Luis Fernando captura prefeitos, mas o povo quer votar na oposição

Do Blog do Ed Wilson 

Alguma coisa parece ter mudado no jogo eleitoral do Maranhão.  Pela primeira vez, um candidato da oposição, Flavio Dino (PCdoB), fora da máquina do governo, lidera com folga as pesquisas e ameaça concretamente derrotar a oligarquia Sarney.

O cenário para 2014 é diferente de 2006. À época, o então governador José Reinaldo Tavares (PSB), dissidente da oligarquia, alimentou três candidaturas contra Roseana Sarney (PMDB): Jackson Lago (PDT), Aderson Lago (PSDB) e Edison Vidigal (PSB).

Jackson Lago venceu a eleição, mas foi cassado.

Em 2013, Flavio Dino segue liderando sem a máquina estadual. O candidato da governadora, Luis Fernando Silva (PMDB), não consegue decolar, mesmo com o apoio de todas as estruturas econômicas, políticas, jurídicas, midiáticas e até sobrenaturais.

No desespero, o governo coage os políticos alinhados à oposição. Ameaçado de cassação, o prefeito de Barreirinhas, Léo Costa (PDT), foi o primeiro a ceder. Em solenidade no Palácio dos Leões, sob pena de perder o mandato, inclinou-se a Roseana Sarney (PMDB).

O prefeito de Cajapió, Nonato Silva (PCdoB), mudou de partido e também declarou apoio a Luis Fernando.

A oscilação dos prefeitos é comum no período pré-eleitoral no Maranhão. Mediante ofertas de convênios e parcerias, ou ameaças de cassação, os gestores municipais aderem sob pressão à candidatura do governo.

Essa movimentação sempre ocorreu nas eleições anteriores; porém, no cenário de vantagem das candidaturas do Palácio dos Leões.

Em 2014 a tendência é de alteração desse panorama. Enquanto Roseana Sarney & Luís Fernando Silva cooptam os prefeitos, o povo segue outro caminho, apontado nas pesquisas favoráveis à oposição.

Flavio Dino continua liderando em todos os cenários, mesmo com a pressão do governo Roseana Sarney sobre os prefeitos.

O desespero diante do fracasso de Luís Fernando alterou também o modus operandi eleitoral da oligarquia Sarney.

Nos pleitos anteriores, Roseana apresentava o candidato da oligarquia Sarney e dava uma ordem aos prefeitos, algo como: “Esse é o nosso nome. Se virem para eleger”

Agora o governo está negociando com prefeitos, grupos de oposição, presidentes de câmaras municipais, vereadores, lideranças comunitárias, sindicais etc.

Na estratégia da campanha de Luís Fernando, há uma diretriz específica para os meios de comunicação nos municípios, que consiste no cerco às rádios locais, jornais regionais e blogueiros.

Mesmo com todo o poderio midiático-econômico-político, Luís Fernando Silva não decola.

Ele vai para um lado e o eleitor para outro.

ABANDONANDO A CRIA?

Por José Reinaldo Tavares

Fidelidade não existe no grupo Sarney. Só o que realmente importa é o interesse da família, que não vive sem poder e que, fiel a esse princípio, ninguém mais tem importância, se não tiver o sobrenome da família.

Todos sabem que Jorge e Roseana convenceram Luís Fernando, então prefeito de São José de Ribamar, a deixar o cargo para o qual havia sido eleito e assumir a Secretaria da Casa Civil e ser o candidato do governo ao governo do estado. Foi uma jogada destrambelhada, porque deixou muito evidente a motivação palaciana e dividiu o grupo irremediavelmente, já que Lobão se considerava naturalmente o candidato do grupo, sem contestação. Claro, afinal foi eleito senador com uma votação maior do que a da própria governadora. Mas Roseana nunca pareceu gostar muito dele e pensava que poderia, com o governo, eleger qualquer pessoa.

Entretanto, com um governo tão mal avaliado e que só contribui para aumentar o desejo de mudança que hoje é predominante na política do estado, a coisa não é bem assim.

Acontece que o candidato de Jorge e Roseana, pouco carismático e sem raízes maiores entre os políticos – que preferem Lobão – não empolgou a ninguém, muito menos a Roseana.

Agora parece que os famosos itinerantes convenceram a governadora de que não será fácil eleger Luís Fernando e, como ela e Lobão não se cheiram, Roseana começa a se preocupar apenas em se eleger.

Como sabemos isso? Nos encontros havidos com prefeitos oposicionistas, ela promete recursos, convênios e mil maravilhas, desde que eles votem em Roseana para o senado. Não pede mais por Luís Fernando, que vai abandonando. O cargo que interessa para a família é o senado para garantir tranquilidade ao clã.

É de espantar a alguém o que acontece? De jeito nenhum, pois sempre está o interesse da família em primeiro lugar. Ninguém é mais importante do que eles e sua teia de interesses.

Basta ver a baixeza de suas atitudes para com o correto deputado Raimundo Cutrim, que nunca foi bandido, tem serviços prestados à população do estado com o firme combate que sempre deu aos criminosos. Dizer que Roseana não está por trás disso é impossível, basta ver que, por trás da demolição da imagem dele, está o empenho desmedido da Mirante, que não faria isso contra a vontade e a determinação dos donos. O que será que Raimundo Cutrim fez a Roseana de tão grave? Certamente nada, apenas eles acham que não precisam mais dele…

Isso é um aviso para todos do grupo que não se chamam Sarney.

As dificuldades de Roseana Sarney em fazer seu sucessor são decorrentes do péssimo governo que faz e dos deploráveis indicadores sociais resultantes de tanto descaso e indolência. Antes, se acostumou assistindo a sua televisão, rádios e jornais ocultando a realidade e se habituou a essa solução nefasta. Hoje essa prática já não funciona e o governo não sabe o que fazer. Nunca trabalhou…

Pois bem, eis o que o professor José Lemos me envia um estudo feito a partir de estatísticas recentes. Nele consta divulgação feita pelo IBGE do PIB dos municípios, estados, regiões e Brasil em 2010. De imediato constata-se que o Maranhão voltou a ter o menor PIB per capita (R$6.888,60) entre os estados brasileiros, posição que havia perdido em 2005. Este valor equivale a apenas 1,1 por cento do salário mínimo anualizado de 2010.

Constata-se ainda que, dos cem municípios com menor PIB per capita do Brasil, trinta e nove (39) são maranhenses. São Vicente Ferrer tem a terceira pior média em 2010, com um valor – pasmem – de R$ 2.404,20. Por ano! São José de Ribamar está neste “seleto” grupo dos cem municípios com pior PIB per capita. Foi destacado porque ele tem a singela peculiaridade de ser o município de maior população nesse grupo desafortunado (163 mil habitantes).

A distribuição do PIB per capita maranhense é visivelmente assimétrica. Apenas em 23 dos 217 municípios maranhenses, o PIB per capita supera a média do estado. Nesses municípios vivem 1,71 milhões da população do estado (26%). Neles são gerados 55,6% do PIB agregado do Maranhão. Nos demais 194 municípios, cujo PIB per capita é menor do que a média estadual, sobrevivem 4,9 milhões de pessoas ou 74% da população de um estado desigual, haja vista que neles se geram apenas 44,4% da sua riqueza.

Com base na PNAD de 2011, estima-se que 58,7% da população do estado sobrevivem em domicílios cuja renda varia entre zero e dois salários mínimos. A maior taxa do Brasil. Querem mais? Pois bem, os analfabetos maiores de quinze anos no Maranhão alcançam a incrível taxa de 21,6%. Também a maior do Brasil. O Maranhão tem a segunda pior escolaridade média do País (6,4 anos). Com base nesses indicadores de educação e renda, somados às carências no o à água encanada, saneamento e coleta de lixo, estimou-se para o Maranhão o maior percentual de população socialmente excluída do Brasil em 2011, num total de 38,9 por cento. Houve decréscimos de excluídos entre 2002 e 2008.

Mas Roseana nem se abala e ainda quer ser senadora. Para defender e lutar pelo Maranhão?

E, para concluir, o amordaçamento do PT maranhense chamou a atenção do país. Eis o que publicou a colunista Dora Kramer, do Estado de São Paulo, uma das mais importantes e lidas do Brasil:

“A direção nacional do PT baixou uma ordem unida proibindo a seção maranhense de fazer criticas ao clã Sarney e à situação de penúria do estado. O ato não apaga a realidade”.

“O Maranhão continua tendo o segundo pior índice de Desenvolvimento Humano, a segunda maior taxa de mortalidade infantil do país e está em quarto lugar no quesito analfabetismo”.

Como esconder?

Antes de deixar a Casa Civil, Luís Fernando compra R$ 400 mil em flores para enfeitar a miséria do MA

Do Blog do Garrone

luís-fernando-silvaAntes de deixar a Casa Civil, o secretário Luís Fernando deu um exemplo de como se trata o dinheiro público e contratou R$ 397.000,40 em flores naturais para enfeitar a miséria do Maranhão.

O contrato foi assinado dia 3 de janeiro com Maria Dalva S. de Aguiar, logo na primeira semana do ano para não ar um dia sequer sem navegar em um mar de rosas.

Mas é no mangue que vive a maioria da população, onde nem tudo são flores. Um estado com os piores índices sociais do País não pode se dar ao luxo dos ornamentos.

Pobre só recebe flores no próprio enterro!

A frivolidade e o desperdício do dinheiro público é uma das marcas desse governo, que sabe, porém, defender o próprio estômago. Em outro contrato a Casa Civil comprou R$ 63.499,99 em pães para os desejuns de Roseana Sarney e do glorioso vice-governador, Washington Luís.

E como diria (a frase na verdade é de Rousseau) a rainha Maria Antonieta: “Se o povo não tem pão, que coma brioches!” …

Veja o contrato e acredite se quiser

EXTRATO DO CONTRATO N.o 01/2013 – CC. PROCESSO AD- MINISTRATIVO N.o 1686/2012-CC. PARTES: Estado do Maranhao, através da Casa Civil, e Maria Dalva S. de Aguiar. ESPÉCIE: Forneci- mento. OBJETO: Contratação de empresa especializada em forneci- mento de flores naturais, para o exercício de 2013. MODALIDADE: Pregão Presencial no 036/2012-CSL. VALOR: R$ 397.000,40 (trezen- tos e noventa e sete mil reais e quarenta centavos). PRAZO DE VI- GÊNCIA: Da data da até 31/12/2013. FUNDAMENTO LEGAL: Lei Estadual no 9.579/2012, Decreto Estadual no 28.455/2012 e demais normas regulamentares pertinentes à espécie. COBERTURA ORÇAMENTÁRIA: UNIDADE GESTORA: 110109 – Casa Civil. UNIDADE EXECUTORA: 110109 – Casa Civil. FUNÇÃO: 04 – istração. SUBFUNÇÃO: 122 – istração Geral. PROGRA- MA: 0411 – Apoio istrativo. AÇÃO: 4457 – istração da Unidade. PLANO INTERNO: MANUTCIVIL. NATUREZA DA DESPESA: 339030 – Material de Consumo. FONTE DE RECUR- SOS: 0101000000 – Tesouro Estadual. SIGNATÁRIOS: MARÍLIDA CONCEIÇÃO GOMES DA SILVA, Secretária-Adjunta de Ad- ministração e Finanças da Casa Civil, pelo Contratante e, MARIA DALVA SALGUEIRO DE AGUIAR pela Contratada. DATA DA AS- SINATURA: 03 de janeiro de 2013. São Luís (MA), 07 de fevereiro de 2013. ANNA CAROLINE MARQUES PINHEIRO SALGADO – Chefe da Assessoria Jurídica da Casa Civil.

BIA VENÂNCIO X LUÍS FERNANDO

Por: José Reinaldo Tavares

Eu sou um assíduo devoto de São José de Ribamar. Todas as minhas férias de criança e de jovem, ei lá. De vez em quando vou assistir as missas na agradável igreja, na sede do município. Fiz junto com o prefeito Câmara as obras fundamentais para que a parte do bosque e da orla não desaparecessem atingidas pela erosão que destruía celeremente a cidade. A obra do espigão, que construímos e que mandei estudar nos laboratórios do INPH – Instituto Nacional de Pesquisas Hidráulicas da Portobras tal sua importância para conter o ímpeto avassalador das marés, e a importante obra complementar que foi o cais de contenção que circundou toda a antiga cidade e abrigou a Av. Litorânea, mudaram e deram vida nova a cidade e garantiram sua sobrevivência. Essa foi apenas uma entre tantas iniciativas que fizemos.

Essa introdução serve apenas para mostrar a grande proximidade minha com a cidade.

Participei fundamentalmente da eleição de Luís Fernando a prefeito da cidade, ele que, por um período foi meu secretário de Educação. Fui ao lançamento de sua candidatura, mas o fato mais importante foi impedir José Câmara de se juntar a candidatura de Julinho, grande líder do município, muito carismático, que se tivesse tido essa aliança, Luís Fernando com certeza teria perdido.

Ele se elegeu e depois do rompimento com a família Sarney se afastou de mim por completo. É da vida política, já que ele é grande amigo de Jorge Murad.

Nunca deixei de ir a São José. Portanto foi com espanto que comecei a ver, logo depois do ex-prefeito assumir a Casa Civil do governo de Roseana Sarney, uma campanha laudatória a istração dele no município. Na verdade tratava-se de uma bem feita campanha de mídia para tornar o chefe da Casa Civil mais conhecido e saudá-lo como de primeiríssima linha. De repente a istração do ex-prefeito ou a ser assombrosamente boa e local obrigatório à ser visitado por outros prefeitos para aprenderem como se deve fazer.

Eu, nas minhas andanças por Ribamar, não conseguia ver tantas melhorias. Seria porque eu sou da oposição ao governo?

Via apenas um bom projeto: o Liceu Ribamarense, que até pediu emprestado o nome do melhor colégio público de ensino médio do estado, para marcar bem. Puro Market.

O colégio é realmente bom, o melhor da cidade e serviu como mostruário da excelência da istração de Luís Fernando. Mas acontece que os dados do IDEB mostram que as demais escolas do município são tão ruins como a maioria das escolas públicas do estado. Não credenciam nenhum , pois a excelência tem que ser no conjunto delas e não em uma só.

Mas, será que eu estava sendo muito rigoroso no julgamento, só porque ele será o candidato do governo em 2014?

Recebi, semana ada, do Professor José Lemos o seu livro Mapa da Exclusão Social no Brasil, editado e lançado pelo Banco do Nordeste, leitura obrigatória para quem quer estudar a realidade do país.

E resolvi comparar os dados do município mais bem istrado do país, segundo a mídia do governo do Estado, e outro também aqui na ilha, para tornar mais real a comparação. Só que o outro é sinônimo de descalabro istrativo. Resolvi comparar os dados sociais do melhor, na ótica do governo e do pior. Para isso fui buscar os dados que estão publicados no livro do professor Lemos.

Pensei então comparar os dois municípios, dado a dado de 2010. O município vencedor seria o que tivesse os melhores indicadores sociais entre os sete estudados pelo Professor Lemos. Nada mais isento, não é? Nada de subjetividade!

Vejamos:

‘Fora da escola, na idade certa’: São José – 6,7%. Paço do Lumiar – 5,8%. Uma zero para Bia.

‘Privação de renda’: São José- 53,9%. Paço – 50,8%. Dois a zero para Bia.

‘Privado de água’: São José – 34,9%. Paço – 35,7%. Dois a um para Bia.

‘Privado de saneamento’: São José – 53,2%. Paço – 44,0%. Três a um para Bia.

‘Privado de coleta de lixo’: São José – 19%. Paço – 38,5%. Três a dois para Bia.

‘Índice de Exclusão Social’: São José – 32,2%. Paço – 31,6%. Quatro a dois para Bia.

Escolaridade: São José – 5,7%. Paço – 5,8%. Praticamente empatados, mas cinco a dois para Bia!

Goleada de Paço sobre Ribamar ou de Bia sobre Luís Fernando.

E aí, onde está o grande Luís Fernando? Só na propaganda de Roseana?

E olhem que Paço ficou sem prefeito quase um terço do mandato, sempre envolto em grande confusão. E Ribamar teve um reforço gigantesco no Fundo Especial.

Se comparar com Imperatriz fica de cinco a dois para Madeira.

Se comparar São José de 2000 com São José de 2010 fica quatro a três para 2010. O grave neste caso é que três indicadores caíram entre 2000 e 2010. Os do ano 2000 eram melhores e o município andou para trás nesses indicadores.

Que excelência, minha gente! Quem diria, Bia foi melhor do que Luís Fernando, com todo o apoio que este teve de Roseana.

Dei uma olhada no contrato do avião PP-JRS alugado pelo governo. E não adianta tentar esconder. O governo do Estado garante o pagamento mínimo de 20.000 km por mês, voando ou não. Ou 240.000 km por ano. Considerando que um jato faz 800 km/hora, teremos 300 horas de voo por ano ou 75 viagens por ano a Brasília, por exemplo, ou sete viagens por mês, quase duas por semana para essa cidade. Como pode? E isso é pago voando ou não. Como é impossível a governadora ar os dias todos viajando e não parar no trabalho, qual é a justificativa para um contrato sem pé nem cabeça como esse? É escandaloso.

Não é de pai para filho? Quem negociou isso?

Qual a justificativa para dar esse presente ao dono da aeronave?

Viva São José neste 19 de Março!

O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras

NINGUÉM ENTENDEU

Por: José Reinaldo Tavares

Roseana Sarney assinou um contrato de empréstimo com o BNDES que prejudicou e endividou o estado de maneira brutal e pensa que está acima da lei, pois não dá a menor bola para as obrigações legais que teria que cumprir para a obtenção do empréstimo. Uma das mais graves é que omite onde será empregada tal fortuna. Nada consta no pedido de empréstimo e ignorou solenemente a solicitação do deputado Rubens Júnior, líder da oposição, que cumprindo prerrogativas dos deputados, oficiou à Casa Civil indagando sobre o destino do dinheiro a ser recebido. O governo é obrigado a responder, menos Roseana, que se acha acima da lei. O documento encaminhado ao Chefe da Casa Civil, o badalado pré-candidato da governadora e do seu marido Jorge Murad a sua sucessão, não deu bola ao deputado.

Embora a Casa Civil tenha por obrigação a elaboração e a guarda de todos os documentos assinados pela governadora, mandou dizer que não sabe e nem tem nada e que o assunto deveria ser encaminhado a outra secretaria. Uma fuga de responsabilidade para mostrar que a oposição estava sendo impertinente fazendo esse tipo de perguntas. Onde já se viu?

O líder oposicionista vai agora se dirigir à própria governadora. Ela dirá que também não é com ela?

O secretário Luís Fernando, que sempre procurou mostrar que é um homem discreto e educado, parece que realmente está incorporando o jeitão da sua chefe, demonstrando que ele também pode ser truculento e desafiar a lei, como ela. Roseana deve estar orgulhosa dele. Incorporou o jeito oligárquico de ser.

E emendou dando entrevista em que ataca a oposição, dizendo que o estado está muito bem e que ninguém trabalha melhor pelo Maranhão do que eles. Provavelmente Luís Fernando deve estar lendo apenas o jornal da família, que não publica nenhuma estatística do IBGE, PNAD etc., e nem nenhuma crítica ao governo, pois todos os estudos colocam o Maranhão no último lugar, seja qual for o indicador social ou econômico que for examinado. Será que desconhece a realidade do estado ou nada pode falar, pois se reconhecer que o Maranhão é pobre e precisa mudar tudo para melhorar, sua chefe não gostará nada e ele perderá muitos pontos em sua candidatura. Vai ser difícil carregar o fardo pesado da oligarquia nas costas…

Ou será que ele também, assim como seus chefes, também pensa que tais dados são mentiras da oposição? Será que ele pensa que essa é a melhor maneira de explicar o desastre? Atacando a oposição? Devia mostrar essa disposição para reconhecer o desastre e enfrentar os problemas. Por que deixar para fazer só se for eleito, se está no governo gozando de muito poder? Ele é tão forte que está acumulando duas das secretarias mais importantes, Infraestrutura e Casa Civil. Por que não faz logo? Assim vai parecer apenas o mais do mesmo.

O jornal da família publicou que aqui no Maranhão a população paga a maior tarifa de energia entre todos os estados brasileiros. Como explicar isso? O estado mais pobre tem a energia mais cara do país. Não é um assunto importante? Como então atrair indústrias para cá? Quem está ganhando com isso? Não era assim antes, nos tempos da Cemar, estatal que Roseana Sarney privatizou. E a governadora nada faz, nem reclama dessa tarifa, para ela parece que está tudo bem. É mais uma terrível omissão desse governo cada vez mais desgovernado. E o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afinal ele deveria tentar explicar o real motivo desse sacrifício imposto a população. Aliás, obrigado a dizer alguma coisa. Não é o ministro?

Agora, cá para nós, parece que o jornal da família só publicou isso porque uma candidatura do ministro ao governo pode ameaçar a candidatura oficial do governo, devido a maior popularidade que Lobão desfruta no meio da classe política? É fogo amigo?

E para concluir, alguém sabe quem são os felizardos que estão usufruindo das leis de incentivo fiscal para a Cultura e o Esporte? Quem realmente está pagando por esses caríssimos espetáculos? Quem são os intermediários? A Lei de Transparência obriga que tudo seja informado a população e que qualquer pessoa pode solicitar qualquer informação. Pode ter muita coisa complicada aí…

O estado sempre pagou os precatórios, isso até Roseana chegar ao governo. Não pagou em 2011 e 2012. O valor acumulado chega perto de R$ 400 milhões. Como pode? É caso até de intervenção no estado. Está inadimplente e não cumpre a lei.

E ainda tem coragem de anunciar que está cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e está tudo normal…

O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras

Lei de o à Informação dorme em berço esplêndido no Maranhão

Do blog do Controle Social

“Forças ocultas” atuam e LAI está parada na Casa Civil do governo do Estado.

 

Luis Fernando (Sec. da Casa Civil), Bira do Pindaré (Deputado Estadual) e Geraldo Castro (ex-vereador)

Luis Fernando (Sec. da Casa Civil), Bira do Pindaré (Deputado Estadual) e Geraldo Castro (ex-vereador)

O caminho tomado para que o cidadão maranhense tenha garantido o direito constitucional de o à informação tem sido tortuoso, sobretudo quando este deseja obter informações de seu interesse sobre a gestão pública estadual ou municipal.

Em nível federal, as coisas funcionam muito bem. Todos os órgãos da istração Pública Federal já possuem os seus Serviços de Informação ao Cidadão em pleno funcionamento. Com os SIC’s, qualquer pessoa pode entrar no site do órgão, clicar no banner da LAI e registrar diretamente o seu pedido de informação. Tudo muito fácil e rápido.
No que concerne às informações sob a guarda do Estado do Maranhão e dos 217 municípios a coisa não é bem assim. Se um cidadão desejar obter qualquer informação em nível estadual ou municipal vai ter o seu direto à informação frustrado.

Projeto da LAI está parado na Casa Civil

Projeto de lei versando sobre a Lei de o à Informação no âmbito do estado até temos, foi produzido conjuntamente pela Controladoria-Geral do Estado e pela Procuradoria de Justiça. Aqui registre-se o belo trabalho desempenhado pela auditora-geral do Estado, Drª Helena Costa.

O problema é que o nosso projeto agora está na Casa Civil e de lá não sai de jeito nenhum. O chefe da Casa Civil do governo, Luis Fernando Moura da Silva, ainda não deu o devido encaminhamento para que o projeto possa ser apreciado e votado na Assembleia Legislativa. Infelizmente, já vislumbramos, mais uma vez, matérias pulicadas em nível nacional que colocam o Maranhão entre os piores estados, agora no quesito transparência.

As iniciativas do deputado Bira do Pindaré (PT) e do ex-vereador Geraldo Castro (PCdoB)

Na Assembleia Legislativa do Maranhão encontra-se em fase de elaboração um projeto de autoria do deputado estadual Bira do Pindaré (PT) que trata da garantia do direito de o à informação pelo cidadão maranhense. A “LAI do Bira” teria, inclusive, provocado uma ciumeira na Casa Civil e deputados já estariam sendo arregimentados para não apreciá-lo. Coisas de um Maranhão que ainda se encontra na pedra lascada da istração Pública.

Na Câmara Municipal de São Luís, o ex-vereador Geraldo Castro (PCdoB) também apresentou projeto de lei garantindo a transparência das informações ao ludovicense. Convém informar que o ex-prefeito João Castelo (PSDB) fez de tudo para barrar a aprovação do projeto em São Luís.

MP começa a exigir o o à informação nos municípios (com informações do Blog do Cardoso)

O Ministério Público aos poucos começa a se movimentar nas cidades do Maranhão pedindo o cumprimento da Lei de o à Informação. no âmbito da istração municipal. São poucos os municípios dos 217 que já cumprem a lei. Infelizmente estamos no velho Maranhão onde nem a própria Justiça age para que a Justiça seja feita.

Em São Luís Gonzaga a promotoria recomendou a prefeitura para que faça cumprir a LAI. Essa iniciativa deveria ser tomada pela Procuradoria Geral de Justiça em conjunto com as promotorias para que o cidadão de cada cidade tenha o às informações do que entra e sai dos cofres municipais.