Dificuldades, união e trabalho

ROBSON PAZ

DSC_8373São Luís, 1º de Janeiro de 2013. Hospitais de urgência e emergência sob intervenção do estado. Escolas depredadas por vândalos. Malha viária dos bairros destruída. Servidores com salários atrasados. A cidade estava um caos.

A dívida da Prefeitura cerca de R$ 1 bilhão. O orçamento anual de R$ 2,3 bilhões. Repare que a dívida correspondia a quase metade do orçamento previsto. Estava ruim e piorou com o boicote do governo do Estado, por questões políticas, penalizando a população. Único município a não ter convênio com o Estado e a pagar R$ 2 milhões mensais ao Estado, atinentes a dívidas pretéritas.

Tudo isso sob ataque sistemático de império midiático. O ápice por certo está no anedotário da mídia local e, quiçá, nacional. Uma dessas reportagens operou o milagre de fazer “paraplégico” levantar da cadeira de rodas e andar. Esperava por ônibus com elevador para pessoas com deficiência.

Poucas vezes um gestor ludovicense enfrentou quadra tão hostil quanto o prefeito Edivaldo Júnior, nestes três anos e meio.

A posse do governador Flávio Dino renovou as esperanças da população. A tão sonhada e esperada parceria entre governo e município finalmente se concretizou e os resultados começam a aparecer. Mas, eis que o país é tomado pela avalanche da crise econômica e financeira, que assola principalmente os municípios. Hoje, mais de 600 cidades atrasam ou parcelam salários dos servidores.

Contudo, é nas tormentas que se revelam os grandes navegadores. Apesar das dificuldades, há avanços importantes. São Luís mantém em dia salário dos servidores. Os Socorrões atendem à população reduzindo a quase zero a fila de macas nos corredores; unidades mistas de saúde foram reformadas; o Samu e o Hospital da Mulher aram a funcionar plenamente. O Hospital da Criança está em construção e será ampliado para melhor atender os pequeninos.

A mobilidade urbana melhora com a construção de 14 vias Interbairros – parceria entre os dois governos. Várias intervenções foram realizadas nas principais avenidas para dar fluidez ao trânsito. A histórica e inédita licitação do sistema de transporte da cidade demonstra a responsabilidade e compromisso da gestão. Mais de 400 Km de pavimentação nos bairros da cidade, dos quais quase 100 km resultantes da parceria com o programa Mais Asfalto.

Na habitação, cerca de 10 mil casas populares foram entregues em parceria com o governo federal para a população de baixa renda.

São Luís vive raro momento de união entre governo do Estado e Prefeitura de São Luís. Os tempos de guerra entre os Palácios La Ravardière e dos Leões é coisa de um ado, em que querelas políticas e ideológicas se sobrepunham à população. Agora, prevalece o republicanismo e a parceria institucional, que se espera perene. Para o bem de nosso povo.

*Radialista, jornalista. Subsecretário de Comunicação Social e Assuntos Políticos

A chama olímpica e a união entre os povos

Por Flávio Dino

13428444_578112849016159_5219382913501750598_nA Tocha Olímpica chega neste domingo à cidade de São Luís. O símbolo do fogo de Zeus – a sabedoria, entregue aos homens por Prometeu – ilumina as ruas da Atenas brasileira. Chega simbolizando o espírito olímpico de superação, paz e união entre os povos. Princípios que temos trabalhado nas ações de apoio do governo do Maranhão ao esporte.

Os Jogos Olímpicos começaram no século 8 antes de Cristo, como uma forma de confraternização entre as Cidades-Estado da Grécia. Retomada no século 19 para celebração do espírito de comunhão entre os povos, a Olimpíada transformou-se no maior evento esportivo do mundo. A realização dela chama a atenção de bilhões de olhos no mundo inteiro e, por isso, tornou-se grande chance de exposição da cultura e valores de uma nação ao mundo. Foi o que vimos em 2008 na Olimpíada de Pequim.

Em nosso país, a Olimpíada deveria coroar nosso esforço e criatividade na superação de desafios, uma das marcas do povo brasileiro. No entanto, infelizmente esse evento chega ao país em momento de grave e até agora estéril convulsão política. Apesar desse triste contexto, creio que cabe aos brasileiros receber bem os atletas do mundo inteiro que se reunirão no nosso país, independentemente dos conjunturais desatinos de alguns políticos.

No Maranhão, a tocha será conduzida por atletas de várias idades, além de cidadãos indicados por vários órgãos públicos e privados. No que coube ao governo do Estado, incluímos também professores de várias gerações, a exemplo de Emilio e Dimas, responsáveis pela formação de milhares de praticantes de judô e natação, ao longo de muitas décadas de produtiva atividade.

A tocha olímpica, carregada de tanto simbolismo, serve para nos inspirar ainda mais na determinação de investir no esporte maranhense, desde o comunitário e educacional, até o de alto rendimento. Temos feito isso com iniciativas como a realização das Caravanas do Esporte e Lazer, das quais já participaram mais de 25 mil maranhenses. Nessas caravanas, são oferecidas atividades a todas as faixas etárias, da criança ao idoso. Outra prioridade é a construção de ginásios multiuso em dezenas de municípios de todas as regiões do estado. Os dez primeiros já estão em fase de licitação e as obras começarão em breve.

Em 2015, realizamos a maior edição dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs), saltando de 64 para 96 municípios participantes. E também realizamos o ParaJEMs, que serviu de oportunidade para que pessoas com deficiência também possam se desenvolver em práticas esportivas. Desde 2015, também estamos apoiando os times de futebol profissional maranhense, por meio do projeto Futebol Pela Paz. Além do apoio ao basquete feminino, que viu o Sampaio ser campeão brasileiro logo no primeiro ano de atuação na liga.

Para ampliar as possibilidades do esporte maranhense, estamos investindo R$ 4 milhões na reforma do Complexo Esportivo do Castelão, com novo espaço multiuso, melhora das cabines de rádio e TV, cadeiras numeradas e ampliação do estacionamento. Lá também inauguramos uma pista de skate e fizemos algumas reformas, como a revitalização da pista de atletismo, com novo sistema de iluminação. Também estamos lutando para conseguir os recursos para a reforma do Parque Aquático, fechado há muitos e muitos anos.

Finalizo com o convite para que todos participem hoje dos eventos em São Luís. E amanhã em Barreirinhas e na terça em Imperatriz. Vamos torcer para que a tocha, símbolo de paz e fraternidade, ilumine também aqueles políticos que empurraram o Brasil para tão grave crise institucional.

Advogado, 48 anos, Governador do Maranhão. Foi presidente da Embratur, deputado federal e juiz federal.

Em entrevista, Flávio Dino defende união das oposições em 2014

Da Redação Vermelho / Maranhão

282420_450446411671504_1316225196_nRealidade maranhense, oposição no estado, evolução do turismo no Brasil e contexto político alcançado em 2012 pela oposição foram temas de destaque em entrevista de Flávio Dino (PCdoB), presidente da Embratur, ao jornalista Américo Azevedo Neto, na TV Guará, canal 23.

Presidente estadual do PCdoB e uma das principais lideranças de oposição no Maranhão, Flávio Dino analisou temas importantes da política maranhense e definiu o ideal de mudança que tem norteado a oposição no estado: “Temos que olhar para o ado criticamente. Mas, sobretudo, olhar para o futuro com esperança. Novo no conteúdo, invertendo as prioridades”.

Campanha para 2014

Flávio Dino afirmou que ainda não está em campanha para as eleições de 2014, apesar de ter apoiado diversas candidaturas em todo o Maranhão nas eleições de 2012. O presidente da Embratur enfatizou a importância da união das oposições no Maranhão em nome de uma nova maneira de governar.

“Nós não podemos assistir a essa realidade omissos. É essa a ideia da aliança: a busca por perspectivas diferentes, de melhoria para o Maranhão. Procuramos uma aliança que expresse esses anseios espalhados pelas diferentes regiões do Maranhão – e todas elas clamam por mudança da realidade em que vivem,” destacou.

Conhecer os problemas por que am os maranhenses e saber as potencialidades de cada região do estado é uma das saídas apontadas por Flávio Dino para reverter o quadro de atraso social e econômico que se instalou no estado.

“Acreditar no nosso povo, investir na produção do nosso estado. Fazer com q os 12 bilhões do nosso estado seja aplicado devidamente. Acabar com o patrimonialismo, fazendo com que o público não se confunda mais com o privado. Essa é a nova perspectiva,” afirmou.

Sobre os possíveis adversários nas eleições de 2014, Flávio Dino preferiu discutir as condições de seu grupo político de oposição. Questionado sobre quem seria o melhor nome para a disputa, Flávio respondeu: “Este é um assunto interno ao grupo Sarney. Respeitaremos quem quer que seja o adversário, mas neste momento me preocupo mais com a união do campo da oposição.”

Planos para o Maranhão

Analisando diversos números que demonstram o descaso do governo do estado com a população maranhense, Flávio Dino lamentou que o quadro social do estado permaneça inalterado desde as eleições de 2010, quando concorreu ao governo do estado e apresentou um Plano de Governo baseado na melhoria dos índices estaduais.

Ao destacar os últimos números divulgados a respeito do desenvolvimento da educação básica, do Ensino Médio, do saneamento básico e do desenvolvimento social, Flávio Dino afirmou que não se tratam de apenas números, mas de uma realidade que precisa ser revertida.

“Esses números não são números frios. Eles nos indignam porque retratam uma realidade que precisa ser mudada e muito me entristece que essa realidade permaneça a mesma. Gostaria que houvesse uma melhora do nosso quadro social,” refletiu.

Trabalho na Embratur

Flávio Dino deu destaque ainda ao trabalho realizado em mais de um ano à frente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e às parcerias feitas com o governo do estado e a prefeitura de São Luís para divulgar o estado em feiras internacionais. Entre as principais formas de divulgação, esteve a participação do Maranhão em uma das maiores feiras mundiais do turismo, Top Resa, em Paris.

“O bom político sabe distinguir a luta política do exercício istrativo. Não podemos favorecer ou deixar de atender nossos companheiros ou adversários políticos. É importante frisar que fizemos um bom trabalho ao lado dos ministros do Turismo Gastão Vieira e Pedro Novaes, que, apesar de estarem em lados diferentes da política, bons trabalhos com a Embratur,” destacou.

A falta de projetos apresentados pelo governo do estado e pela prefeitura de São Luís foram elencadas como entraves para que a Embratur possa ajudar ainda mais o Maranhão. “Foi aberto um edital para voos charter (fretados), que são importantes para o desenvolvimento do turismo internacional, mas o Maranhão não participou. Vários outros estados do Nordeste foram beneficiados,” lembrou Flávio Dino.