Deu na Folha: Planilha sugere ree ilegal de R$ 400 mil a Sarney Filho

Da Folha de S. Paulo

16167210O acordo de delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, relacionou mais um ministro do governo Michel Temer. Uma planilha com valores e datas produzida por Machado e entregue à PGR aponta que o filho do ex-presidente da República José Sarney, Sarney Filho, atual ministro do Meio Ambiente, recebeu R$ 400 mil como “vantagens ilícitas em doações oficiais” no ano de 2010.

Naquele ano, Sarney Filho foi candidato a deputado federal pelo PV (Partido Verde) do Maranhão. Segundo a prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral em 2010, a direção estadual do PV no Maranhão recebeu R$ 1 milhão em doações durante a disputa eleitoral. Desse total, R$ 400 mil vieram da empreiteira Camargo Corrêa e R$ 135 mil da construtora Queiroz Galvão.

Na planilha entregue por Machado, o valor de R$ 400 mil ligados a Sarney Filho aparece ao lado da sigla “CC”, provável referência à Camargo Corrêa. Há na planilha outros valores ligados a José Sarney e à sigla “QG”, suposta referência à empreiteira Queiroz Galvão.

Nos depoimentos que prestou na delação premiada, Machado não citou o nome do atual ministro do Meio Ambiente, mas a planilha entregue por ele inclui o nome de Sarney Filho. O papel descreveria a forma pela qual Machado distribuiu ao ex-presidente Sarney um total de R$ 18 milhões em “vantagens ilícitas” entre 2006 e 2014. Nesse período, Machado presidia a Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Machado assim descreveu sua relação com José Sarney e a decisão de começar a pagar: “Conheço Sarney desde 1982, quando ele foi candidato a vice-presidente da República. No ano de 2006, fui procurado por ele, que relatou suas dificuldades em manter sua base política no Amapá e Maranhão, e pediu ajuda. Eu disse que ia examinar e ver o que poderia ser feito. Definimos então um pagamento anual para a sua sustentação política.

Esse pagamento se deu mediante doações oficiais e não oficiais, realizadas por meio de pagamento de vantagens ilícitas pelas empresas que possuíam contratos com a Transpetro. Os pagamentos foram realizados até o ano de 2014″.

Segundo o delator, esses valores foram pagos em doações oficiais ou em espécie, com dinheiro providenciado por empresas que tinham contratos com a Transpetro.

OUTRO LADO

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, informou à Folha, em nota, que “tudo pode se esperar de um indivíduo que chegou ao cúmulo de gravar uma pessoa de 86 anos no leito de hospital, como fez esse monstro moral, Sérgio Machado”.

O ministro afirmou que “dizer que doações oficiais, amplamente publicizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral, seriam produto de ‘vantagens indevidas’, pedida por meu pai, é muito fácil para um picareta que, como ele, não teve o pudor de usar seus três filhos na roubalheira bilionária que promoveu”.

“Vi esse marginal várias vezes na casa de meu pai, de quem se dizia amigo, porém nunca conversamos nada que levantasse de minha parte a menor suspeita sobre o bandido que ele é”, disse o ministro, na nota.

Folha apurou, sobre a referência do ministro a suposta gravação em leito do hospital, que os autos trazidos a público nesta quarta-feira (15) não confirmam que Machado fez gravação semelhante com o ex-presidente José Sarney. As gravações com o ex-presidente teriam ocorrido em sua residência, em Brasília.

Irregularidades no Maranhão envolvem Sarney Filho

f4b122c741190be120443b0ba7e0cc76Jornal GGN – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) pagou mais de R$ 1 milhão à empresa Tramitty Business to Government por serviços não realizados, denunciou a Procuradoria Geral do Estado (PGE). Sob o comando de Genilde Campagnaro, a secretária foi apadrinhada ao cargo pelo deputado federal Sarney Filho (PV-MA).

Genilde contratou a Tramitty para realizar o processo de licitação de empresas que se candidatariam aos serviços de assessoria técnica no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e no Plano de Recomposição de Área Degradada (PRAD). Mas o problema é que a própria Tramitty venceu a licitação.

Ao investigar o caso, a Secretaria de Transparência e Controle (STC) verificou que houve direcionamento na licitação, como exigências impostas pela Tramitty para que outras empresas fossem automaticamente excluídas da concorrência. Assim, o único candidato foi uma empresa de um funcionário da Tramitty.

“Fica claro mais um flagrante do conluio entre pseudos concorrentes objetivando fraudar a licitação, com a permissividade e atuação conjunta de servidores públicos, também réus no presente processo, que foram responsáveis pelo procedimento licitatório”, disse o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia, na ação ingressada na 6ª Vara da Justiça Federal.

Com a licitação, a empresa iria receber um total de R$ 9,69 milhões de recursos do Banco da Amazônia (basa), em convênio com o BNDES. Foi feito apenas um pagamento de R$ 1,4 milhão, sem, contudo, a Tramitty realizar o serviço.

“A única coisa encontrada para justificar o pagamento foi um plano de trabalho e o documento ainda estava fora das especificações exigidas pela própria na Tramitty, no termo de referência para a licitação”, disse Maia.

Na denúncia, a PGE solicita o bloqueio dos bens, a quebra de sigilo bancário e ressarcimento de R$ 4,3 milhão, dos quais R$ 1,4 milhão referente ao pagamento e mais uma multa civil de R$ 2,9 milhão.

Outros casos

Não é a primeira licitação no estado sob investigação, ainda nesta semana.

Outra realizada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, para contratar serviços de engenharia nas unidades do Poder Judiciário, pagando mais de R$ 35 milhões foi suspensa pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após encontrar irregularidades.

Uma delas foi a modalidade de licitação usada pelo TJ-MA: de acordo com os serviços contratados, a concorrência deveria ocorrer no modelo “técnica e preço” e não por pregão eletrônico.

No edital, também foram omitidas as informações sobre custos e quantidade de cada lote dos serviços de manutenção predial preventiva e corretiva, além da impossibilidade de as empresas interessadas elaborarem uma proposta de preços, porque o envio desse material deveria ocorrer no limite de apenas 4 horas após a fase de lances.

Ao investigar o caso, o conselheiro relator no CNJ, Fernando Mattos, disse que ainda será preciso apurar o nível de ilegalidades. “Somente após a análise detida dos documentos acostados aos autos eletrônicos e das informações do TJ-MA, procedimento este incompatível com a tutela de urgência, será possível aferir as ilegalidades suscitadas”, afirmou.

Edinho revela acordo imoral de Sarney Filho contra a Baixada

Do Blog do Garrone

sar-e-sarney-filho-300x219O pré-candidato ao governo do Maranhão pelo PMDB, Edinho Lobão, teria revelado durante conversa com prefeitos da Baixada Maranhense um acordo feito entre o prefeito de Pinheiro, Filuca Mendes, e o deputado federal Sarney Filho, contra a população que sonha com a construção de uma ponte sobre o Rio Pericumã.

Com 110 metros de extensão, a ponte pretende interligar cidades como Guimarães, Mirinzal, Cururupu, Cedral, Porto Rico, Serrano, Apicum-Açu e Bacuri beneficiando moradores dessas regiões com a redução da distância considerável entre Bequimão e Cedral, que de 100 km ará a ser apenas de 32km, podendo ser feito em meia hora.

Prefeitos que participaram da reunião com o pré-candidato e pediram empenho do peemedebista para que a obra, de responsabilidade da Secretaria de Cidades, saia definitivamente do papel, ouviram uma resposta negativa de Edinho, alegando que não podia fazer nada por conta desse suposto acordo entre o prefeito Filuca e o deputado federal Sarney Filho.

Edinho Lobão teria revelado que o prefeito apoiaria Adriano Sarney para deputado estadual, filho do deputado Sarney Filho, que por sua vez usaria sua força e influência contra a construção da ponte.

De acordo com prefeitos que participaram da reunião, o prefeito mantém negócios que seriam prejudicados com a construção da ponte.

A obra da Ponte sobre o Rio Pericumã está orçada em R$ 22 milhões e interligará pelo menos 10 municípios na Baixada Maranhense, melhorando o escoamento da produção local por causa da diminuição da distância entre as cidades.

Maranhão: caminhão descendo a ladeira e sem freios

José Reinaldo

É muito difícil para qualquer um, por mais experiente que seja, falar de coisas em que não acredita. Acaba por se trair. Foi o que aconteceu com o experiente deputado Sarney Filho, quando tentava mostrar em discurso na Câmara que o Maranhão governado por sua irmã Roseana Sarney estava “bombando” de tanto progresso. No fim de sua fala, contudo, acabou cometendo um sintomático “ato falho”, usando o bom jargão psicanalítico, quando, muito empolgado, comparou o estado a um caminhão descendo uma ladeira. Sem freios, completou a oposição.

Tudo começou com uma palestra do ministro Ricardo Paes de Barros em São Luís, formulada para tentar atender a uma solicitação do senador José Sarney, que busca há tempos uma desculpa para a terrível situação do Maranhão, pior estado da federação em todos os parâmetros sociais. O ministro é persona mui grata, velho colaborador da família, para quem trabalhou como consultor contratado por diversas vezes.

Com efeito, Paes de Barros na verdade fez uma análise de pretensos resultados da Bolsa Família, programa inteiramente do governo federal. E ou por cima de uma polêmica, ao afirmar que uma renda de R$ 70 por mês tira o cidadão da extrema pobreza. Esse dado não é muito bem aceito pelos estudiosos, já que é oriundo de uma leitura ultraada de uma definição dada pela ONU, em que uma renda de 50 dólares por mês separaria a extrema pobreza da pobreza. O problema é que, quando isso foi estabelecido, a quantia de cinquenta dólares equivalia a R$ 70 e nunca mais foi corrigido ou atualizado. Se fosse, esse valor seria de R$ 110, já que o dólar equivale hoje a mais ou menos R$ 2,20.

Resultado disso é que muitas dessas pessoas na verdade continuavam na situação de pobreza absoluta e estariam ganhando com o Bolsa Família menos que o equivalente aos cinquenta dólares, comparados ao paradigma dos R$ 70 que querem ar-nos como verdade.

Apenas marketing. A situação não se alterou em nada porque os indicadores não mudaram. É incrível a falta de seriedade que domina o país. Se não concordar, tente viver com R$ 70 por mês…

Vejam o que disse um grande estudioso do assunto ao tomar conhecimento desse discurso:

“Ricardo Paes, se fez um pronunciamento desses, está muito mais preocupado é em preservar o emprego. Uma pena que use a inteligência para mostrar informações que não encontramos. Não sei de onde saíram essas informações. A Pnad não desce a detalhes assim. Informações de municípios somente são disponíveis nos Censos Demográficos. E lá, mostra a realidade que lhe ei naquele texto que vai ser publicado em livro. O rapaz, deputado, está delirando. O amigo conhece melhor esses números de estradas e de hospitais do que eu e tem mostrado que tudo isso não a de falácia. Dois leitos por mil habitantes é delírio. Até porque os hospitais quando foram construídos, não têm como funcionar.

Ele fala no potencial agrícola do Maranhão, mas a secretaria que trata da agricultura familiar virou penduricalho de uma Secretaria de Ação Social e os agrônomos, veterinários e técnicos agrícolas am o tempo todo cadastrando pessoas para o Bolsa Família. Assistência técnica inexiste. Produção de alimentos em curva descendente.

Agora os culpados pelo atraso do Maranhão são os cearenses, paraibanos, baianos, potiguares que migraram para aí por causa da seca. Isso aconteceu ainda nos anos 1960 e 70. Agora são os maranhenses que abandonam o estado. Um desfile de fantasias.”

É isso que dar tentar criar factoides e pretensas estatísticas a favor de uma tese. O senador José Sarney luta desesperadamente para conseguir mostrar – na televisão, pelo menos – que o Maranhão está muito bem e que o que é divulgado pelo IBGE, Ipea, Pnad, Enem, Ideb etc. é apenas uma formidável invenção da oposição do Maranhão. Não dá, senador, porque em nenhum dos dados estatísticos disponíveis existe qualquer base para afirmações como essa de Ricardo Paes de Barros! Para isso é preciso trabalhar, ter projetos, planos, desejo de mudar. Coisa inexistente no governo de Roseana.

Na verdade, todos sabem, é apenas mais uma tentativa de mostrar um Maranhão que não existe. E, se não existe, é porque sufocaram o estado trazendo para cá uma política de dominação e medo. Acharam que isso seria suficiente, já que são donos de poderoso sistema de comunicação. E nunca tentaram ao menos conhecer e estudar os nossos problemas, para que pudessem mudar essa realidade.

Enfim, falando da realidade, ela é mesmo tal qual a que o deputado Sarney Filho descreveu no seu ato falho. Estamos cada vez mais descendo a ladeira, cada vez piores e mais pobres. Foi apenas uma coisa ridícula.

E para concluir, denuncio mais uma vez o gravíssimo problema da falência da segurança no Maranhão. Já aconteceu o que todos temiam: no mês de outubro o número de assassinatos na região metropolitana, não só atingiu o número cem, mas ultraou por larga margem, chegando a cento e oito mortes violentas. Uma corrida macabra patrocinada pelo governo do Estado que, para não deixar dúvidas de sua irresponsabilidade, corta profundamente o orçamento da Segurança Pública para 2014. Será que não conseguem enxergar as coisas estapafúrdias que fazem? Se este fosse um governo responsável, veríamos números aumentados e atitudes condizentes.

É caso perdido mesmo.

O ex-governador José Reinaldo Tavares escreve para o Jornal Pequeno às terças-feiras

Sarney Filho gasta mais de R$ 34 mil em agens aéreas e não vem ao Maranhão

Do Blog do Luís Cardoso

deputado Sarney Filho

O deputado Sarney Filho torrou, em 2011, R$ 34.481,42 só com agens aéreas e pouco – ou quase – não compareceu no ano ado ao Maranhão, estado que lhe reelegeu por mais de cinco mandatos.

O parlamentar geralmente viaja para o Rio de Janeiro onde reside com a atual esposa. Ele tem aproveitado também para viajar a outros países, quer em missão oficial da Câmara Federal ou por simples turismo familiar.

Além de quase não comparecer ao seu domicílio eleitoral, no caso o Maranhão, o deputado, filho do senador José Sarney, quase não é visto no Plenário da Câmara Federal.

O deputado Pinto da Itamaty que vem quase todas as semanas ao Maranhão, gastou pouco mais de R$ 2 mil em 2011. Ele prefere gastar do próprio bolso a ter que voar nas asas do contribuinte.

Pedro Novais, que também só aparece no Maranhão no período eleitoral, não gastou nada com bilhetes de empresas aéreas. Ele mora em Brasília com a família, mas vem a cada quatro anos buscar votos no Maranhão e garantir a boa vida de deputado em Brasília.

Sarney Filho é encurralado por Dutra na Câmara dos Deputados

Do Blog do Kenard

Sábado, ao caminhar na praia, encontrei o deputado Domingos Dutra (PT). Paramos e conversamos. Elogiou os comentários que fiz à nota divulgada pelo vice-governador Washington Luiz, petista de Roseana Sarney: “Nem eu que estou há tanto tempo nessa luta daria resposta mais brilhante”.

Falamos, então, do pronunciamento do deputado Sarney Filho (PV), feito na quinta-feira, 8, no qual o chamava de mentiroso e dizia que não aceitaria mais ataques à sua família. Sarney Filho aproveitou para cobrar a filiação da mulher de Dutra ao PSDB e depois ter saído do partido.

Dutra me disse que na terça-feira, hoje, responderia e mostraria que mentiroso era Sarney Filho. Publiquei nas Notas de Sábado a promessa do petista.

Pois bem, hoje Dutra foi à tribuna da Câmara dos Deputados e fez o que prometera. Abaixo o leitor pode ler a íntegra do discurso do deputado Domingos Dutra:

“Na última quinta-feira, 8 de dezembro, o Deputado Sarney Filho esteve nesta tribuna bastante nervoso. Apesar do pouco tempo utilizado por S.Exa., seu discurso foi confuso e mentiroso.

Como eu aqui não estava, venho hoje repor a verdade dos fatos, diante das mentiras do Deputado.

O Deputado Sarney Filho afirma que o PT do Maranhão, que está agachado à oligarquia, tem quatro Secretarias no Governo de sua irmã. É mentira! O PT, que se ajoelhou, tem uma Secretaria, um adjunto e um contracheque da Secretaria de Assuntos Institucionais. No Governo Jackson Lago, o PT tinha três Secretarias, oito adjuntos e assessores especiais.

Sugiro que o Deputado mentiroso mande sua irmã devolver as três Secretarias à banda do PT que ali está ajoelhada.

Como o Deputado Sarney Filho faz parte de uma oligarquia, ou seja, governo controlado por uma família, mistura o público com o privado e confunde espaços públicos com poder familiar.

Pela segunda vez, o Deputado Sarney Filho reclama que atacam sua família e principalmente seu pai, Senador José Saddam Mubarak Sarney.

Jamais ataquei a família do Deputado Sarney Filho. Tenho denunciado os malfeitos do Senador Sarney, Presidente do Senado Federal, coincidentemente pai do Deputado Sarney Filho. Tenho denunciado também os malfeitos de Roseana Mubarak, Governadora do Maranhão, coincidentemente irmã do Deputado Sarney Filho.

Se o Senador José Sarney e a Governadora Roseana Sarney não fossem agentes públicos, jamais falaria o nome deles.

Nunca fiz qualquer referência à esposa ou a qualquer parente do Deputado Sarney Filho que não exercesse cargo público. Mas, como o Deputado Sarney Filho confunde política com poder familiar, de forma gratuita traz minha esposa Núbia Dutra para esse debate, insinuando que ela cometera um crime por ter mudado de partido.

Dra. Núbia Dutra é advogada, psicóloga especializada em regressão e escritora, diferentemente do Deputado Sarney Filho que tem como única profissão a política.

Por outro lado, se o Deputado Sarney Filho considera crime mudar de partido, ele é um dos mais perigosos criminosos do Brasil, porque nasceu na ARENA — período da ditadura — , cresceu no PDS, envelheceu no PFL, está arranchado no PV e camuflado de ecologista de araque.
Ecologista de araque porque o Deputado Sarney Filho só é ecologista até o Aeroporto Juscelino Kubitschek. No Maranhão, o deputado é um gafanhoto, porque sua irmã devora o meio ambiente diante de seu silêncio

Além do mais, nunca se ouviu uma palavra do Deputado em favor das quebradeiras de coco, que têm os babaçuais destruídos. Nunca se ouviu uma palavra do Deputado Sarney Filho contra o CESTE, que está destruindo o rio Tocantins. Nunca se ouviu uma palavra do Deputado Sarney Filho sobre as hidrelétricas, que estão sendo construídas no Rio Parnaíba e causarão desequilíbrio no meio ambiente. Nunca se ouviu o Deputado Sarney Filho defender o ecossistema no Estado do Maranhão.

Além do mais, o Deputado Sarney Filho pede que eu me explique por ter apoiado Jackson Lago e José Reinaldo, segundo ele, acusados de corrupção. Ora, quem deve explicações é o Deputado Sarney Filho pelo apoio a Roseana Sarney, coincidentemente sua irmã, pelos atos de corrupção.

Sua irmã foi pilhada em cima de uma ruma de 1 milhão e 300 mil dólares no Caso Lunus. Sua irmã, Governadora, pagou 33 milhões de dólares pela Estrada Paulo Ramos-Arame, mas não foi feito um palmo de asfalto. A Governadora Roseana privatizou o Banco do Estado, privatizou a CEMAR, vendeu os ativos e ninguém sabe onde estão esses recursos. A Governadora Roseana, junto com o chinês, deu um desfalque de 300 milhões de dólares no Banco do Nordeste numa fábrica chamada Pólo de Confecções de Rosário.

Por fim, Sr. Presidente, o Deputado Sarney Filho disse que eu o teria acusado de proteger a Prefeita de Paço do Lumiar e que ele teria estado no Tribunal de Justiça. O que eu fiz foi mostrar esse dossiê, assinado pelo Movimento S.O.S Paço do Lumiar, que contém denúncias contra a istração municipal que o Deputado protege. Eu tenho minhas fontes. E, coincidentemente, no dia em que saiu a liminar, o Deputado Sarney Filho estava no Maranhão.

Como o tempo é curto, Sr. Presidente, peço a V.Exa. que este pronunciamento seja transcrito na íntegra. Quero também dizer que não aceito ameaça do Deputado Sarney Filho. Só faltava essa! Esta tribuna é um santuário! Eu não aceito ser ameaçado pelo Deputado Sarney Filho!

Uma oligarquia que empobreceu o nosso Estado, uma oligarquia que transformou o Maranhão no Estado mais pobre quer calar a voz de um Parlamentar eleito sem pegar um tostão do poder econômico, sem esquema de Prefeito, sem fraudar um voto, sem comprar um voto.

Portanto, quero dizer ao Deputado Sarney Filho que eu não aceito ameaças. Estou disposto a duelar com ele aqui, nesta tribuna. Ele pode escolher qualquer lugar em que quiser duelar e qual a arma que quiser usar. Eu só não aceito a contratação de pistoleiro para eliminar a minha vida. Mas não aceitarei jamais ser ameaçado aqui pelo chefe de uma oligarquia que confunde o poder político com o poder familiar”.

Sarney Filho é o campeão maranhense de gastos com ligações telefônicas

Do Blog do John Cutrim

De acordo com reportagem da revista Época, de janeiro a agosto os deputados federais gastaram R$ 13.902.425,16 com ligações telefônicas. Essa é a soma de todos os reembolsos pagos pela Câmara aos 513 atuais deputados, mais os 68 que aram por lá e pediram licença por diferentes motivos. Se todas essas ligações fossem feitas de um único aparelho à tarifa de R$ 0,09 o minuto (preço estimado para ligação local de fixo para fixo), daria para falar por 298 anos ininterruptamente.

O campeão maranhense do blá-blá-blá, segundo a revista, é o deputado federal Sarney Filho (PV), filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Filho já pediu reembolsos que, somados, dão R$ 48.223 mil. Sua conta mensal média é de 6 mil reais. Para efeito de comparação, o campeão no país foi o petista Odair Cunha, de Minas Gerais, com gastos que beiram os R$ 100 mil. Sua conta mensal média é de R$ 12 mil.

Veja abaixo o quadro que mostra os gastos dos parlamentares maranhenses de janeiro até o mês de agosto deste ano.