Justiça aceita denúncia do MP. Roseana, Ricardo Murad e mais 14 são réus

Do Blog do Garrone 

Ricardo Murad e Roseana podem pegar até 29 anos de cadeia

 FAVORECIMENTO Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras

FAVORECIMENTO Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras

O juiz da 7ª Vara Criminal Fernando Luiz Mendes Cruz aceitou a denúncia promovida pelo Ministério Público contra Roseana Sarney, Ricardo Murad, e outras 14, da 15 pessoas, dentre funcionários públicos e empreiteiros, acusados de enriquecimento ilícito e de desviarem recursos da Saúde pública para financiar campanhas eleitorais.

A ex-governadora e o ex-secretário de saúde e os 14 foram acusados de montar uma associação criminosa para subtrair verbas do programa Saúde é Vida a partir das licitações para a construção de 64 unidades hospitalares de baixa complexidade, de 20 leitos, em vários municípios do estado, que consumiu entre 2009 e 2010, cerca de R$ 151 milhões.

Somados os crimes de fraude à licitação, dispensa ilegal de licitação, favorecimento em dispensa ilegal de licitação, issão irregular de licitante, contratos superfaturados, peculato e associação criminosa, listados pelo Ministério Público, Roseana e Ricardo podem pegar até 29 anos de prisão.

Na decisão, Fernando Cruz ressaltou que as transações de recursos para as empresas contratadas sem licitação, se destinaram para financiar a campanha eleitoral de Roseana Sarney em 2010 e seu partido, o PMDB, que receberam cerca de R$ 1.950.000,00 em “doações”.

Roseana também responderá pelos crimes apontados pelo Ministério Público por ter encabeçado na condição de governadora, os atos de divulgação das obras, inaugurações e ampla campanha publicitária pré-eleitoral, pondo os negócios “dos hospitais em grande quantidade, como atos istrativos em seu nome”, escreveu Fernando Cruz.

Marcelina Sofia Costa Leite foi excluída da denúncia pelo próprio MP, em aditamento, por não haver elementos indiciários de que tenha recebido recursos públicos do suposto esquema.

Além de Roseana e Ricardo irão responder processo judicial Antonio Barbosa de Alencar, Antonio Gualberto Barbosa Melo, Antonio José de Oliveira Neto, Delci Aparecida Toledo M Nepomuceno da Silva, Fernando Neves da Costa e Silva, Gardenia Baluz Couto, Jeferson Nepomuceno da Silva, José Márcio Soares Leite, José Orlando Soares Leite Filho, Mirella Palácio de Alencar, Osvaldino Martins de Pinho, Ozororio Guterres de Abreu, Rosane Campos daSilva Melo e Sérgio Sena de Carvalho.

Todos terão dez dias para apresentarem suas defesas por escrito.

Em acusação enviada à Justiça MP pede até 29 anos de cadeia para Roseana

Do Blog do Garrone

 FAVORECIMENTO Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras

FAVORECIMENTO Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras

O Ministério Público do Maranhão enviou para a Justiça (7ª Vara Criminal – juiz Fernando Luiz Mendes Cuz) acusação contra Roseana Sarney e Ricardo Murad, e outras 15 pessoas, dentre funcionários públicos e empreiteiros, por praticarem diversos crimes com a finalidade de enriquecimento às custas das verbas da saúde pública, bem como para financiar as campanhas eleitorais da ex-governadora e do ex-secretário nas eleições de 2010.

O promotor Lindonjonson Gonçalves de Sousa acusa a montagem de uma verdadeira associação criminosa para dilapidar recursos  públicos a partir do programa Saúde é Vida e a construção de 64 unidades hospitalares de baixa complexidade, de 20 leitos, em vários municípios do estado, que consumiu entre 2009 e 2010, cerca de R$ 151 milhões.

Somados os crimes de fraude à licitação, dispensa ilegal de licitação, favorecimento em dispensa ilegal de licitação, issão irregular de licitante, contratos superfaturados, peculato e associação criminosa, listados pelo Ministério Público, Roseana e Ricardo podem pegar até 29 anos de prisão.

Roseana seria uma espécie de sócia oculta do esquema montado pelo ex-secretário para desviar recursos das construções dos 64 hospitais. Segundo Lindonjonson Gonçalves de Souza,  o ex-secretário Murad e seus substitutos e sucessores reportavam-se diretamente a ex-governadora, ocasionando solidariedade entre os gestores, na mesma decisão istrativa, com atos diversos, mas finalidades, objetivos e benefícios comuns.

O MP ainda ressalta que as transações e transferências de recursos para empresas contratadas sem licitação, no montante de R$ 57 milhões, serviram para abastecer sua campanha eleitoral e seu partido, o PMDB, em 2010, na quantia de R$ 1.950.000,00, para ser exato.

Além disso, explica o Ministério Público na acusação enviada à Justiça, que “o Secretário de Saúde, sr. Ricardo Murad era seu colaborador, do mesmo modo que os demais servidores públicos eram auxiliares deste, tendo encabeçado, na condição do cargo que ocupava, os atos de divulgação das obras, inaugurações e ampla campanha publicitária pré-eleitoral, pondo os negócios dos hospitais em grande quantidade, como atos istrativos de seu governo, assim todos praticavam atos istrativos em seu nome”.

Aditivos superfaturados

O promotor de justiça Lindonjonson Gonçalves de Sousa

O promotor de justiça Lindonjonson Gonçalves de Sousa

Todas foram beneficiadas pelas licitações consideradas fraudulentas pela promotoria de justiça. As obras contém o vício insanável de começarem sem o Projeto Básico, que só foi apresentado vários meses depois, com a contratação sem licitação da empresa Proenge Ltda., além de receberem aditivos despropositais, segundo o MP.O esquema revelado pelo MP envolvia as empresas Guterres Construções e Comércio Ltda., Lastro Engenharia Incorporações e Indústria Ltda., Geotec Construções e Projetos Ltda., Construtora Soares Leite Ltda., e JNS Canaã Construções e Paisagismo Ltda.

Lindonjonson Gonçalves de Sousa diz que é evidente o superfaturamento,  já que os aditivos serviram apenas para expandir artificialmente as despesas com as obras dos hospitais, pela forma como foi justificada e pela opção do valor linear para todos os contratos, e a formação de um valor aritimético de R$ 118.181,62 por leito hospitalar, que resulta da multiplicação de 20, número de leitos por hospital, por 64 a quantidade de hospitais do programa Saúde É Vida; tratando-se apenas de alvenaria e da edificação pronta, sem os equipamentos que efetivamente tornem funcionais os hospitais.

Conduta social  insensível e gananciosa

O promotor também observa que os projetos das 64 unidades hospitalares, além de outras obras relacionadas a unidades hospitalares de média e alta complexidade, durante o exercício do mandato e da gestão da ex-governadora e do ex-secretário, foram cercadas de intensa divulgação midiática, contrária ao interesse público de o à informação, transparência, economicidade e viabilidade econômica de manutenção de uma estrutura multiplicada de unidades hospitalares.

”Muitas delas superpostas a outras já existentes, em funcionamento em vários municípios, como é público e notório, o caso dos municípios de Matões do Norte, Alto Alegre do Maranhão, e municípios da região de Coroatá, muitos deles já detentores de uma estrutura hospitalar municipal que tem as mesmas características de necessidade e suficiência para os procedimentos que o Sistema Único de Saúde financia para municípios pequenos, pela localização geográfica e pelo contingente populacional”, acusa Lindonjonson.

O Ministério Público pede que Roseana Sarney, Ricardo Murad  e os outros réus (veja a lista abaixo) sejam condenados, aplicando-se na dosimetria da pena, a culpabilidade exacerbada, pelo manuseio de recursos escassos, com prejuízo à coletividade, revelando conduta social insensível e gananciosa.

O MP ainda solicita que eles também sejam condenados a reparar os danos decorrentes dos crimes praticados. Clique aqui e leia mais.

Roseana Sarney recebeu propina do doleiro no Palácio dos Leões, diz Veja

7Reportagem da nova edição da revista Veja diz que um dos principais auxiliares do doleiro Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopez, entregava em domicílio dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras a políticos. Entre os beneficiários, segundo a revista, estão a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), o senador Fernando Collor (PTB-AL), o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), o ex-deputado cassado André Vargas (ex-PT-PR), o deputado Luiz Argôlo (PP-BA) e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

De acordo com Veja, Rafael Ângulo pagou R$ 900 mil em propina à governadora Roseana Sarney nas dependências do Palácio dos Leões. Baseada em depoimentos colhidos pela Polícia Federal, a revista relata que para liberarem parcelas de uma divida de R$ 120 milhões com a empreiteira Constran, também envolvida com o cartel da Petrobras, autoridades do governo maranhense exigiram R$ 6 milhões em propina. Cabia a Youssef mediar o acerto. O doleiro destacou Rafael Ângulo para levar parte do suborno.

A reportagem afirma que ele transitava sem levantar suspeitas pelos aeroportos. “Ele cumpria suas missões mais delicadas com praticamente todo o corpo coberto por camadas de notas fixadas com fita adesiva e filme plástico, daqueles usados para embalar alimentos. A muamba, segundo ele disse à polícia, era mais fácil e confortável de ser acomodada nas pernas”, diz trecho. Dois ou três comparsas o auxiliavam quando o transporte envolvia valores mais altos.

Sempre segundo Veja, usando de sua habilidade de esconder dinheiro no corpo, Rafael Ângulo veio três vezes ao Maranhão. Sem ser oestado pela fiscalização, levou sob as roupas R$ 300 mil de cada vez. A bolada, de acordo com anotações do seu arquivo, foi entregue ao então chefe da Casa Civil, João Abreu, no interior do Palácio dos Leões.

Rafael anotava e guardava comprovantes de todas as suas operações clandestinas. “É considerado, por isso, uma testemunha capaz de ajudar a fisgar em definitivo alguns figurões envolvidos no escândalo da Petrobras”, destaca a publicação. Ele se ofereceu para fazer um acordo de delação premiada, pelo qual o acusado tem sua pena reduzida em troca da colaboração com as investigações.

Veja lembra que Roseana Sarney aparece no escândalo da Lava Jato desde a deflagração da operação, em março ado. Não por acaso, Alberto Youssef foi preso pela Polícia Federal no Hotel Luzeiros, na Ponta d’Areia. A ex-governadora é citada como beneficiária de propina no depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que também fez acordo de delação premiada com a Justiça, e da contadora Meire Poza.

Segundo Poza, a propina entregue por Rafael Ângulo teria sido paga ao governo para que a empresa UTC/Constran furasse a fila dos precatórios e recebesse os R$ 120 milhões que o governo do Maranhão lhe devia antecipadamente. De acordo com a contadora, no dia 10 de setembro de 2013, houve uma reunião para acertar os detalhes com João Abreu, a presidente do Instituto de Previdência do Estado, Maria da Graça Marques Cutrim; a procuradora-geral Helena Maria Cavalcanti Haickel; e secretário de Planejamento João Bringel.

Por intermédio de sua assessoria, Roseana Sarney negou à Veja qualquer ligação com a quadrilha. Ela também informou que entrou em contato com João Abreu e que este também “negou veementemente que tivesse recebido dinheiro do doleiro Youssef”.

Antes da renúncia, Roseana exonerou mais 139 servidores. Bastico na lista

Com informações do Blog do Garrone

Na véspera de renunciar ao governo, Roseana Sarney exonerou mais 139 servidores – a maioria com cargos comissionados – das secretarias de Saúde, Infraestrutura, Comunicação, Orçamento, Gestão e Previdência, Assuntos Políticos, Direitos Humanos, Casa Civil e de órgãos como o Detran, Deint e INMEQ.

BasticooO secretário de Saúde do município de Bequimão, Manoel Sebastião Gusmão Moraes, integra a lista de exonerados. Bastico, como é conhecido na cidade, estava lotado na Secretaria de Estado da Agricultura. É de se questionar como o secretário de Saúde conseguia cumprir a dupla jornada de trabalho.

Roseana iniciou o desmonte de sua máquina política imediatamente após a derrota do seu grupo na eleição de outubro, com a demissão de familiares, socialites, amigos e aliados políticos.

De acordo com o Diário Oficial, o número de cortes já ultraa os 500 nomes, que recebiam vencimentos de até R$ 14 mil.

Clique aqui e veja a lista das exonerações.

Leia mais

Roseana desmonta cabide na Saúde. Juca Martins na lista dos exonerados

Roseana desmonta cabide na Saúde. Juca Martins na lista dos exonerados

Com informações do blog do Garrone

Juca Martins

Juca Martins

Roseana Sarney continua com o desmonte da sua máquina política e de apadrinhamento mantida pelo governo do Estado.

Depois das exonerações na Casa Civil, onde predominaram sobrenomes famosos no colunismo social, agora chegou a vez da Saúde, onde o destaque são os afilhados políticos.

Na lista dos 169 “servidores” exonerados está o ex-prefeito de Bequimão, Juca Martins. Clique AQUI e veja a lista completa

Juca

Nesta a situação é mais grave por tratar-se de uma secretaria envolvida diretamente com a vida.

A transfusão de dinheiro público da Saúde para o bolso de quem não faz nada vai muito mais além da imoralidade revelada na Casa Civil.

No último Diário Oficial disponível na internet do dia 5 de novembro foram publicadas 169 exonerações das regionais de saúde de Barreirinhas, Tutóia, Cururupu, Governador Nunes Freira, Estreito, Colinas, Santo Antônio dos Lopes, Lago da Pedra, Rosário, Itapecuru-Mirim, Chapadinha, Codó, Pinheiro, Viana, Timon, Santa Inês, Zé Doca, Açailândia, Imperatriz, Balsas, São João dos Patos, Presidente Dutra, Pedreiras, Barra do Corda, Bacabal e Caxias.

A grande maioria dos exonerados ocupava cargos de Assessor Técnico.

Mas há regionais que perderam gestores de unidade de saúde e até mesmo todo o seu o núcleo de vigilância epidemiológica e controle de doenças.

Das duas, uma: Ou ninguém trabalha mesmo e não farão a menor falta; ou Roseana resolveu deixar a população do interior do Estado entregue à própria sorte.

Mas também quem mandou querer se livrar da peste…

TJ contradiz Roseana Sarney sobre pagamento de precatórios no Estado

Deu no Jornal Nacional

O poder judiciário do Maranhão negou ter determinado o pagamento de uma dívida do governo estadual a uma construtora: um precatório. O Governo tem afirmado que o pagamento tinha sido ordenado pela Justiça.

O Tribunal de Justiça foi a público para contestar o governo do Maranhão. E esclarecer uma declaração dada pela governadora Roseana Sarney ao Jornal Nacional.

Na última terça-feira (5), a governadora negou ilegalidades no ree à construtora Constran. E disse que apenas cumpriu o que a Justiça determinou. “Nós só fizemos o que a Justiça mandou e com a anuência do Ministério Público. E decisão judicial a gente não discute, a gente cumpre”, disse Roseana Sarney.

Nesta quarta-feira (13), em nota oficial, o Tribunal de Justiça do Maranhão informou que não houve qualquer determinação para pagar o precatório da Constran. E que, desde setembro do ano ado, a dívida foi excluída da lista de pagamentos a pedido do Ministério Público.

Em novembro, o governo do Maranhão e a Constran fecharam um acordo extrajudicial para que a empresa recebesse R$ 113 milhões. O acordo foi homologado – ou seja, reconhecido pela Justiça. A governadora Roseana Sarney não quis gravar entrevista nesta quinta-feira (14).

Quem respondeu, no lugar dela, foi a Procuradoria-Geral do Estado, que declarou que essa homologação do acordo pode ser considerada uma decisão judicial.

O caso do pagamento à empresa Constran veio à tona depois do depoimento prestado à Polícia Federal por Meire Poza, que foi contadora do doleiro Alberto Youssef, um dos presos na Operação Lava-Jato.

A contadora disse que a construtora pediu que Youssef subornasse o governo do Maranhão, oferecendo R$ 6 milhões. Em troca, a empresa furaria a fila de pagamentos judiciais e receberia, antecipadamente, R$ 120 milhões.

Ainda segundo a contadora, por ter negociado o acordo, Youssef receberia R$ 12 milhões. Segundo o portal da transparência do governo do Maranhão, já foram liberados R$ 33 milhões desse precatório à Constran.

Nesta semana, o Ministério Público do Maranhão abriu investigação sobre as suspeitas. O prazo inicial de apuração é de 90 dias. Em outra frente, a juíza Luzia Neponucena, que suspendeu novos rees à Constran, vai pedir uma análise contábil para saber se há irregularidade nos pagamentos.

A Constran declarou que fez um acordo com o Governo do Maranhão para receber, a prazo e sem juros, o valor devido por uma obra realizada na década de 1980. A construtora afirmou que tomou essa medida para não atrasar, ainda mais, o pagamento da dívida. A Constran também nega ter contratado Alberto Youssef.