PT ‘apunhala’ Sarney em Pinheiro

Do Blog do Décio

Alguns membros do PT deram mais um sinal nesta quinta-feira que só pensam em seus interesses paroquiais e pessoais quando o assunto é aliança com o PMDB.

Por 9 votos a 7, a Executiva estadual petista rejeitou a proposta de aliança com os peemedebistas de Pinheiro, terra do presidente do Senado, José Sarney (PMDB).

Zé Carlos e Inácio: votos decisivos para derrota da aliança PT/PMDBO grupo do senador, que abriu mão da candidatura do secretário Max Barros (Infraestrutura), é quem mais luta para viabilizar o nome do vice-governador Washington Luiz Oliveira em São Luís.

Os votos decisivos para derrotar a tese da aliança PT/PMDB em Pinheiro foram do superintendente regional do Incra, José Inácio, e do deputado estadual José Carlos da Caixa.

Inácio contou com a ajuda do grupo Sarney para chegar ao comando do órgão. Já Zé Carlos é uma espécie de Domingos Dutra e Bira do Pindaré misturados.

No próximo dia 29, os petistas pinheirenses vão decidir se o partido se alia ao projeto do prefeito José Arlindo (PSB), que tem Luciano Genésio (PCdoB) como vice, ou se seguem outro caminho. Como encontro é soberano, o PT pode até mesmo decidir por uma candidatura própria ou rever a composição com o PMDB, que tem no ex-prefeito Filuca Mendes seu principal nome.

Segundo petistas contaram ao blog, Inácio votou contra a aliança interessado no apoio do PSB e PCdoB em Bequimão, sua terra natal. Lá ele apoia a candidatura do vice-prefeito César Cantanhede (PTC).

Já Zé Carlos, após reunião da executiva, saiu-se com essa: “Podem ir dizer para a governadora (Roseana Sarney) como foi que eu votei”.

A notícia da não coligação não agradou a cúpula do PMDB do Maranhão porque o PT estaria reforçando o projeto da oposição em 2014.

Os membros do partido, no entanto, informaram que o Washington ficou alheio a discussão do caso Pinheiro porque estava viajando. Ele chegou a São Luís somente nesta quinta-feira.

A preocupação agora é que vários aliados do vice-governador, após o encontro, foram se “confraternizar” com Bira. Washington e Bira disputam neste domingo quem será o candidato do PT à Prefeitura de São Luís.

Te cuida, Washington! Tu podes ser a próxima vítima da “traição amiga”.

Roseana e Washington gastam R$ 2 milhões com bebidas alcoólicas, carnes e sorvetes

Do Blog do John Cutrim

Ao apresentar um projeto que dispõe sobre a proibição da utilização de recursos públicos na aquisição de bebidas alcoólicas por parte da istração pública direta e indireta do estado do Maranhão, o deputado Marcelo Tavares (PSB), líder do Bloco Parlamentar de Oposição na Assembleia (BPO), denunciou uma farra promovida pelo governo Roseana Sarney (PMDB) na aquisição de bebidas alcoólicas, carnes e sorvetes. Foram gastos um total de R$ 2 milhões de reais.

Roseana e Washington gastam R$ 2 milhões com bebidas alcoólicas, carnes e sorvetes

De acordo com o edital n.º 072/2011, para servir a residência oficial da governadora Roseana Sarney e do vice-governador Washington Luiz, segundo Marcelo Tavares, foram comprados pelo governo, com o prazo de entrega até o final do ano, mil garrafas de cerveja de baixa fermentação, 120 garrafas de vinho fino, tinto e seco, a base de uvas veníferas conservantes, ao valor de 337,24 reais a garrafa (um custo de 40 mil reais por ano) e 82 garrafas de vodka sueca (graduação alcoólica 40%).

Ainda conforme Tavares, o governo Roseana comprou 60 garrafas de vinho tinto chileno (teor alcoólico 14%) à base de uvas Cabernet Sauvignon, que custam algo em torno de 40.500 reais por ano, e mais 264 garrafas de champagne branco.

“E ainda tem Whisky importado 12 anos, R$ 158,00 a garrafa, R$ 17.948,00, lá na residência oficial do vice-governador. Uísque importado 08 anos, tem o de 12 anos e o de 08 anos. R$ 88,00 a garrafa. São quase 200 litros importados 12 anos, oito anos e aí vai: vinho chileno, licor sul-africano, tem que ser da África do Sul o licor, licor francês de laranja R$ 2.000, 00 a quantidade toda, vinho chileno”, completou Marcelo.

“É inaceitável que o dinheiro público esteja sendo gasto desta maneira, com farras de bebidas alcoólicas”, protestou Marcelo, ao denunciar ainda que só de carne, nas duas residências, são 8.400 quilos (mais de oito toneladas). “Na verdade são três, porque a residência da governadora são duas, tem o Palácio dos Leões e a casa de veraneio, então são oito mil quilos de carne; de camarão, são 4 mil quilos; de sorvete, são 2 toneladas de sorvete de açaí, de cajá, creme, bacuri e de tapioca; e mais 1.590 latas de azeite de oliva extra virgem (R$ 54.000,00). Até caviar, mas essa aqui é outra licitação. Já para os funcionários é servido quentinha”.

O parlamentar de oposição revelou ainda uma reforma de R$ 500 mil na casa do vice-governador Washington Luiz (PT). “É uma reforma espetacular na casa, para ter uma idéia está sendo comprado um puff, puff, que é aquele negócio que a gente bota o pé, um puff, lá na residência de Washington que custa R$ 1.722, 66, são 11 ou 12 puffs, e outros tipos. Agora tem um espelho redondo também lá nesse mobiliário, espelho redondo bisotado de 1.44m, R$ 5.454,00. Eu não sei para que o Washington quer disputar essa prefeitura”, ironizou.

Uma academia também está sendo comprada para a vice-governadoria, com pesos, halteres, colchonetes. “Pelas contas está dando dois milhões de reais a reforma, mais a comida e a bebida”, finalizou Marcelo.

Washington vai derrubar Sarney

Do Blog do JM Cunha Santos

Sarney procurou sarna pra se coçar, criou cachorro pra lhe morder. O fim da era Sarney, ao meu humilde e provinciano modo de ver, não se dará pelas razões apontadas pelo metropólico jornalista Luis Nassif, mas por uma outra que está na cara de todos e todos não querem ver: a traição entre traidores.

Ninguém precisa esperar que no ano de 2014 Flávio Dino derrote a oligarquia – o que não é tão provável como dizem – para assistir ao fim da era Sarney. Desta vez o senador não terá como malhar o Judas, pois mesmo depois de recebidos os 30 dinheiros da traição ao PT e ao povo do Maranhão, Washington Oliveira só não será governador se não quiser. Podem colocar até o cão na Presidência da Assembléia, mas ele, Washington, continuará sendo o primeiro na linha sucessória. A não ser que se eleja prefeito de São Luís, um milagre digno de Madre Teresa de Calcutá, ou que Roseana desista definitivamente da carreira política e conclua seu mandato.

Talleyrand-Périgord, o ministro das Relações Exteriores de Napoleão Bonaparte, traidor de carteirinha, dizia que “traição é uma questão de datas”. Em data sinistra, Sarney traiu o povo brasileiro em favor da ditadura militar. Anos depois, trairia a ditadura militar para se tornar vice-presidente do Brasil. Nem terá direito de exclamar como Júlio Cesar a Marcos Június: “Até tu, Brutus”! Não existe ética entre traidores.

Podem apostar que, com seus botões, Washington ri sozinho. Se for eleito, tudo bem, será o prefeito de São Luís; se não, continuará vice-governador, pronto para assumir o comando do Estado. E dependerá somente dele renunciar para que assuma o presidente da Assembléia, no caso de uma desincompatibilização de Roseana Sarney para concorrer ao Senado.

Se deu uma rasteira no partido que sustentou sua sobrevivência política quase a vida toda, Washington, humilhado tantas vezes na condição de vice-governador, não pensará duas vezes antes de praticar mais uma traição. Principalmente contra Sarney que, assim como Heinrich Himmler negociou a rendição da Alemanha com os EUA e a Grã-Bretanha, também negociou a rendição das oposições brasileiras ao golpe militar. Pelo menos, essa traição não vai doer na consciência. E o Washington que o Maranhão conhece não se conformará, como Silvério dos Reis ou Tomaso Buscetta, com o perdão das dívidas e uma pensão vitalícia.

“Chamem o Augusto, ele é leal”, dizia Salvador Allende no Chile sempre que as pressões se tornavam ináveis. E Augusto Pinochet fez o que fez. Por enquanto, Sarney ainda está dizendo: “Chamem o Washington”, mas Luis Macaxeira não é tão inocente quanto Salvador Allende.