Zé Inácio toma posse no Incra nesta tarde

Do Blog do Robert Lobato

José Inácio assinado termo de posse em Brasília

Acontece logo mais, às 16h, o ato político de posse do advogado José Inácio Sodré no cargo de Superintendente Regional do Incra.

José Inácio assumiu oficialmente o comando do órgão federal no dia 23 de agosto deste ano, mas somente agora receberá os amigos, correligionários, lideranças políticas e sociais, dirigentes de entidades dos movimentos sociais, vereadores, prefeitos, deputados etc, nesta tarde numa cerimônia que, tudo indica, será muito concorrida.

À noite, a partir das 20:30h, haverá uma recepção no bar Chama-Maré, na praia da Ponta d’Areia, numa confraternização “auto-sustentável”, ou seja, cada um paga o seu consumo, conforme avisa os organizadores do evento.

Acampados fecham INCRA do Maranhão

Do www.viasdefato.jor.br

Nas primeiras horas desta terça feira (30/08) os acampados no INCRA do Maranhão – sem terra, quilombolas e índios – fecharam os dois portões do órgão, não permitindo a entrada de funcionários. A partir de agora, segundo eles, ninguém entra, nem sai do prédio. A pauta de reivindicações inclui a regularização de terras e a solução dos conflitos causados pela ausência destas mesmas regularizações. Hoje, no Maranhão, mais de 80 pessoas que vivem no campo, estão ameaçadas de morte por conta de conflitos fundiários.

Três fatos ocorridos nas últimas horas aumentaram ainda mais a indignação destes camponeses que estão acampados no INCRA do Maranhão, desde o dia 25 de agosto. Enquanto eles estão em São Luís protestando, novos casos de violência e ameaças estão ocorrendo, a cada instante, no interior do estado. Os últimos foram nos municípios de Pirapemas (contra quilombolas), em Bom Jardim (contra índios Awá Guajá) e em Ribamar Fiquene (contra sem terra).

Hoje está previsto uma coletiva dos acampados. No convite encaminhado ontem à imprensa está dito que “o Acampamento Nacional da Via Campesina, instalado em Brasília, chegou ao seu final na última sexta-feira (26 de agosto)”. Porém, no Maranhão, “a sede do INCRA continua ocupada”. Na coletiva, marcada para 9h, os índios, os sem terra e os quilombolas anunciam que vão dizer, em “alto e bom som, os motivos que estão fazendo com que, ao contrário de todo o Brasil, eles continuem acampados por tempo indeterminado”.

PANFLETO ACUSA GOVERNO ROSEANA E O INCRA

Desde ontem a noite circula na mão dos acampados um panfleto que, em um dos lados, inclui o seguinte conteúdo:
“Esta é a foto do enterro de Flaviano Pinto Neto, ocorrido em outubro do ano ado. Ele foi assassinado a mando de latifundiários.

O INCRA e o governo de Roseana Sarney são cúmplices do assassinato de Flaviano Pinto Neto. Eles são responsáveis por omissão diante das ameaças e cumplicidade com o latifundiário.

No ano de 2010, foram assassinados no Maranhão, a mando de latifundiários, os seguintes camponeses: Elias Ferreiras, em São Mateus, Flaviano Pinto Neto, em São Vicente Férrer, Raimundo Pereira, em Codó e Francisco Ribeiro, em Santa Luzia do Tide. Em Centro do Guilherme, madeireiros assam o índio Huninet Ka’apor.

Hoje existe uma lista de cerca de 80 ameaçados. Ela é publica! Já foi divulgada e reada para as ditas autoridades! Neste ano de 2011, nós conseguimos evitar novas mortes à custa de muitas e muitas denúncias, da nossa resistência e mobilização. Porém, os pistoleiros avançam sobre nossas comunidades. O clima em várias regiões é muito tenso.

Por isso, nós estamos aqui, para dizer, em alto e bom som, para o Brasil e para o mundo: NÓS VAMOS RESISTIR E VAMOS DENUNCIAR OS RESPONSÀVEIS POR ESTES CRIMES E POR TODA ESTA SITUAÇÃO!

Reforma agrária já!”

Bira do Pindaré e Inácio Rodrigues discutem questão quilombola

Da Assecom/Gab. do dep. Bira do Pindaré

O deputado Bira do Pindaré (PT) participou na manhã desta segunda-feira (29) de uma reunião com o superintendente do Incra, José Inácio Rodrigues. A conversa aconteceu na sede do instituto e teve como temática principal a questão quilombola.

O superintendente do Incra garantiu que o caderno de pautas dos quilombolas está sendo atendido e que uma possível visita ao Estado do Ministro do Desenvolvimento Agrário está prestes a ser confirmada.

“A pauta pode ser contemplada, em quase todos os pontos, estamos bem encaminhados neste sentido. Precisamos ajustar nosso orçamento e fazer um levantamento dos assentamentos para sabermos onde os recursos serão aplicados”, afirmou Inácio.

De acordo com o superintendente do Incra, dois antropólogos estão no Maranhão fazendo vistorias em algumas áreas emergenciais e outros dois profissionais chegam nos próximos dias ao Estado. “Estamos trabalhando em 34 áreas, são 34 laudos antropológicos em 23 municípios. A presidente Dilma anunciou semana ada o investimento de quase R$ 1 bilhão para obtenção de terras, para resolvermos as pendências no Maranhão precisamos apenas de R$ 50 milhões”, assegurou.

O deputado Bira do Pindaré e Inácio Rodrigues concordaram que a visita dos quilombolas a capital e o acampamento Negro Flaviano são indispensáveis na luta pela titulação de terras. “A conversa com os movimentos populares sempre é benéfica e importante nas negociações, a nossa prioridade é trabalhar em conjunto pela regulamentação fundiária no Maranhão”, destacaram os dois.

Após a reunião, Bira conversou com as lideranças do movimento quilombola e reafirmou seu apoio inconteste as questões sociais.

Lavradores sem terra, quilombolas e índios seguem acampados no INCRA do Maranhão

Do Jornal Vias de Fato

A sede do INCRA no Maranhão seguirá, por tempo indeterminado, ocupada por lavradores sem terra, quilombolas e índios. Desde o dia 25/08 (quinta-feira), o acampamento que estava na Praça Pedro II, se mudou com mochilas e colchonetes para a sede do órgão. Junto com o acampamento estão faixas com críticas aos governos Roseana e Dilma Roussef. A decisão de ficar foi tomada na tarde de ontem (sexta/26/08), por uma plenária que reuniu algo em torno de 300 acampados.

Nos dois primeiros dias de ocupação do INCRA eles se reuniram com o atual superintendente do órgão, José Inácio, um burocrata que representa os interesses da oligarquia latifundiária, recentemente nomeado para o cargo. A conversa se deu na base da pressão e nela não foi dito nada de concreto aos acampados. Entre os que ocuparam o INCRA, ninguém está ali para ouvir embromação, ser cooptado pelo governo ou aparecer como personagem de propagandas enganosa.

Os acampados denunciam todo o fracasso da política de reforma agrária do governo federal e estadual, onde se inclui problemas relativos à titulação de terras, educação, saúde e moradia. Entre questões levantadas pelo atual movimento está novamente a segurança de dezenas de liderança rurais ameaçadas. Segundo Elias Araújo, do MST, “o grande problema é que o policiamento é ruim e o governo do Estado pior ainda”. Segundo ele “até agora nada foi feito”.

Ontem (sexta, 26/08), enquanto seguiu a pressão via acampamento, um dos advogados ligado a Comissão de Direitos Humanos da OAB acompanhou Catarino dos Santos, o Santinho, para prestar depoimento na Corregedoria Adjunta da polícia militar e na secretária de segurança do Estado. A ameaça contra ele foi feita por um Policial Militar e aconteceu no dia 16 de julho. Segundo Santinho, “as ameaças continuam, as pessoas têm medo de andar comigo, até os mototaxistas não querem fazer corrida comigo com medo de serem mortos também”.

A partir de segunda-feira vai ser retomada a pressão em cima do comando do INCRA, que tem como principal “argumento” sua limitação orçamentária. A pressão também se estenderá ao governo Roseana, responsável por uma parte significativa dos problemas.

Um dos grandes avanços deste atual acampamento é a realização de um movimento camponês reunindo índios, quilombolas e lavradores sem terra, articulados por organizações como MST, Comissão Pastoral da Terra (T), o Movimento de Quilombolas da Baixada (MOQUIBOM) e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), alem do apoio da CONLUTAS, da União por Moradia Popular, de organizações estudantis, de professores universitários e do jornal Vias de Fato.

Zé Inácio, do PT, é nomeado superintendente do Incra

Do blog do Robert Lobato

Zé Inácio: novo superintendente regional do Incra

O advogado José Inácio Sodré Rodrigues, Zé Inácio, como é mais conheico, foi nomenado ontem, quarta-feira (16) para o cargo de superintendente regional do INCRA.

A nomeação do petista era esperada com muita expectativa e ansiedade pela maioria dos funcionários do órgão, que já não aguentava o autoristarismo e a antipatia do senhor Luis Alfredo, que respondia interinamente pelo INCRA.

Alfredo moveu fundos e mundos para permancer no cargo, chegou, inclusive, articular abaixo-assinado ao seu favor, mas o nome de Zé Inácio sempre contou com maior simpatia por parte do cúpula do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

TRAJETÓRIA

A nomeação de Zé Inácio para a comadar a Superintendência Regional do INCRA é mais uma conquista desse jovem militante político e social, além de profissional historicamente comprometido com as questões do campo.

Como advogado, seu trabalho sempre foi em defesa dos trabalhadores e das entidades de classe que defendem seus direitos, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema), Comissão Pastoral da Terra (T), Centro de Cultura Negra (CCN), entre outras entidades.

Portaria do Incra publicada no Diário Oficial da União

Zé Inácio também foi delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Maranhão de 2005 a abril deste ano. Durante esse período ele pode atuar nas diferentes regiões do estado colocando em prática as políticas públicas e os programas do governo federal, como o Territórios da Cidadania e o Pronaf.

O blog parabeniza a nomeação de Zé Inácio e deseja muito sucesso na sua nova missão profissional.