Do Blog do Controle Social

Vista do ginásio do IFMA completamente lotado

Com o apoio da Cáritas e da ASP (Associação Saúde da Periferia) e de diversas entidades, a III Marcha contra a Corrupção e pela Vida chegou à São Luís. A manifestação foi organizada através das redes sociais, paróquias , sindicatos e contou com a participação de 5 mil pessoas.

Em 13 km de caminhada, os manifestantes mostraram a sua indignação contra a corrupção nas istrações  municipais. O encerramento foi no ginásio esportivo do Campus do IFMA, que fica localizado no Bairro Monte Castelo, em São Luís.

O desejo de ética na política e a luta para que os crimes de corrupção praticados por gestores públicos  sejam punidos foram a tônica dos discursos das pessoas que utilizaram os microfones para fazerem as suas denúncias. A cada orador, seguiam muitas palmas que demonstravam a indignação de todos os presentes.

O encerramento da marcha contou com a presença do bispo de Viana, Dom Xavier, Ricarte Almeida Santos, dirigente da Cáritas, Pe. João Maria, coodenador da ASP, ex-juiz  Jorge Moreno, Drª Nahyma Ribeiro, Promotora de Justiça de Imperatriz e Welliton Resende, Coordenador do Núcleo de Prevenção à Corrupção da CGU/MA.

Após a composição da mesa solene dos trabalhos,  representantes dos 14 municípios presentes relataram os casos de corrupção que envolviam recursos públicos federais. Após esta solenidade, os dossiês foram entregues aos representantes da CGU e do Ministério Público Federal.

De acordo com Resende, os dossiês recebidos serão protocolizados nesta segunda-feira (10) na CGU.

“A partir daí, as denúncias seguirão o rito da própria Controladoria, que é a remessa para a Sede da CGU, que fica localizada em Brasília, para que possam ser geradas as ordens de serviço e os auditores possam ir a campo verificar a pertinência das denúncias apresentadas”, informou Resende.

Além de receber as denúncias oriundas dos organizadores, o representante da CGU conclamou os presentes a participarem das etapas regionais da Consocial.

Segundo sua avaliação, alguns casos de impunidade relatados pelos participantes da marcha poderiam ser evitados se houvesse mudança na legislação que garantisse previamente o afastamento comprovado de gestores que estivessem desviando recursos públicos. “Está aí, a importância de se participar de um processo como a Consocial”, avaliou.