Vereador defende investimentos na saúde de Bequimão

Do Blog do Elanderson

Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa.

O jargão do personagem Paulo Cintura do programa humorístico Escolinha do Professor Raimundo, exibido pela Rede Globo de Televisão na década de 90, retrata muito bem o real anseio da população brasileira no que diz respeito à priorização das ações dos nossos governantes, sejam estes prefeitos, governadores ou presidentes.

No entanto, ao contrário do que fizeram alguns prefeitos de bom senso no início de suas respectivas gestões, diga-se de agem, a imensa minoria, como foi o exemplo de Edivaldo Holanda Júnior, Prefeito de São Luís/MA, que voltou suas atenções e recursos públicos para o setor da saúde num primeiro momento, inclusive realocando recursos que a princípio seriam gastos no carnaval, a grande maioria dos “gestores municipais”, como de costume, sem preocupação alguma com as reais necessidades das populações de seus municípios, continuam realizando gastos excessivos e muitas vezes desnecessários com festas, aniversários da cidade, carnaval, dentre outros.

O município de Bequimão/MA, pelo que observamos nas primeiras ações do prefeito Zé Martins, infelizmente faz parte da maioria dos municípios em que seus gestores desconsideram as necessidades mais iminentes dos seus munícipes. Se não vejamos algumas de suas primeiras iniciativas:

1. Colocou uma faixa em frete à Unidade Mista de Saúde, informando que a mesma seria recuperada. Mas pelas informações que já foram readas por alguns pacientes não existe recuperação alguma na localidade. Além do mais ocorreu um caso em que uma paciente, em estado grave, teve que ser transportada para São Luís/MA, mas não foi disponibilizada uma ambulância para realização da viagem com a alegação de que não tinha motorista, tendo a paciente que depender de transporte de particulares;

2. Juntou vários equipamentos hospitalares e de escritórios, bens públicos, que o prefeito tem a obrigação de zelar, e os colocou em frete à prefeitura sujeitos as intempéries do ambiente, sol, chuva, ferrugem, dentre outros.

3. Fazendo 30 (trinta) dias de sua gestão a frente do nosso município, o prefeito, juntamente com o Secretário de Saúde, não tiveram a mínima preocupação de realizar pelo menos uma visita no Posto de Saúde do Povoado Mojó e na Unidade Básica de Saúde do Povoado Jacioca, para tomar as medidas necessárias para que ambos possam entrar em pleno funcionamento, oferecendo assim os serviços de saúde para a população daquela região.

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Incêndio no hospital do Ipem: retrato acabado da saúde no governo Roseana

“Como se explica o incêndio num Hospital que já se gastou aproximadamente R$ 100 milhões em uma reforma?”

Deputado estadual Bira do Pindaré (PT)

 

Veja as cenas de pânico e desespero registradas por O Imparcial Online:

 

Saúde: Luciano Genésio acusa governo de negar ajuda a Pinheiro

Da Agência Assembleia

O deputado Luciano Genésio (PCdoB) criticou, na sessão desta segunda-feira (9), o governo do Estado e a Secretaria de Saúde que alegou não ter orçamento para a contrapartida na construção da UPA de Pinheiro.

Luciano Genésio disse ter recebido uma ligação de Brasília com a informação de que o projeto da UPA de Pinheiro já estaria empenhada e que já teria sido depositado os 10% dos projetos iniciais para a realização da UPA, mas foi surpreendido por um ofício da SES.

O parlamentar leu parte do ofício enviado à prefeitura de Pinheiro, onde a SES informa que “Considerando que não há previsão orçamentária da Secretaria Estadual de Saúde na lei orçamentária anual de 2012 para esse tipo de contrapartida. Diante do exposto caso o município assuma expressamente a responsabilidade de implantação em custeio da UPA sem a contrapartida Estadual”.

Para o deputado comunista, mais uma vez o governo do Estado deixa a desejar a população de Pinheiro. “Mesmo assim o município através do prefeito José Arlindo vai cobrir essa contrapartida deixada pelo governo estadual. Nós estamos fazendo a nossa parte, porque acima de tudo eu acho que tem que ganhar é a população pinheirense, é a população da Baixada que ali esta esquecida”.

Ele pediu que o secretário Ricardo Murad analisasse a questão com muito carinho para que a população de Pinheiro não pague por situações políticas.

Roseana Sarney e o PT acham que o Maranhão só tem um problema: os engarrafamentos

Do Blog do Kenard

O Maranhão carrega, sob a batuta de Roseana Sarney e do PT, os piores índices sociais do Brasil. Isso num período de tempo em que o Brasil melhorou consideravelmente alguns de seus índices sociais e cresceu economicamente. Roseana Sarney teve três mandatos quando Fernando Henrique Cardoso e Lula eram presidentes e o país atingiu se ápice social e econômico. Está no quarto, governando com o PT, e as oportunidades seguem sendo jogadas no lixo.

A insensibilidade de Roseana Sarney e do PT às questões sociais salta aos olhos. Temos três graves questões a serem resolvidas: Educação, Saúde e Segurança. São Luís completa neste ano 400 anos, Roseana Sarney e o PT fingem que esses problemas inexistem. O único problema para Roseana e o PT é engarrafamento. Virou uma obsessão.

O PT pensa como Roseana

São Luís completará 400 anos? Então Roseana e o PT tratam de construir a Via Expressa (mais conhecida pela população como Marginal Sarney). São Luís completará 400 anos? Então Roseana e o PT tratam de construir a Avenida Quarto Centenário.

Detalhe que não se pode deixar de apontar: são todas obras milionárias. Só para dar uma ideia ao leitor ingênuo: a Avenida Quarto Centenário vai custar a bagatela de 364 milhões de reais. Como se trata de Roseana Sarney e do PT, a mais profunda fiscalização sempre será pouca.

Há uma classe média, mediana e medíocre, como sempre a tratei, que acredita que uma cidade cresce sem ar pelos distúrbios dos engarrafamentos. Um nó que nenhum candidato a prefeito de São Paulo ou de Nova Iorque ousaria dizer que resolveria. Mas existem matutos em São Luís que acreditam que haverá esse prefeito milagreiro. Coisa de Jeca Tatu, por óbvio.

Para complicar, há os novos ricos, uma gente estúpida, cujo atempo é colecionar carros e ouvir músicas de décima categoria. Estes estúpidos, analfabetos de pai, mãe e vizinhos, também acreditam que haverá um prefeito capaz de, com uma varinha de condão, acabar com os engarrafamentos.

Uns e outros esquecem: 1) a partir do Plano Real qualquer sujeito pode comprar um carro e 2) FHC e Lula não tomaram nenhuma medida para acabar com a folga do IPI, o imposto jogado na lata de lixo que possibilitou/possibilita a existência do chamado carro popular.

A existência do carro popular nasceu de um benefício para evitar a quebradeira das montadoras. Era algo para ser temporário, coisa de no máximo cinco anos. Depois disso, o governo deveria incentivar, isso sim, o chamado carro branco, ou seja, que não causa poluição.

Por razões politiqueiras, isso não foi feito. Resultado: todas as capitais brasileiras estão padecendo com engarrafamentos e estão 10 vezes mais poluídas. Um absurdo incomensurável.

Sabedores disso e movidos pelos esquemas de obras caríssimas, Roseana Sarney e o PT abandonaram tudo: só têm olhos para beneficiar carros. O homem que se lixe.

O disparate é que Roseana Sarney e o PT ainda se regozijam. Para eles, esse é o grande presente à população pelos 400 anos de São Luís.

Bom, como alguém precisa dizer que tudo isso é um grande equívoco e ninguém diz, digo eu. Tudo isso é empulhação. Safadeza da mais grossa. Se é para pensar em engarrafamento, vocês deveriam primeiro pensar em transporte coletivo de qualidade. Sem dúvida, grande parte dos usuários de carros faria uso desses meios de transportes decentes. A exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro.

Agora traga-se para a discussão um Estado como o Maranhão, que tem os piores índices sociais do país. Os problemas na saúde são um acinte, os da educação são uma aberração e os da violência ultraaram os limites condenáveis (não se esqueçam, hoje São Luís ocupa a 27ª colocação no índice de cidades mais violentas do mundo! Situação denunciada aqui em primeira mão, basta pegar os arquivos do blog).

Mas Roseana Sarney e o PT, que governam o Maranhão desde 2010, acham que com a construção de avenidas milionárias todos os nossos problemas estarão resolvidos.

É assim no Maranhão governado por alimárias.

Bequimão terá academia da saúde

Da Agência Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou os municípios que serão contemplados pelo Programa Academia da Saúde, que estimulam a criação de espaços adequados para a prática de atividades físicas e lazer. Bequimão está na relação dos municípios que serão contemplados pelo programa do governo federal.

Em todo o Brasil, foram selecionados 2 mil polos que serão instalados em 1.828 municípios. O anúncio foi realizado durante a 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). De acordo com o estudo Vigitel 2010, 16,4% dos brasileiros são sedentários e apenas 15% dos adultos são ativos no tempo livre. Veja abaixo lista de parte dos municípios maranhenses beneficiados:

Bequimão receberá um pólo do Programa Academia da Saúde

“As Academias da Saúde são mais do que espaços públicos de lazer: trata-se de meios de o às práticas corporais pela maioria da população, com impacto direto na qualidade de vida e na saúde das pessoas”, ressalta o ministro. Padilha observa que a construção desses espaços é uma das estratégias do governo federal para a promoção da saúde, prevenção de enfermidades e redução de mortes prematuras por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – medidas previstas no Plano de Ações Estratégicas para Enfretamento das DCNT. Lançado em agosto, tem como meta a redução de 2% ao ano das mortes prematuras por essas doenças. O objetivo é alcançar melhorias em indicadores relacionados ao tabagismo, álcool, sedentarismo, à alimentação inadequada e obesidade.

Os polos do Programa Academia da Saúde são espaços públicos construídos para a prática de atividade física. As atividades devem estar ligadas aos serviços de atenção básica. Lançada no último mês de abril, a estratégia Academia da Saúde estimula a criação de espaços adequados para a prática de atividades físicas e lazer, a exemplo de iniciativas bem sucedidas realizadas em cidades como Aracaju, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Vitória.  Os secretários de saúde destes municípios receberam, durante a Expoepi, uma homenagem do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

GIRO DA NOTÍCIA

Mudança de rumo

Dois entusiastas da candidatura a prefeito de Bastico, em 2008, filiaram-se ao PDT: Luizinho Bouéres e Adelminha. Pelo menos um deles, provavelmente Adelminha, deve ser ser candidato a vereador pelo partido. Bulico, outro que ensaiou apoio a Bastico, em 2008, também ingressou na sigla pedetista.

Novos ares

Além de Barbosa, os ex-aliados de Zé e Juca Martins Agnaldo do Calhau, Mizinho e Pinininho foram apresentados como novos reforços do PDT.

Desapreço?

Soou como desapreço ao ex-prefeito e secretário Leornardo Cantanhede (Saúde), os elogios do prefeito Antônio Diniz ao assessor Janderson durante convenção do PDT. Ele agora é quem estaria dando as cartas na saúde do município.

Sobe som

Definitivamente deu a louca nos microfones dos partidos políticos de Bequimão. Depois das gafes de PT e PPS agora foi a vez do microfone falhar na convenção do PDT. E olha que esse era sem fio.

Simples assim

O prefeito Antônio Diniz creditou sua alta rejeição ao eleitorado de Zé Martins. Segundo ele, é simples: quem vota em Zé Martins o rejeita automaticamente. Será?

Sem lideranças

Uns não foram convidados. Outros optaram por mandar representantes. O fato é que na convenção do PDT não houve participação dos líderes do PCdoB, PTC, PT e PPS. Curiosamente nenhum foi convidado a se manifestar publicamente. Como dizia dona Milu, mistério!

Erramos

Ao contrário do que informou o Blog Bequimão Agora, o suplente de vereador Jean Almeida permanece no PHS. Portanto, a informação de que ele teria se filiado ao PSL não procede.

Internauta critica sistema de saúde no Facebook

Dedico essa insatisfação ao secretário de Saúde Ricardo Murad

por Dil Castro

É com muita tristeza que comento neste mural, a cidade de Bequimão que há muitos anos tem a maioria de votos voltada para o grupo político que hoje istra o estado, está desprovida de uma unidade de saúde, há um antigo hospital que nem é certo chamá-lo assim, onde vc não pode contar com nada tem médico sim, não tem gaze, não tem atadura não tem anestesia, não tem, talas para imobilizar uma fratura, usam papelão, isso quando o paciente tem algum parente lá, não tem vacinas necessárias como anti-rábica, imagine um equipamento de RX, nunca, gente isso é uma vergonha.

O hospital regional da cidade de Pinheiro é como o Socorrão, superlotado fazem o que podem naquelas condições terríveis assim como os Socorrões que ainda são as primeiras opções, de pessoas menos favorecidas. Nesse hospital não há sequer uma tomografia, como dizem hospital de grande porte, você não sabe a tristeza de ver um parente seu nessas condições precária esperando por atendimento e tudo demora e quando chega a vez dizem só levando pra capital.

O socorrão dois tomara tivesse seus corredores ampliados pra caber mais macas com doentes esperando por cirurgias, é aguardando cirurgia que demora mais de mês. Vocês políticos não sabem porque quando sentem uma dor no dedão do pé recorrem a São Paulo, Brasília. A culpa de tudo, não é somente do secretário Ricardo Murad como muitos atribuem, que o secretario de Saúde do estado não é da área por isso não dá assistência correta, a culpa é nossa do cidadão que acredita em vocês políticos e sempre vota acreditando em mudanças, porém vamos acordar dessa dormência deputado e gritar pra vocês nós somos brasileiros e o brasileiro não desiste nunca, se não há mudança por parte do governo haverá mudança por parte dos eleitores.

Deputados recebem reivindicações de agentes de saúde

Marcelo Vieira
Agência Assembleia

Deputado Neto Evangelista defende valorização dos agentes de saúde

Os deputados Neto Evangelista (PSDB), Valéria Macedo (PDT) e Raimundo Louro (PR) participaram na manhã desta sexta-feira (26) do seminário dos agentes de saúde de  combate a endemias, que teve como tema: “Piso Salarial e PCCR do ACS e ACE e seu Financiamento pelos Governos da União, Estado e Município”.

O encontro reuniu cerca de cinco mil agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, que chegaram em caravanas vindas de vários municípios do Estado.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho e o aumento do piso salarial, que hoje é de apenas um salário para três salários mínimos. “Hoje a categoria ganha um salário mínimo e nosso objetivo aqui é conseguir que o nosso piso e para três salários mínimos, esse é nosso desejo e queremos essa boa notícia” disse Antonio Alves de Souza, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Combate a Endemias do Maranhão.

O deputado Neto Evangelista destacou a importância da discussão, que para ele,  deve continuar  recebendo  o apoio da Assembleia Legislativa, como já acontece desde os tempos em que o seu pai,o deputado João Evangelista, presidiu a Casa quando na oportunidade instalou uma frente parlamentar para discutir as questões dos agentes de saúde e de combate a endemias. Ele ressaltou que a Casa deve dar continuidade aos trabalhos da frente parlamentar para reassumir essa discussão. “Não podemos fugir desse tema e ajudar essas pessoas que fazem acontecer a prevenção da saúde do nosso Estado”.

A deputada Valéria Macedo, vice -presidente da Comissão de Saúde da Casa, disse que a Assembleia, por meio da Comissão de Saúde,  já trabalha na renovação da Frente Parlamentar em Defesa dos Agentes de Saúde e de Combate a Endemias.  a deputada lembrou que já tramitas na casa, um projeto de lei de sua autoria que estabelece o novo piso salarial para os agentes de saúde e de endemias no estado do Maranhão “ vamos trabalhar no sentindo de conseguir sensibilizar o governo para que crie o novo piso salarial da categoria”.

Participaram ainda do evento o vice-governador do estado, Wasginton Oliveira (PT); os deputados Federais Carlos Brandão (PSDB) e Domingos Dutra (PT), Ciro Costa representando a Casa Civil; José Frazão, presidente da Força Sindical do Maranhão e representantes de sindicatos da categoria.

Governo não terá condições de manter 72 hospitais, diz líder da oposição

Da Agência Assembleia

O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), declarou, na manhã desta terça-feira (16), que o governo do Estado não terá condições de manter os 72 hospitais prometidos pela governadora Roseana Sarney.

“O programa de construção destes hospitais não tem a mínima sustentabilidade. O governo do Estado, depois de construir 72 hospitais, se um dia acabar a construção deles, não tem como manter esses hospitais em funcionamento”, afirmou o líder oposicionista.

Ele citou como exemplo o atraso nas obras de reforma do Hospital do Ipem e a obra de construção da UPA do Parque Vitória. Esta UPA, construída com recursos financeiros do governo Federal, teve sua obra concluída em julho de 2010, mas até agora o governo do Estado ainda não conseguiu colocar o novo hospital para funcionar.

“O governo do Estado sabe que não tem como colocar para funcionar esses hospitais e agora vai enrolar a população por mais algum tempo para que, no final do mandato, a governadora comece a trabalhar a inauguração dos hospitais, porque não tem como mantê-los”, afirmou Marcelo Tavares.

Ele enfatizou que o grande problema da questão da saúde no Maranhão, hoje, não é dinheiro. O grande problema da área da saúde, na visão do deputado, é a gestão: “O secretário Ricardo Murad não vai entregar as UPAs porque só soube agora que elas custam R$ 1 milhão por mês de manutenção. Depois de ar dois anos, quase três, enrolando a população do Maranhão só agora ele soube que não há dinheiro para manter estes hospitais”, frisou o líder oposicionista.

Marcelo lamentou que o governo do Estado gasta R$ 50 milhões na área da comunicação e não tem R$ 800 mil para colocar a UPA do Parque Vitória para funcionar. Marcelo Tavares sugeriu, mais uma vez, a convocação do secretário de Saúde, Ricardo Murad, para que ele preste à Assembleia Legislativa informações sobre os recursos que estão sendo gastos com a construção de unidades hospitalares no Estado.

Ao encerrar seu pronunciamento, Marcelo Tavares conclamou os deputados a redobrarem sua atenção acerca dos problemas da área da saúde: “Eu fico triste pela saúde do Maranhão, porque acho que no final desse Governo não sobrará pedra sobre pedra”

“O Hospital Carlos Macieira”, acentuou Marcelo Tavares, “agora já deixará de ser hospital do servidor, e segundo denúncia do deputado Neto Evangelista e de vários deputados aqui desta Casa, a clinica médica do Hospital Geral também será fechada. Então é preciso que se faça alguma coisa antes que a saúde do Maranhão definitivamente seja liquidada”.

Política de Saúde no Maranhão

Do Jornal Vias de Fato

Por Jean Marie Van Damme*

Final de 2009. O “novo” Secretário de Estado da Saúde, Ricardo, chega na reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES). Atrasado, senta-se na mesa, como presidente dedocraticamente imposto pela Lei Estadual, de autoria da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (ALEMA), e de pronto homologada pela então governadora em 2000, toma a palavra e anuncia: trouxe para apresentar a este conselho o resultado da licitação de construção de 65 hospitais no interior do Estado. Promessa de campanha, nenhuma discussão foi travada com o Conselho que, por lei, deveria deliberar sobre a política de saúde no Estado.

Alguns protestos surgiram. Entre os que tomaram a palavra, indaguei sobre a necessidade de se ter um debate no CES e a aprovação deste para poder legalmente executar as obras. Vários conselheiros seguiram concordando com esta assertiva. Mas a resposta do secretário foi desconcertante: o Conselho nada tem a ver com isso, veio apenas INFORMAR de uma decisão já tomada.

Poucos dias depois, fui informado que estava destituído de minha função como conselheiro. Razão: o conselheiro só poderia exercer dois mandatos de dois anos seguidos. E nem era conselheiro titular, apenas suplente. O argumento “legal”, contestado pelo Conselho em diversas oportunidades configura uma intromissão do governo na autonomia da entidade com assento no Conselho. À Pastoral da Criança pertence a titularidade da vaga. Como é que uma lei – e um secretário – se intrometem na autonomia da entidade em indicar os seus representantes? Há anos que apontamos essa falha na própria lei, inclusive sugerindo que as entidades fossem escolhidas em Conferência, sem ter vaga cativa como acontece hoje. Como este governo não entende nada de democracia nem de alternância de poder, obstrui qualquer projeto que possa adequar o funcionamento do Conselho às normas legais (por exemplo, a Resolução 333 do Conselho Nacional de Saúde) e aos princípios da democracia.

Saído do CES, jornais me procuraram para expor minhas opiniões acerca da construção dos – agora aumentado o número – hospitais. Reitero o que disse à época (início de 2010): não adianta construir prédios, sem ter duas condições básicas: atendimento pleno da população em atenção básica no seu município de origem e profissionais dedicados que cumpram horários, tratem de forma decente os pacientes e executem o trabalho médico com qualidade. Previa que estes hospitais não iriam funcionar tão cedo – certamente não antes das eleições como ressoava a promessa, e que era mais fácil construir do que manter essas estruturas. Suspeitava que tais construções pudessem ser utilizadas inclusive para angariar recursos para campanhas políticas como aquela que se anunciava no ano em curso. Por este motivo, não havia tempo para o conselho discutir esta política: as licitações tinham que ser concluídas antes do ano eleitoral!

Estamos a muitos meses do prazo indicado pela promessa. O que vemos hoje são esqueletos de hospitais se espalhando no Estado e prefeitos avisando: não dêem este presente de grego porque o município não tem condições de manter esse hospital. Até o presente momento, apenas uma unidade dos 65 hospitais de 20 leitos foi “entregue” à população. O de Lago dos Rodrigues. As fotos bonitas enganam, porque funciona pela metade. Não se encontram profissionais para sua plena operacionalização. Visitamos alguns dos prédios “em construção”, ou seja, abandonados, com placas caídas… E a população continua correndo para se tratar num Socorrão superlotado em São Luís ou para Teresina, Belém… Como nosso amigo de Maracaçumé, que no mês de maio perdeu sua filha de 14 anos, numa ambulância que a levava com urgência para São Luís.

Agora, a esta situação acrescentam-se novos fatos, que confirmam suspeitas já levantadas sobre a formação de caixa para as eleições (leiam a matéria de IstoÉ). As explicações do secretário Ricardo não convencem. Aguardamos com ansiedade que o CES investigue e se pronuncie sobre a questão.

E o que pensar sobre o “recall” dos médicos pela SES, lotados no Hospital Presidente Dutra, para que voltem ao órgão de origem (a própria Secretaria Estadual de Saúde) para ir povoando os hospitais no interior? Tirar o lençol curto demais da cabeça para cobrir os pés…

O nosso Estado precisa é organizar melhor a atenção básica. Na falta de médicos, ampliar as atribuições do pessoal de enfermagem para ter solução de curto prazo; em médio prazo, abrir mais cursos de medicina; remunerar decentemente os profissionais médicos e demais categorias; criar um plano de saúde com hospitais com resolutividade de média e alta complexidade em locais estratégicos e não disseminar elefantes brancos em locais que o próprio Ministério de Saúde considera sem condições para seu funcionamento. Isso tudo exige dos governantes uma visão de política que ultraa medidas clientelistas e eleitorais e que desenhe um plano estratégico de estado e não do governo de plantão.

Temo estarmos perdendo uma oportunidade de levar esta discussão para um público mais amplo: as Conferências de saúde que estão se realizando no decorrer deste ano terão condições de abordar estas questões? E mesmo chegando a conclusões, o governo irá, desta vez, levar em consideração o que uma Conferência Estadual de Saúde determinar? Daqui a poucas semanas, teremos a resposta.

*Jean Marie Van Damme é integrante da Associação de Saúde da Periferia (ASP/MA)