado me deixou extremamente feliz. Quero aqui parabenizar todos que fazem nossa escola: diretor, professores, alunos, servidores e as famílias dos estudantes.

Costumo dizer que com educação e com saúde não se brinca e a nossa boa avaliação em nível municipal mostra que estamos no caminho certo.

Temos jovens competentes no quadro da escola somando-se aos profissionais mais experientes. Sempre defendi como prioridade o perfil técnico capacitado dos profissionais e assim temos nomes com preparo e comprometidos com a educação, como o diretor Ivã, os professores César, Josinaldo, Thiago, Leidiane, Emerson, que teve agem importante neste processo, Taís, enfim todos estão de parabéns.

Tenho absoluta certeza que este resultado vai estimular ainda mais estes profissionais, os alunos, os servidores e as famílias a se mobilizarem para que em 2013 a UI Jacioca alcance a meta projetada pelo MEC e se torne a melhor escola de ensino fundamental de nosso município. Temos potencial para isso é só acreditar e trabalhar com seriedade e comprometimento.

O caminho para a melhoria das condições de vida de nossa população certamente é a educação. Estamos no rumo certo!

Ideb: Minas Gerais, U.I. Jacioca, E.M Rui Barbosa, Domingos Boueres são as melhores escolas de Bequimão

Os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) apontam a Escola Municipal Rui Barbosa como a única instituição de ensino fundamental de Bequimão a atingir a meta estabelecida para 2011. A escola obteve como resultado 2.7 pontos exatamente a meta projetada pelo MEC. No ano de 2009, a E.M. Rui Barbosa registrou no ciclo incial até a 4ª série / 5º ano a média de 2,4 pontos. Portanto, melhorou em 0.3 pontos. Clique sobre a imagem abaixo e veja os detalhes:

Embora tenha obtido a maior média do município com 3.9 pontos a U.E. Estado de Minas Gerais não alcançou a meta projetada de 4.2 pontos para 2011. No entanto, é a escola com a maior média do Ideb registrado até a 4ª série / 5º ano.

A segunda escola com maior nota no Ideb é  U.I. Jacioca, que obteve média de 3.4 pontos. Como não obteve média na Prova Brasil em 2009, não tinha meta estabelecida para 2011. Já a meta para 2013 é de 3.7 pontos.

SEGUNDO CICLO

Na avaliação da 8ª série / 9º ano do ensino fundamental apenas as escolas U.E. Estado de Minas Gerais com 3.5 pontos e U.I. Domingos Boueres, com 2.9 pontos registraram nota em 2011. Como não obteve média na Prova Brasil em 2009, a Minas Gerais não teve meta projetada para 2011. Por outro lado, a média estabelecida para o Domingos Boueres para 2011 era de 3.3 pontos, ficando a 0.4 pontos de alcançar a meta. Clique sobre a imagem abaixo e veja os detalhes:

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Educação do município melhorou, segundo Ideb

A educação básica do município de Bequimão melhorou nos últimos anos, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), na última terça-feira, 14.

Nos dois ciclos do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano e 6º ao 9º ano) o resultado foi superior ao registrado em 2009.  No ciclo inicial da 4ª série/5º ano, o município registrou aumento de 0,1 ponto em relação ao índice alcançado em 2009, quando obteve 3,5 pontos. A meta projetada para 2011 de 4,2 pontos não foi alcançada.

 

No ciclo final do ensino fundamental 8ª série/9º ano o resultado foi bem melhor. O município saiu de 2,6 pontos registrados em 2009 para 3,2 pontos em 2011. O aumento foi de significativos 0,6 pontos. Ficou a 0,1 ponto de alcançar a meta projetada para 2011 de 3,3 pontos.

O que é o Ideb

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.

Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.

A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

O objetivo estabelecido pelo MEC quando criou o índice, em 2007, foi que todas as séries atinjam níveis educacionais de países desenvolvidos até a divulgação do índice em 2022. As metas, que fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) é chegar a 6 pontos; para alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) é de 5,5 pontos e para o ensino médio é de 5,2 pontos. A escala vai de 0 a 10.