Frutos da mudança

Por Flávio Dino

fdconsciencianegraA melhoria da qualidade de vida dos maranhenses é um caminho que já estamos trilhando, feito dia a dia, com muito esforço, em meio a essa grave crise nacional. Quando paramos e olhamos para o lado, já podemos ver muitos frutos de nosso trabalho. Se muito há o que se fazer, certamente muito já foi feito mais nesses 16 meses de governo. Na verdade, não há um único setor do serviço público estadual que não tenha recebido atenção e melhorias nesse período inicial da nossa gestão. Para citar apenas um exemplo, na semana que ou completamos um ano sem nenhum homicídio na Penitenciária de Pedrinhas, mundialmente conhecida pela violência cotidiana que existiu em governos ados.

Esta semana, especialmente, foi repleta em frutos, com a inauguração do Viva Beira Mar e do início de operação da Linha Expressa Metropolitana tocantina, além de s de contrato para saneamento em Imperatriz e reforma das avenidas Litorânea e Holandeses, em São Luís.

Em São Luís, inaugurei na avenida Beira Mar a nova sede do Viva. Somada às unidades abertas nos Shoppings da Ilha e eio, e à do Pátio Norte, que será inaugurada em breve, o Viva terá mais do que dobrado sua capacidade de atendimento da população. Estamos reconstituindo a rede do Viva, com um projeto de descentralização que deixa os serviços mais próximos do cidadão. Também demos início ao atendimento no período noturno, visando atender ao trabalhador que em geral tem dificuldade de se ausentar do trabalho para tirar documentos e resolver problemas istrativos. E agora já temos novos serviços oferecidos, já que o número de órgãos participantes do Viva saiu de 16 para 30. Perto do Viva da Beira Mar, recuperamos a Pedra da Memória e a Praça Manuel Beckman, constituindo um conjunto de grande importância para valorizar a beleza da nossa cidade.

Na quinta-feira, assinei contrato com Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal para garantir os recursos para reestruturação da avenida Holandeses em São Luís. As obras vão modernizar a avenida, com ciclovias, novas calçadas, paradas e um corredor de ônibus (o chamado BRT), que existe em outras capitais do país, como São Paulo e Brasília. A medida vai facilitar o fluxo de trânsito em uma das principais artérias de nossa capital. Também serão feitas intervenções nas avenidas Colares Moreira e Litorânea, que será expandida.

Em Imperatriz esta semana, dei início ao funcionamento da Linha Expressa Metropolitana da região tocantina. Após atendermos todos os municípios da Grande Ilha, começamos a prometida fase de interiorização. Agora interligaremos as cidades de Imperatriz, João Lisboa, Senador La Roque, transportando 2,8 mil ageiros por dia em ônibus climatizados, novos e confortáveis.

Também assinei ordem de serviço para obra de 11 km de rede coletora de esgoto que beneficiará 10 mil pessoas do bairro de Bacuri, em Imperatriz. Estão previstos investimentos de R$ 2 milhões, que gerarão emprego imediatamente na cidade.

Importante frisar que cada obra dessas gera empregos. Diretamente, na própria obra e também indiretamente, pelo aumento do consumo desses trabalhadores, dinamizando o comércio de nosso estado. Com esses investimentos, mundialmente defendidos como políticas contracíclicas desde o britânico John Keynes no início do século ado, podemos ativar a economia maranhense. É por isso que, apesar da crise mundial e brasileira, conseguimos, em 2015, ter um saldo de 8 mil novas ocupações totais no estado.

Isso só é possível com investimentos públicos necessários para oferecer serviços de qualidade. É assim que vamos fazendo este novo caminho de construção de um Maranhão de todos nós. Nos bons e nos maus momentos da economia mundial e brasileira, o maranhense sabe que agora conta com um governo que não está de braços cruzados e luta pela qualidade de vida de nosso povo. E na semana que hoje inicia teremos muitas novas vitórias. Graças a Deus.

Maranhão, 30 dias de trabalho e mudança

Por Flávio Dino

flaviodino20Completamos hoje um mês à frente do Governo do Estado, com muitos desafios e também muita coragem para enfrentá-los. De volta a este espaço, compartilho com todos os maranhenses os os que estamos dando rumo a um Maranhão mais justo, premissa que nos guiou durante todos esses anos de muito debate, reflexão e mobilização da sociedade. Essa energia cívica que ecoa em todos os cantos do Estado é a nossa força motriz para superar as dificuldades e promover as mudanças que os maranhenses aprovaram por intermédio do nosso Programa de Governo.

Para alcançar o nosso objetivo principal, que é propiciar aos maranhenses condições de vida dignas, o nosso Governo conta com o empenho de todos os servidores públicos, que dão concretude às nossas diretrizes. Cada setor do Governo trabalha diariamente e com esforço redobrado para concretizar melhorias, sempre respeitando os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade. No nosso Governo, ninguém se ocupa de armar e executar transações para desviar dinheiro público.

Em coerência com o movimento Diálogos pelo Maranhão, temos reunido permanentemente com lideranças regionais e municipais, autoridades federais e representantes da sociedade civil. Entre tantos momentos importantes, destaco a inédita reunião com centrais sindicais e destacadas lideranças dos trabalhadores rurais no auditório do Palácio dos Leões. E a emoção que senti ao ouvir o agradecimento do reitor da UEMA, que me transmitiu a absurda notícia de que há mais de cinco anos um governador não se reunia com a istração da instituição.

Na semana ada, estivemos em Brasília, junto com secretários de Estado, para garantir que o Governo Federal dê atenção especial ao nosso Estado. Lá, nas visitas que fizemos aos ministros das Cidades, da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e da Agricultura, tivemos a boa recepção e a solidariedade para ajudar a superar os problemas do Maranhão.

No plano estadual, estamos enfrentando o difícil quadro em que encontramos as contas públicas: uma dívida 45 vezes maior que a disponibilidade de caixa, pois recebemos apenas R$ 24 milhões para saldar compromissos que ultraam R$ 1 bilhão. Mesmo diante deste quadro, decidimos intensificar ações que garantirão aos maranhenses melhores serviços públicos e o aos direitos básicos. Para isso, estamos cortando desperdícios, contratos abusivos, despesas ilegais e imorais.

Adotamos políticas emergenciais em várias frentes. Cito um setor em especial, que é a Educação. Já no primeiro mês da nova istração, o sistema educacional recebeu 10 ações de grande importância. A garantia de progressão a mais de 11 mil professores, contratação de mais 1.000 educadores, reforma emergencial de 93 escolas estaduais e a instituição de eleição direta para diretores de escola foram decisões que vão ao encontro de anseios históricos da comunidade escolar.

Ainda no campo educacional, tenho muita alegria de ver nascer o programa Escola Digna, a nossa maior meta na educação para os próximos 4 anos. Vamos lutar para por fim às escolas de taipa e barro, substituindo-as por um ambiente escolar acolhedor, que estimule os nossos alunos – desde seus primeiros anos de estudo – a gostar de ir para a escola. Vamos fazer isso em sintonia com as prefeituras. O Governo do Estado vai construir prédios escolares e propiciar formação continuada aos professores municipais durante 24 meses.

Também no primeiro mês, iniciamos o Plano “Mais IDH”, com ações articuladas entre todas as secretarias de Estado que atuam em áreas estratégicas para a melhoria dos indicadores sociais. Já em março começaremos as ações nas 30 cidades de pior IDHM, abrangendo questões como analfabetismo, mortalidade infantil, abastecimento de água, segurança alimentar e o à documentação e direitos.

Finalmente, quero destacar o imenso esforço que nossos policiais estão fazendo no enfrentamento às quadrilhas que fizeram crescer de modo alarmante as estatísticas criminais. Em todo o Estado, temos exemplos de situações que mostram a presença da Polícia, evitando e combatendo a atuação dessas quadrilhas. Cito a situação que mais me emocionou: a ação policial que evitou que uma mulher grávida fosse brutalmente assassinada.

Temos muito mais a mostrar e, claro, mais ainda a fazer. Não vamos parar de lutar para entregar ao futuro governo um Estado melhor do que aquele que recebi. Renovo meu pedido de ajuda a Deus e a todos os maranhenses. Viva o Maranhão!

Advogado, 46 anos, Governador do Maranhão. Foi presidente da Embratur, deputado federal e juiz federal

O Maranhão está mudando, sim!

Por Othelino Neto

Deputado estadual Othelino Neto

Deputado estadual Othelino Neto

Paulo Bernardo e Gleisi Hoffman são casados. Ambos foram, ao mesmo tempo, ministros do governo da Presidenta Dilma Roussef, respectivamente das Telecomunicações e da Casa Civil. Nem a imprensa, e nenhum órgão acusou essas nomeações de nepotismo, ou o governo Dilma de praticar favorecimento de parentes. Ninguém acusou porque efetivamente não o é. Essas nomeações não só foram perfeitamente legais, como, e é o que mais nos importa, não foram incorretas sob o ponto de vista moral. Tratam-se de nomeações feitas pela Presidenta, de pessoas que são de sua confiança, e que circunstancialmente tem relação entre si. Nem Dilma favoreceu algum parente seu, e nem Bernardo ou Gleisi tinham poder para nomear um ao outro.

Estamos lembrando esse episódio para afirmar de maneira clara: as nomeações feitas pelo governador Flávio Dino de pessoas que, como os ex-ministros Paulo Bernardo e Gleisi, possuem circunstancialmente relações entre si, são absolutamente legais e não são incorretas sob o ponto de vista moral. Essas pessoas foram nomeadas pelo governador, não por nenhum eventual conhecido que faz parte do governo, em razão de suas aptidões para o cargo. E o governador não nomeou nenhum parente seu para o governo.

Quando a imprensa saudosista alimenta esse factoide, a sua intenção é tentar descredibilizar o conteúdo mudancista desse governo, como se estivéssemos repetindo práticas que condenamos no ado. Mas nós não vamos deixar de responder a essa manobra. O Maranhão está mudando, sim.

A era que terminou com o último governo foi marcada pela utilização de fundos públicos para ostentação dos governantes. Foi marcada também pela utilização de fundos públicos para favorecer negócios privados não só dos amigos, mas da própria ex-governadora, como é claro e notório na aplicação de verbas públicas de publicidade na sua própria empresa. Essas práticas sim constituem favorecimento, utilização de recursos públicos para atender interesses privados do próprio governante, a clássica definição do que é o patrimonialismo.

Isso tudo está acabando no nosso governo. Estamos eliminando as terceirizações das empresas que eram “amigas” dos governantes, estruturando melhor o nosso serviço público, não permitimos nenhum caso de nepotismo, e nenhum grupo que tenha parentesco com o governador tem nem terá nenhum negócio com o governo, e a mesma regra se aplicará a cada secretário em suas respectivas áreas.

Sim, o Maranhão está mudando, e uma dessas mudanças é instaurar plenamente as melhores práticas republicanas. Pena que alguns ingênuos bem-intencionados não se deem conta disso, e de maneira desapercebida acabem fazendo o jogo de quem esteve tanto tempo no poder, e tanto mal fez ao nosso Maranhão.

Othelino Neto
Deputado Estadual

Diálogos pelo Maranhão fortalece sentimento de mudança no interior

_DSC8845[1]As andanças do movimento Diálogos pelo Maranhão continuaram na noite desta sexta (02) percorrendo os municípios de São Bernardo e Magalhães de Almeida. A caravana liderada por Flávio Dino debateu com a população inúmeras propostas de desenvolvimento justo e democrático para o estado.

Lideranças sociais e políticas receberam o Movimento Diálogos pelo Maranhão, que ouviu os problemas da região, reforçando a importância do encontro para discutir e buscar soluções viáveis para os imes vivenciados pelo leste maranhense.

“A força do nosso movimento se extrai da proximidade com o povo e suas necessidades. Estamos caminhando para o aprofundamento dessa perspectiva transformadora”, avaliou Flávio Dino.

Antônio Bernardo, que disputou o cargo de prefeito em São Bernardo nas últimas eleições, afirmou ser imprescindível a atuação do movimento no processo de mudança da realidade do estado. “Temos que nos empenhar e que nos mobilizar para trilharmos esse caminho de mudança. Iremos trabalhar para presenciarmos a vitória do povo maranhense”, afirmou._DSC8690[1]

A candidata a vice neste mesmo município, Luiza Machado, também avaliou como positiva e fundamental a atuação do movimento pelas cidades do interior. “Acredito em transformação, compromisso e positividade, e é nisso que se resume o projeto Diálogos pelo Maranhão, por isso eu abraço essa causa”, constatou.

O deputado Marcelo Tavares compartilhou da troca de experiências nos municípios e reforçou a importância da interação promovida por esses encontros. “Não podemos nos acostumar com o que não é digno do povo maranhense, nós queremos construir um novo modelo de gestão para o estado, que culmine na transformação da realidade que vivemos”.

Flávio Dino reforçou a importância da honestidade e transparência para a construção de um Maranhão diferente, fomentando ideias e propostas com o fim de transformar o Maranhão em um estado da igualdade, da democracia e do desenvolvimento.

“É nosso dever representarmos a função ética da política como um serviço para que possamos, assim, garantir autenticamente a transformação da qualidade de vida do nosso povo”, completou.

O deputado federal Simplício Araújo também relatou sobre o sentimento que marcou a agem do movimento por essas cidades. “A presença de vocês aqui demonstra um desejo, uma vontade e uma grande esperança que reforça o sentimento de mudança que acompanha todo o resto do estado. Precisamos de uma nova perspectiva para o nosso povo”, categorizou.

Outras lideranças acompanharam a agem do movimento por Magalhães de Almeida e São Bernardo, a exemplo do deputado federal Domingos Dutra e dos deputados estaduais Othelino Neto e Bira do Pindaré.

Mais de 15 mil pessoas vão às ruas pedir mudança no Maranhão

Com informações dos blogues do John Cutrim, Garrone, Marrapá e Jorge Vieira

foto-111Mais de 15 mil pessoas voltaram a ocupar neste sábado as ruas do centro histórico de São Luís (MA) para protestar contra a corrupção, a PEC 37 e a falta de investimentos na saúde, educação e segurança. A manifestação batizada de Acorda Maranhão teve concentração na Praça Maria Aragão, no centro da cidade, de onde partiu às 15 horas para o Palácio dos Leões, sede do governo do estado, exibindo cartazes e gritando palavras de ordem em sua maioria contra a família Sarney.

– Sarney, ladrão, devolve o Maranhão !

Nem mesmo a forte chuva e o grande aparato policial dispersou o movimento que foi impedido de se aproximar do Palácio dos Leões.

Após deixarem a Praça Pedro II os manifestantes, que também exigiram da istração municipal investimentos na mobilidade urbana e melhorias nos serviços de transporte, se dirigiram e interditaram a Ponte José Sarney, que liga o centro histórico à área moderna da cidade, onde rebatizaram a ponte como Ponte da Juventude.oligarquia

– Aqui no Maranhão, tudo tem o nome Sarney. Hospital, escola, prédios públicos. Estamos agora retomando para o povo o que é do povo – disse a estudante Suely Costa, 22 anos.

O deputado maranhense Lourival Mendes (PT do B), autor da PEC 37, também foi alvo de protestos.

– Ele não nos representa, e só nos envergonha – disse o estudante Carlos Alberto Guimarães.

– Um, dois, três, quatro cinco mil, ou para a PEC, ou paramos o Brasil – gritavam os manifestantes.

Vozes das ruas

Com gritos de “Sarney ladrão devolve o Maranhão”, “Fora Roseana”, “Fora Sarney” e “ei Sarney, vai tomar no c…” os manifestantes, de forma pacífica, seguiram o roteiro Praça Maria Aragão, contornaram a Praça Gonçalves Dias, pegaram a Avenida Beira-Mar, subiram a Rua do Egito e se dirigiram até o Palácio dos Leões.

Ao longo de todo o percurso as palavras de ordem foram contra corrupção e principalmente contra a oligarquia Sarney, que há quase cinco décadas comanda o estado e o levou aos piores indicadores sociais. O Maranhão ainda ocupa vergonhosamente o status de um dos estados mais pobres e miseráveis de nação. O coro mais cantado pela massa de estudantes e trabalhadores foi “Sarney ladrão devolve o Maranhão”.

Operação de guerra

foto-1-manifesto1Pelo menos uma centena de policiais, entre civis e militares, estavam envolvidos na operação de guerra montada para defender as dependências do Sistema Mirante de Comunicação.

Embora em nenhum momento o movimento “Acorda, Maranhão” tenha cogitado protestar na frente da emissora – que ou a semana chamando os manifestantes de vândalos -, pelo menos 100 policiais com armamento pesado, 10 viaturas, um ônibus, o helicóptero do Grupo Tático Aéreo e a tropa de choque da Polícia Militar foram destacados para guardar o patrimônio da governadora Roseana Sarney – dona da TV Mirante.

Além de todo o equipamento de segurança pública à disposição, a Mirante também contratou 10 seguranças particulares que foram distribuídos ao redor do prédio da emissora.

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Mudança de gogó

Por: José Reinaldo Tavares

Achei muito interessante a oligarquia dizer que a oposição fala muito em mudança, mas que é só ‘mudança de gogó’. Não entendi direito. Estão cobrando da oposição que faça agora as mudanças que fará quando tiver o poder em 2014? Agora? Mas como, se quem está no poder e fazendo apenas ‘mudanças no gogó’ são eles?

O que é a refinaria se não ‘mudança no gogó’? Roseana nadou na crista da onda com a refinaria em 2010 que seria simplesmente a maior do mundo e capaz de modificar inteiramente a economia maranhense com a criação de 400 mil empregos. Para convencerem a população de que Roseana traria, se eleita, novos tempos, armaram um gigantesco teatro, sem precedentes pelo tamanho da enganação envolvida, tanto que para cá vieram Lula, que era o presidente da República; Dilma, que era a futura candidata à presidência; José Sarney, presidente do Senado; Lobão, ministro das Minas e Energia, e a oligarquia em peso. Não faltou ninguém no teatro armado. Isso elegeu Roseana Sarney ao governo, pois em consequência ela amealhou mais de 40% dos votos da capital, empolgada com tanto progresso e empregos. Uma festa.

O presidente da Petrobras da época, em depoimento na Câmara, quando inquirido sobre esse projeto, antes do lançamento do mesmo aqui, disse sem papas na língua que esse não era o negócio da companhia, que não havia projeto e nem orçamento. Tudo cheirava como uma gigantesca enganação.

Mas a mentira não durou muito tempo e o jornal carioca O Globo, em matéria desta semana ada, taxou o projeto de político e irrealista e sem sentido. Ou seja, nunca existiu de verdade. Não cabe nas finanças e objetivos da empresa.

O mais grave é que muita gente acreditou. Muita gente investiu por conta. A mentira está sendo desastrosa, inclusive para a construção civil na capital que agora não consegue vender uma grande quantidade de apartamentos prontos ou quase prontos. A atividade econômica na cidade caiu muito e há muita reclamação contra o governo causador de tudo isso.

Agora que a refinaria virou ‘mico’ eles querem jogar toda a responsabilidade da enganação em cima de Lobão.

A farsa da refinaria foi montada em conjunto, mas a grande e maior beneficiária foi Roseana que tinha grandes dificuldades para se eleger em 2010. Não podiam deixar a eleição ir para um segundo turno, pois isso significava derrota certa. Veio então a grande encenação da refinaria.

Agora ela não quer mais colar sua imagem à refinaria. É mico. E aí a tentativa de deixar Lobão falando sozinho, tentando explicar o que não tem explicação. Na verdade, querem deixar Lobão como único responsável pela lambança. Só gente boa…

É ou não é ‘mudança no gogó’?

E os empregos que viriam de uma grande quantidade de empresas, que estavam se instalando no estado? Viriam da refinaria, da celulose, da acearia de Açailândia, das termoelétricas de Eike Batista, do lençol boliviano de gás em Capinzal e enfim desse progresso espantoso que ela teria trazido.

Mas a realidade é muito diferente da propaganda de Roseana Sarney. O Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho que é publicado todos os meses traz o seguinte resultado: em fevereiro a quantidade de demissões superou a de novos empregos em 1.217. E o balanço do ano é de menos 4.047 postos de trabalho. É ou não é outra ‘mudança no gogó’?

Mas tem muito mais. Lembram-se das promessas de campanha de Roseana Sarney de que com ela no governo todos iam poder dormir sossegados, até de janelas abertas, pois a segurança seria perfeita? A realidade é a seguinte: São Luís é a sétima capital mais violenta do país em 2012. Pouco tempo atrás éramos a 26ª. Isso há seis ou sete anos. E esse é o clima em todo o estado. É só mais uma ‘mudança no gogó’.

E a educação que vai de mal a pior? Se bem que nessa ela nunca prometeu melhorias. É um assunto que parece detestar. A começar quando saiu do governo em 2002, deixando 159 municípios sem ensino médio. Mas nesse assunto estamos em queda livre. Dados do Instituto Todos Pela Educação mostram que no Maranhão quase todos os municípios não conseguiram alcançar a nota mínima de 3,7. É um dado macabro, segundo o Instituto. Estes são dados do IDEB de 2011. O que era ruim ficou pior.

Só sete estados brasileiros não conseguiram alcançar a meta em português e matemática conjuntamente: Acre, Alagoas, Amapá, Paraíba, Pernambuco, Roraima e como sempre o Maranhão. O Piauí ultraou folgadamente as suas metas, só por exemplo. E pasmem as metas do Maranhão, tanto em português como em matemática eram as mais baixas do Brasil. Vergonha total. E ficamos bem distantes delas.

Na verdade, as listas de promessas do tipo ‘mudanças no gogó’ é interminável. Mas, vou ficar só com mais uma. O abastecimento de água, promessa recorrente e nunca cumprida. São Luís não tem água até hoje. E uma que já vira brincadeira tal a irresponsabilidade como é tratada pelo governo, é o esgotamento sanitário e a poluição das praias. Todas estavam interditadas e de repente sem que nenhuma obra ou providência tivesse sido executada, foi anunciado com pompa, inclusive com banho do secretário no mar antes poluído, que já estava tudo perfeito. Agora volta o anúncio de que está tudo poluído e muito. É ou não, caso de ‘mudança no gogó’?

E a oposição é que faz ‘mudança no gogó’…

O senador José Sarney, em artigo, lamenta a seca do nordeste e diz que os nossos indicadores sociais – que estavam melhorando muito, segundo ele – vão piorar de novo porque estão vindo muitos nordestinos para cá, fugindo da seca. Ninguém ouviu falar disso, mas o senador é bem informado. Mas se temos os piores indicadores sociais do país, como poderemos piorar se pessoas de outros estados, todos com melhores indicadores do que nós, vierem para cá?

Não deu para entender. Ou melhor, a piora dos nossos indicadores já tem culpados. Os nordestinos que vieram para cá…

Se eles se empenhassem para resolver o problema da mesma maneira que se empenham em tentar explicar talvez a situação fosse outra.

O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras

Tempos de Mudança

Por Flávio Dino

Andar pelo Maranhão visitando as comunidades é prática fundamental para quem almeja conhecê-lo no rosto de nossa gente, na singularidade de cada município e no potencial que cada recôndito do Maranhão tem a desenvolver. As conversas que temos com cada um de nossos conterrâneos são fonte inesgotável de sabedoria e de reflexão. Cada qual com uma história de vida, de luta, de sofrimento e de superação; são eles os verdadeiros conhecedores do Maranhão como ele é.

Desde 30 anos atrás, quando optei por fazer parte de movimentos sociais, nas lutas pelo restabelecimento da democracia no Brasil, tenho buscado o encontro com as diferentes realidades que se apresentam no Maranhão. Foi assim no movimento estudantil, na advocacia sindical, na magistratura e na Câmara. É assim no governo federal, ajudando a presidenta Dilma.

Com todas essas experiências, penso que um dos retratos mais inaceitáveis é a desigualdade que ainda impera, pois continuamos nas últimas posições em todos os índices de desenvolvimento social e humano.

Recentemente, discutimos em Imperatriz a defasagem do ensino universitário no Maranhão; hoje somos o estado com menor percentual de adultos com formação superior (apenas 3,6% dos maranhenses possuem ensino superior completo). Então, por que ter apenas uma Universidade para atender a um estado tão plural?

Na verdade, precisamos da implantação de uma universidade em cada uma das regiões do estado, por exemplo, para formar médicos que atendam os mais pobres. O quadro educacional fica ainda mais preocupante se observarmos que um em cada cinco maranhenses adultos ainda não foi alfabetizado.

O Maranhão precisa ser guiado por um projeto real de desenvolvimento. As promessas eleitorais de quatro em quatro anos, sempre iguais e repetidas há 50 anos, beneficiam apenas aqueles que estão no poder e se acham donos dos destinos do nosso povo.

Em substituição a esse modelo equivocado que quer se eternizar, o Maranhão deve ter uma política industrial democrática, apoiando as vocações reais da nossa economia, e rompendo com essa ficção dos grandes projetos salvadores que, quando saem do papel, concentram riqueza nas mãos de poucos.

É bom que tenhamos grandes empreendimentos, mas sem extorsões e demagogias salvacionistas, típica de quem usa investimentos privados para auferir ganhos pessoais e eleitorais.

Com essa interpretação sobre o Maranhão, estamos propondo uma virada de página que abra as avenidas da esperança ao nosso maravilhoso povo, que merece os primeiros lugares e o que há de melhor. Natural que os poderosos tentem desqualificar e até se apropriar dos caminhos da mudança. Mas, andando pelo Maranhão, dialogando com a sociedade, tenho fé de que a arrogância e o terror não irão se impor.

Por isso, concordo: vivemos tempos de mudança. De verdade.

Flávio Dino, 43 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal