Roberto Gurgel pede cassação do mandato de Roseana Sarney

O pedido do procurador-geral da República também vale para o vice-governador, Washington Oliveira, do PT.

Do Jornal Nacional

roseana-sarneyO procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta quarta-feira (7) a cassação do mandato da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do PMDB. O Tribunal Superior Eleitoral tem que examinar o pedido.

O pedido do procurador-geral da República também vale para o vice-governador, Washington Oliveira, do PT.

A eleição de Roseana Sarney ao governo em 2010 foi contestada na Justiça Eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico e de autoridade.

Segundo o procurador, foram firmados convênios de caráter eleitoreiro, com a intenção de garantir alianças políticas.

Outra suposta irregularidade apontada pelo Ministério Público foi a distribuição gratuita de bens por meio de programa social, em ano de eleição. A decisão será do plenário do Tribunal Superior Eleitoral.

Em nota, a governadora disse que não conhece o teor do parecer do procurador-geral da República.

O que o Michel teme

Do Jornal Pequeno

Escancarou, tá na mídia, todo mundo já sabe, não há mais como esconder. Roseana Sarney está com medo de Flávio Dino, e foi à reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, reclamar do apoio do governo ao presidente da Embratur, da exposição positiva de seu principal adversário na mídia nacional e internacional. De fato, o noticiário é tão superior que sufoca toda a ação do Ministério do Turismo e já provocou até algumas guinadas oposicionistas do ministro Gastão Vieira que andou acusando o governo do Maranhão de gastar mal e perder recursos.

Roseana não deu ouvidos à experiência do senador Sarney, que, em meio a tantas reclamações do PMDB, teria afirmado: “Vamos com prudência. Lula e a presidente Dilma vão saber resolver tudo na hora certa”. Michel Temer foi até constrangido a dizer que vai falar com Dilma a respeito do assunto. A reação de Roseana foi subir nas tamancas: “Faz dois anos que você conversa com ela”.

Conversa mesmo. Só que Dilma tem a alma mais petista que o Lula, sempre esteve muito mais à esquerda que o ex-presidente, pode até ser considerada uma comunista de carteirinha, se levada em conta sua atuação política nos anos da ditadura. E é isso que o Michel teme.

Os sinais de desespero de Roseana são evidentes. E foi provavelmente esse desespero que consagrou aquela história mal contada da agenda ministerial de Flávio Dino.

O bicho tá pegando no PMDB descontente. “Não servimos mais para cargos e agora nem para candidatos a governos estaduais”, alguém teria dito isso por lá. Mas Dilma disputa a reeleição e parece disposta a purificar seu governo dos escândalos recorrentes do governo Lula. E, com o PMDB por perto, isso é quase impossível. Ô pessoalzinho danado pra gostar de uma mutreta, uma maracutaia, um desvio aqui e acolá, um tráfico de influência, uma dupla gestão em estatais. E é o fim disso que o Michel teme.

(JM Cunha Santos)

PMDB e Juca Martins foram os principais doadores da campanha de Zé Martins

O Comitê Financeiro Municipal Único, o Diretório Estadual do PMDB e o ex-prefeito Juca Martins (PMDB) foram os maiores doadores da campanha do prefeito eleito de Bequimão, Zé Martins (PMDB), de acordo com a prestação de contas apresentada pelo candidato à Justiça Eleitoral.

Segundo a prestação de contas, foram arrecadados R$ 132,2 mil. Deste total mais da metade dos recursos cerca de R$ 80 mil foi doada somente pelas três fontes citadas. O Comitê Financeiro Municipal Único doou R$ 50 mil em cheque; o Diretório Estadual do PMDB doou R$ 20 mil também em cheque, enquanto o ex-prefeito doou cerca de R$ 18 mil estimado.

Clique sobre a imagem abaixo e veja a relação de doadores de campanha do prefeito eleito:

Cléber Verde poderá ser secretário de Roseana Sarney. E ninguém fica amarelo de vergonha

Do Blog do Kenard

(…) o deputado federal Cléber Verde (PV) poderá assumir a secretaria de Cidades do governo Roseana Sarney (PMDB).

A ser verdade, eis mais um nome que depõe contra o governo de Roseana Sarney.

Cléber Verde foi demitido do INSS, a bem do serviço público, em 2003, quando ainda exercia o cargo de vereador em São Luís.

Verde foi acusado de inserir dados falsos no sistema da Previdência Social. Eleito duas vezes vereador de São Luís, ele usou o cargo que exercia no INSS para aposentar pessoas de forma fraudulenta, conforme constataram peritos do instituto.

Cléber Verde era do PRB, mesmo partido do então vice-presidente da República José Alencar, que fez de tudo, junto à direção do INSS, para salvar o companheiro de partido. José Sarney também trabalhou para salvá-lo.

Assim, em 18/10/2010, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, expediu portaria extinguindo a demissão e redimiu Cléber Verde. Um milagre e tanto, afinal desde 2003 o deputado lutava na Justiça para voltar ao cargo e perdia todas. Sete anos, José Alencar, Sarney e o ministro da Previdência depois, Cléber recuperou o cargo.

É esse o homem cotado para assumir uma secretaria no governo Roseana Sarney.

PT ‘apunhala’ Sarney em Pinheiro

Do Blog do Décio

Alguns membros do PT deram mais um sinal nesta quinta-feira que só pensam em seus interesses paroquiais e pessoais quando o assunto é aliança com o PMDB.

Por 9 votos a 7, a Executiva estadual petista rejeitou a proposta de aliança com os peemedebistas de Pinheiro, terra do presidente do Senado, José Sarney (PMDB).

Zé Carlos e Inácio: votos decisivos para derrota da aliança PT/PMDBO grupo do senador, que abriu mão da candidatura do secretário Max Barros (Infraestrutura), é quem mais luta para viabilizar o nome do vice-governador Washington Luiz Oliveira em São Luís.

Os votos decisivos para derrotar a tese da aliança PT/PMDB em Pinheiro foram do superintendente regional do Incra, José Inácio, e do deputado estadual José Carlos da Caixa.

Inácio contou com a ajuda do grupo Sarney para chegar ao comando do órgão. Já Zé Carlos é uma espécie de Domingos Dutra e Bira do Pindaré misturados.

No próximo dia 29, os petistas pinheirenses vão decidir se o partido se alia ao projeto do prefeito José Arlindo (PSB), que tem Luciano Genésio (PCdoB) como vice, ou se seguem outro caminho. Como encontro é soberano, o PT pode até mesmo decidir por uma candidatura própria ou rever a composição com o PMDB, que tem no ex-prefeito Filuca Mendes seu principal nome.

Segundo petistas contaram ao blog, Inácio votou contra a aliança interessado no apoio do PSB e PCdoB em Bequimão, sua terra natal. Lá ele apoia a candidatura do vice-prefeito César Cantanhede (PTC).

Já Zé Carlos, após reunião da executiva, saiu-se com essa: “Podem ir dizer para a governadora (Roseana Sarney) como foi que eu votei”.

A notícia da não coligação não agradou a cúpula do PMDB do Maranhão porque o PT estaria reforçando o projeto da oposição em 2014.

Os membros do partido, no entanto, informaram que o Washington ficou alheio a discussão do caso Pinheiro porque estava viajando. Ele chegou a São Luís somente nesta quinta-feira.

A preocupação agora é que vários aliados do vice-governador, após o encontro, foram se “confraternizar” com Bira. Washington e Bira disputam neste domingo quem será o candidato do PT à Prefeitura de São Luís.

Te cuida, Washington! Tu podes ser a próxima vítima da “traição amiga”.

Educação no Maranhão: a destruição sistemática de gerações

Do Blog do Kenard

Em 2002 José Reinaldo Tavares foi eleito governador do Maranhão, ainda pelo Esquema Sarney. O resto é sabido: veio o rompimento por conta de Roseana Sarney (mesmo eleita senadora, ela ainda queria mandar no governo) e de Fernando Sarney (este ou a usar os meios de comunicação da famiglia para agredir o governador por causa de uma dívida de 700 mil reais de publicidade, que, no entanto, o governador dizia não existir).

Foi aí que José Reinaldo Tavares abriu a caixa-preta do governo. E o conteúdo não era bom de ver, embora boa parte já constasse nas denúncias dos pouquíssimos jornalistas independentes.

Um exemplo grotesco: de 217 municípios maranhenses, somente 57 contavam com ensino médio. Em oito anos de governo Roseana Sarney foram construídas apenas três escolas. Não ira que o Estado amargasse o último lugar nos índices educacionais do país.

Roseana Sarney

O que ninguém sabia até 2002, é que Roseana Sarney pretendia se candidatar a presidente do Brasil. Isso explicaria por que o Governo do Maranhão fechou um contrato milionário com a Rede Globo para ter o direito de usar nas salas de aula o programa tele-ensino. O Esquema Sarney contava que o contrato servisse para blindá-la na Globo. Ledo engano. Veio o escândalo da Lunus (empresa de Roseana Sarney e do marido Jorge Murad, onde a Polícia Federal encontrou uma pilha de notas que somadas avam de 1 milhão de reais, tudo de origem obscura) e a Globo, que já levara a bolada do contrato, tratou de transformar a candidata num picolé, na feliz expressão do jornalista Palmério Dória.

A historinha do contrato com a Globo mostra bem como a educação era vista por Roseana Sarney.

Derrota de Roseana – Em 2006, Roseana Sarney disputou o Governo do Maranhão. Foi derrotada no segundo turno pelo médico Jackson Lago (PDT). Em 2009, o TSE amigo devolveu à filha do coronel o comando do estado. Lago teve o diploma cassado num dos julgamentos mais esdrúxulos da história da mais alta Corte eleitoral.

A derrota de Roseana Sarney em 2006 se transforma em 2009 na derrota da população.

É que o Maranhão havia conquistado, de 2004 (justo quando José Reinaldo Tavares rompe com os Sarney) a 2009 (portanto, até a queda de Jackson Lago) valiosas modificações nos seus índices sociais negativos.

Por exemplo: em encontro promovido pelo Ipea e o Sebrae, o pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Rafael Guerreiro Osório, apresentou trabalho intitulado “A Dimensão e a Medida da Pobreza Extrema no Brasil- O Caso do Maranhão”. Isso foi em 2011.

Ali Rafael Guerreiro Osório mostrou, baseado em dados do Pnad, que entre 2004 e 2009, o Maranhão reduziu a pobreza extrema em 47%. “A queda do número de pessoas vivendo em pobreza extrema do Nordeste foi pouco menor que a do Brasil, mas a do Maranhão foi maior. No período entre 2004 e 2009, o Brasil teve reduzida a pobreza extrema de 8% para 5%, ou menos 42%. No Nordeste, a redução foi de 19% para 11%, ou menos 40%. E no Maranhão, a redução foi de 27% para 13%, ou menos 47%”, esclareceria Osório. Era o Maranhão sem Roseana Sarney.

Em números redondos: em 2004 havia 1 milhão e 600 mil pessoas vivendo em extrema pobreza e em 2009 esse número havia sido reduzido para 827 mil, a maior redução do país.

Na saída de Roseana Sarney do segundo mandato, o ensino médio só existia em 57 dos 217 municípios. Em 2009, ao voltar pelas mãos generosas do TSE, ela encontrou o ensino médio nos 217 municípios. Encontrou também o programa Saúde na Escola, que cuidava da saúde das crianças no próprio colégio. Hoje não existe mais.

Washington: PT no governo

Em 2010, agora na companhia do PT, Roseana Sarney se reelege, novamente em eleição posta sob suspeição. O caso se encontra no TSE. Roseana Sarney e o vice do PT Washington Luiz pediram para que fossem ouvidas testemunhas. Um juiz amigo segura o caso até hoje. ninguém foi ouvido, se é que alguém um dia será ouvido.

Também em 2010, o então deputado federal Flávio Dino (PCdoB) denunciava na Câmara dos Deputados os lamentáveis índices da educação no Estado. Reveja aqui.

Bem, como nos três mandatos anteriores, em 2010 Roseana Sarney e o PT não tinham nenhum projeto para a educação no Maranhão. Com a ligeireza de sempre, Roseana Sarney entregou a pasta da educação ao PT. O vice-governador Washington Luiz indicou Anselmo Raposo, homem de sua mais alta confiança, para ser o secretário de Educação.

As denúncias de corrupção começaram a pipocar dia sim e no outro também. Da ausência de licitações a contratos milionários com empresas que não tinham o que oferecer na área de educação, tudo de ilegal aconteceu. Era o jeito petista aliado ao jeito oligárquico de istrar o dinheiro público.

Dino denunciou descaso

Cálculos tímidos apontam que 100 milhões de reais escorreram pelo ralo. A coisa sob a batuta do PT chegou a níveis tão grotescos, que até Roseana Sarney – vejam só! – chegou a se assustar. Anselmo Raposo foi demitido.

Mas Washington Luiz não indicou Anselmo Raposo por ingenuidade. Impossível que ele não soubesse do currículo extraclasse de Raposo na Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Também houve irresponsabilidade da governadora Roseana Sarney: como ela aceitou o nome indicado por Washington e não procurou saber de quem se tratava?

Eis como Décio Sá, blogueiro e repórter do jornal da famiglia Sarney, noticiou a demissão de Raposo:

“O afastamento de Anselmo foi decidido nesta quinta-feira (12/11/2010) depois de uma reunião da qual ele participou com a governadora. Foi iniciada às 15h e encerrada por volta das 18h. A gota d´água para a exoneração foi o fato de Anselmo ter apresentado, em audiência na Assembleia Legislativa, um plano educacional para os próximos quatro anos sem conhecimento de Roseana.

A governadora vinha recebendo muitas denúncias de irregularidades na pasta. O blog chegou a denunciar um edital de dispensa de licitação com o desconhecido Imecap (Instituto Maranhense de Educação Continuada e Planejamento) no valor de R$ 17,3 milhões. A primeira parcela de R$ 8,5 milhões chegou a ser paga. O Imecap tem patrimônio de apenas R$ 12 mil. Roseana mandou suspender o contrato, mas o Imecap ainda não devolveu um centavo do valor recebido (reveja).

Semana ada a governadora mandou suspender uma compra de R$ 40 milhões em livros que a secretaria iria fazer. Além disso, teve o movimento dos índios Guajajaras que interditaram a BR-226 reclamando da falta de ree de rescursos do transporte escolar”.

Pé na jaca – Mas o PT não tirou o pé por completo da Secretaria de Educação. O atual secretário-adjunto, responsável pela istração financeira, digamos assim, é outro homem de confiança do vice Washington Luiz. É o presidente do PT de São Luís, Fernando Silva. Anselmo Raposo não ficou ao Deus dará, nada disso. Foi contemplado com uma assessoria na vice-governadoria, onde nunca lhe viram mais gordo. A dúvida: ganhou a assessoria por saber demais ou pelos bons serviços prestados ao vice-governador?

A Educação? Bom, vai cada vez pior, colecionando vergonhas nos sucessivos exames nacionais. E assim permanecerá, enquanto o PT e Roseana Sarney estiverem governando o Maranhão.

Mandato de vereador do PMDB poderá ser alvo de disputa judicial

É incômoda a situação do vereador Filuca no PMDB de Bequimão. Eleito pelo partido em 2008, quando este era dirigido pelo ex-prefeito Leonardo Cantanhede, ele pretende deixar o partido que atualmente é presidido por Juca Martins. Mas, com a Lei da Fidelidade Partidária pairam sobre a cabeça do peemedebista a ameaça de perder o mandato e o curto prazo para transferir-se de legenda para concorrer à reeleição.

A transferência de Filuca já estaria acertada para o PDT a convite do prefeito Antônio Diniz. O problema é que o vice-presidente do Diretório Municipal do PMDB é nada mais nada menos que o suplente de vereador Ademar da Via Paulista, que voltou ao partido e ou a integrar o grupo de Zé Martins.

Com isso, o vereador Filuca terá de decidir se permanece no PMDB e mantém o mandato ou troca de partido e corre o risco de ser cassado por infidelidade partidária. Terá até o próximo dia 7 de outubro tomar a decisão. Seja qual for poderá ter futuras ‘dores de cabeça’.