Robson Cheira é vereador mais rico de Bequimão; patrimônio dobrou em 4 anos

Candidato à reeleição em outubro, o vereador Robson Cheira (PTN) aumentou o patrimônio a olhos vistos. A evolução patrimonial do vereador de primeiro mandato alcançou a considerável marca de 202,34% em apenas quatro anos.

Declaração de bens de Robson Cheira em 2008

Cheira declarou ter R$ 175, 2 mil, em 2008. Agora, o vereador do PTN apresentou declaração de bens no valor de R$ 354,5 mil. Em valores absolutos tem o maior patrimônio entre seus colegas de plenário que disputarão novamente a eleição.

Em 2008, Cheira declarou-se “comerciante” à Justiça Eleitoral. Neste ano,  sua ocupação declarada é “vereador”. Ao que parece a troca de “profissão” foi promissora. O patrimônio do vereador cresceu vertiginosamente para os padrões locais.

Comparando as duas declarações apresentadas à Justiça Eleitoral, Robson Cheira somou ao seu patrimônio, nos últimos quatro anos, duas casas, uma moto e trocou o carro.


As casas, localizadas no Balandro e no Centro, totalizam R$ 140 mil. O veículo gol no valor de R$ 9,5 mil é coisa do ado. Agora, seu carro é uma S-10, no valor de R$ 45 mil. E de quebra, adquiriu uma moto Honda Bross avaliada em R$ 4,5 mil. Nada mal para um estreante na política.

Sem corrupção, o brasileiro poderia ser até 27% mais rico

Do Blog do Controle Social


Propina, mensalão, superfaturamento, dinheiro na meia ou na cueca. Tudo isso faz o Brasil perder, por ano, entre R$ 41,5 bilhões e R$ 69,1 bilhões, segundo estudo do departamento de competitividade e tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Numa escala de zero a 10 feita pela ONG Transparência Internacional – pela qual quanto menor a pontuação, maior é o índice de corrupção – o país tem 3,7 pontos. Se tivesse a mesma pontuação das nações menos corruptas (7,45), o brasileiro poderia ser 15,5% mais rico.

O levantamento mostra que, hoje, cada brasileiro recebe em média R$ 14,47 mil por ano, e aria a receber R$ 16,71 mil, ou seja, 4,4 salários mínimos a mais. Se a corrupção não existisse, o aumento da renda per capita (R$ 18.388) seria de 27%, o equivalente a quase oito salários mínimos a mais.
“Se o nível de corrupção no país diminuísse, mais recursos seriam liberados para as atividades produtivas, o que poderia gerar mais empregos, mais infraestrutura e um maior crescimento econômico, o que se traduz em ganhos de competitividade”, afirma o diretor do Decomtec, José Ricardo Roriz.

Na opinião do professor da área de istração pública do Ibmec, Miguel Augusto Barbosa Dianese, a produtividade é totalmente afetada, uma vez que os recursos desviados deixam de ser aplicados em melhorias para a população.

Simulações feitas pela Fiesp mostram que, com os R$ 69,1 bilhões perdidos com a corrupção, o governo poderia ampliar o número de alunos matriculados na rede pública em 47%, ou elevar a quantidade de leitos para internação do SUS em 89%.

Dianese destaca que, quanto maior o índice de corrupção, pior fica a imagem do país no mercado internacional e menor será a captação de investimentos estrangeiros. De acordo com ele, uma das soluções para reduzir a ação de corruptos é acabar com a prática da carta-convite. Por esse modelo, em vez de realizar uma licitação, o governo tem a opção de convidar três empresas a apresentarem propostas para o serviço a ser contratado.

“É o gestor que escolhe quem convidar. Se fosse pelo processo de licitação, com a publicação de editais em jornais de grande circulação, a competitividade seria maior e seria mais fácil evitar favorecimentos”, avalia.

Fonte: Portal o Tempo

O que eles disseram

Do Blog do José Luiz Oliveira de Almeida

“O rico, às vezes, vai para cadeia também. Isso acontece quando ele se confronta com outro rico, e perde e briga. Tiram a cobertura dele.É uma briga entre piratas. Nesse caso o sistema uso o rico que perdeu. E, excepcionalmente, o derrotado acaba na cadeia. Mas ter um VIP na prisão é usado pela mídia para comprovar que o sistema penal é igualitário…”

“Estamos vivendo um momento muito especial. Hoje, não é fácil pegar um grupo qualquer para estigmatizá-lo, mas há um grupo que sempre pode virar o bode expiatório. É o grupo dos delinqüentes comuns.  É um candidato a inimigo residual que surge quando não há outro inimigo melhor. Houve uma época em que bruxas podiam ser acusadas de tudo, das perdas das colheitas à impotência dos maridos. O que se pode imputar aos delinqüentes comuns é limitado, por isso é um candidato a bode expiatório residual. Nos últimos decênios, com a política republicana dos Estados Unidos, os delinqüentes comuns se tornaram o mais recente bode expiatório”.

Eugenio Raúl Zaffaroni

Entrevista concedida ao Consultor Jurídico em  05/07/2009