Abrindo caminhos para o turismo

DSC_8373ROBSON PAZ

O Maranhão reúne as mais belas e encantadoras paisagens naturais. Nenhum lugar do planeta concentra em sua extensão territorial a singularidade dos lençóis com suas dunas e lagoas; a Chapada das Mesas com imponentes cachoeiras, rios, florestas; extensa faixa litorânea com lindas praias, Delta das Américas, além de rico acervo histórico, arquitetônico e patrimônio cultural da humanidade.

Tamanho potencial turístico requer investimentos em infraestrutura e promoção para incluir definitivamente o Maranhão no roteiro turístico nacional e internacional. Iniciativas de pronto adotadas pelo governador Flávio Dino.

A retomada do Consórcio da Rota das Emoções com os estados do Ceará e Piauí visando promover os destinos Jericoacoara (CE), Delta das Américas (PI/MA) e Lençóis Maranhenses reveste-se de elevada importância para o turismo da região. Mas, não só.

Obras de grande relevância para integrar a rota turística da região estão em execução. A estrada Barreirinhas a Paulino Neves, que facilita o o de turistas a partir dos estados vizinhos para a região, está em ritmo acelerado. Também importante é a estrada que liga a paradisíaca Santo Amaro à MA-402, no povoado Sangue. São rodovias que para além de integrar municípios, como Barreirinhas, Tutóia, Paulino Neves e Santo Amaro ao circuito da Rota das Emoções certamente promoverão inclusão de parcela significativa de maranhenses, que terão o a renda, oportunidade de emprego e serviços públicos.

O turismo tem se notabilizado por movimentar a economia em diversas dimensões gerando emprego e renda. Esta é por certo uma ótima alternativa para incluir municípios que em pleno século 21 ostentam indicadores sociais desastrosos. Territórios onde a riqueza natural contrasta com a pobreza da maioria da população.

Outro pólo de grande potencial turístico ainda inexplorado é a região do Litoral Ocidental Maranhense. Nela, temos belas praias, rios, a ilha dos Lençóis e floresta dos guarás. A ponte sobre o rio Pericumã, que ligará os municípios de Bequimão a Central, propiciará a descoberta deste tesouro para o turismo.

Com isso, abre-se uma janela de oportunidade notável para o desenvolvimento dos municípios da região. Parte deles, com indicadores sociais sofríveis.

Também para estimular a economia do turismo no Estado, o governador Flávio Dino reduziu a carga tributária sobre combustível da aviação visando incrementar o turismo em São Luís e em outras cidades. Carolina ou a ter vôo direto para o município. As obras do aeroporto de Barreirinhas retomadas. A reestruturação do sistema de transporte aquaviário também é fator essencial para melhorar o fluxo de turistas à cidade histórica de Alcântara. Outro importante atrativo turístico do Estado.

Todo este conjunto de ações tem a capacidade de colocar nosso estado entre os protagonistas do turismo brasileiro. Com tanta exuberância natural e agora com a infraestrutura ampliada, o Maranhão abre caminhos para o desenvolvimento turístico com geração de renda e distribuição de riquezas entre seus habitantes.

Radialista, jornalista. Subsecretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos

Céus abertos ao turismo, artigo de Flávio Dino

Por Flávio Dino

Flavio dinoCom nossos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, que se espalham do frio do Cone Sul das Américas ao clima quente e úmido em que estamos inseridos no Maranhão, é inimaginável pensar em turismo no Brasil sem o transporte aéreo. Esse insumo básico para o turismo no Brasil e para o Brasil – o avião – tem sido motivo de preocupação por parte da Embratur nos últimos anos. Por razões comerciais, as empresas têm concentrado voos em poucos aeroportos, de maior fluxo de pessoas, como forma de potencializar ganhos diante do aumento de custos provocado pela alta do dólar.

Menos voos em menos aeroportos é um problema grave para o turismo em um país continental como o nosso, ainda mais visando a Copa do Mundo que se avizinha. Das 12 cidades-sede da Copa, espalhadas por todas as regiões do país, apenas 4 tiveram aumento da oferta de assentos nos últimos 12 meses.

Em dezembro, quando houver o sorteio de chaves da competição, saberemos as seleções que jogarão em cada cidade. Mas, somente ao final da primeira fase, o turista saberá em qual cidade sua seleção jogará as oitavas, quartas ou semifinais. Ou seja, só a partir daí poderá comprar suas agens de avião, se desejar acompanhar integralmente o time do seu país. Nas condições atuais, o estrangeiro que se dedicar a seguir sua seleção terá de ultraar as barreiras de preços muitas vezes proibitivos ou de conexões absurdas país afora.

Nada que, infelizmente, já não faça parte da rotina de quem viaja de avião pelo país. Após o crescimento impressionante de 30 milhões para 100 milhões de ageiros/ano em apenas uma década de política de distribuição de renda, o fluxo de ageiros corre o risco de voltar a estagnar. A elevação de preços, redução de voos e excesso de conexões estão entre os gargalos. Uma hipotética viagem entre dois pontos do Nordeste – São Luís e Aracaju, por exemplo – representa uma romaria pouco agradável de aeroporto em aeroporto, com duração inacreditável.

Ações imediatistas de algumas empresas acabam por multiplicar os problemas. Cabe ao Estado atuar para determinar ou estimular soluções que garantam o fácil trânsito de turistas pelo Brasil. Por isso, a presidenta Dilma lançou o programa de regionalização dos aeroportos, visando investir R$ 7 bilhões na reforma de 270 aeroportos de médio e pequeno porte.

Na semana ada, estive com o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, e pude acompanhar o andamento do programa. Tive a satisfação de verificar que alguns aeroportos maranhenses estão entre os prioritários. Em nosso estado, as obras serão iniciadas com maior rapidez em Santa Inês e Bacabal, por necessitarem de intervenções menos complexas. Os aeroportos de Balsas e Barra do Corda também estão na lista prioritária da SAC, mas precisam de obras mais complexas, que exigirão mais tempo. Em fase mais avançada está a construção de um novo terminal de ageiros em Barreirinhas e a liberação da pista.

Essas obras, tão sonhadas por empresários e trabalhadores de todo o Maranhão, vão dinamizar a vida social e econômica de cada uma dessas cidades e seus entornos. No caso dos Lençóis Maranhenses, a Embratur vê um potencial gigantesco a ser explorado com a vinda de estrangeiros para a Copa. Fortaleza é, junto com o Rio de janeiro, a cidade que mais receberá jogos na Copa do Mundo.

Mas não basta ter mais aeroportos se não houver mais voos e mais aviões. Por isso, precisamos fortalecer economicamente as empresas existentes, abrir ainda mais o nosso mercado à concorrência e utilizar todos os recursos do programa lançado pela presidenta Dilma destinados ao apoio a novas empresas de aviação regional. São os fundamentais para que o turismo continue a quebrar recordes ano a ano, como tem sido até aqui.

Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal

Uma jornada para o Brasil

Flávio Dino

Flavio dinoEsta semana estarei no Rio de Janeiro para acompanhar de perto um capítulo essencial para o ciclo virtuoso que o turismo brasileiro está vivendo. A visita do Papa Francisco ao nosso país, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), integra com destaque a rota de megaeventos realizados no país – que teve início durante a Conferencia da ONU Rio+20 em junho do ano ado e culminará com os Jogos Olímpicos e ParaOlímpicos de 2016.

Nosso país vai recepcionar uma quantidade enorme de turistas, contribuindo para que superemos a meta estipulada para este ano de 6 milhões de estrangeiros. Parte deles já está no Brasil desde a semana ada, conhecendo as belezas de nosso país e a cultura do nosso povo, antes de rumar ao Rio de Janeiro, onde ocorre a JMJ.

Nos 5 dias de evento, os turistas nacionais e estrangeiros irão gerar mais de R$ 658 milhões de impactos econômicos diretos. Com os efeitos indiretos na economia brasileira, haverá um impacto total de R$ 1,2 bilhão, muito superior aos investimentos públicos e privados realizados para sediar o evento.

Mas o principal ponto positivo é que parte significativa desse dinheiro vai direto para o bolso do microempreendedor do turismo, de comerciantes e de vendedores ambulantes, que fazem parte da extensa cadeia produtiva do setor. Repete-se, assim, o sucesso obtido na Copa das Confederações, quando o turismo movimentou mais de R$ 740 milhões na economia do país.

Muito além desse significativo impacto imediato, há um efeito positivo de longo prazo, que é o mais importante. A imagem de nosso país será projetada para centenas de milhões de pessoas no mundo todo. Mais de 5 mil jornalistas estão credenciados para cobrir a Jornada Mundial da Juventude – um recorde em relação às outras edições do evento.

As imagens do Cristo Redentor, no Rio, e da Basílica de Aparecida, no estado de São Paulo, serão reproduzidas para pessoas em todo o mundo. As milhares de reportagens sobre o Brasil, que serão reproduzidas em todo o planeta, representam um ganho espetacular, que apenas seria possível ultraar se fizéssemos um investimento massivo em publicidade no mundo inteiro, com custos incalculáveis e inviáveis.

Ha que se considerar, ainda, que os jovens participantes de hoje serão pais e mães de família amanhã, e terão o Brasil como uma referencia para novas viagens de lazer ou para participarem de outros eventos.

Da parte da Embratur, colaboraremos com essa megaexposição instalando um telão na Plaza del Vaticano em Buenos Aires. A cidade do Papa Francisco poderá assistir à JMJ ao ar livre, com vídeos retratando nossos principais destinos turísticos e com espetáculos de vários artistas brasileiros, como o maranhense Zeca Baleiro. Além disso, a Embratur patrocina a Central Digital do Cristo Redentor, com imagens e informações sobre todos os estados brasileiros, de modo a que os milhares de visitantes possam desenvolver interesse por novas viagens pelo Brasil.

Esses impactos, obviamente, não são importantes apenas para o Rio de Janeiro, que sedia o evento. O Rio é o principal cartão-postal do Brasil no exterior. Quanto maior sua exposição no mundo, mais turistas podemos trazer para o país. E quanto mais turistas, mais empregos e oportunidades de negócios para milhões de brasileiros.

Flávio Dino, 45 anos, é presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), foi deputado federal e juiz federal